terça-feira, 8 de setembro de 2015

Paz e fraternidade

A volta ao mundo III
Novo dia, novos momentos do pensador,
Observo a estátua daquele senhor
Que está na grande praça chinesa
Praça de mártires, mesmo assim é uma beleza
Cidade grandiosa esta Pequim
Ainda bem que cá vim
Já que estou na China vou aproveitar
A grande e enorme muralha visitar
Vê-se da lua, tal a sua grandiosidade
Nunca vi nada assim, já matei minha curiosidade
Sinto-me esmagado, parto a matutar
Quantos morreram aqui a trabalhar
China, traz Macau à minha imaginação
Já foi portuguesa, fruto de nossa vitória é minha opinião
Desbaratamos os piratas que enxameavam o mar
A China deu-nos aquele palmo de terra para nos recompensar
Santo Nome de Deus, Macau é nosso irmão
Está longe, mas muito perto do nosso coração
Sai de Macau com vontade de voltar
Goa, terra do santo Xavier, tinha que cá passar
Damão, Diu; ena tantas recordações
Igrejas onde se escutaram muitos sermões
Albuquerque, construtor de fortalezas
Conquistador, muito amou as gentes goesas
Pensamento não tem barreiras
Nem portas ou outras trincheiras
Mais rápido que o relâmpago quero lembrar...
Timor tão longe e tão perto está; basta olhar
Santa Cruz, onde ao trom dos canhões
Mártires morreram indefesos aos montões
Austrália, terra de contrastes ali tão pertinho
Tem verdor, floresta e um deserto grandinho
Olha os cangurus com os filhotes na barriga
Saltam tanto, para eles não há fadiga
Sydney com sua ópera, vou entrar um bocadinho
Bem que se está neste cantinho
Eis que arribo a Tóquio, tão bela e formosa
Cidade  enérgica, moderna e famosa
Fugi tão linda, de neve carregadinha
Que beleza esta serra tão branquinha
E as cerejeiras no tempo da floração
São um símbolo do Japão
Egipto, terra do rio Nilo o irrigador
Tão grande que é, tem tanto vigor
Pirâmides, cidades soterradas
A pouco e pouco vão sendo desenterradas
Múmias, esfinges, tudo tratado com amor
Terra antiga, bela, sim senhor
Angola, é uma grande nação
País nosso irmão 
Luanda é a sua capital
Cidade já muito industrial
Diamantes, petróleo... terra querida
Tua baía e praias te dão muita vida
Moçambique, Pátria do Gungunhana, veio para Portugal
Mouzinho submeteu-o ao nosso poder real
Berço do Mia Couto e do Eusébio o bom jogador
Tanta alegria nos deu este senhor
Gungunhana; és para teu povo um herói nacional
Apesar de te terem  tirado da tua terra natal
Eis que cheguei às quentes terras brasileiras
Onde as pessoas são alegres e porreiras
Rio de Janeiro, favelas, Copacabana, Corcovado
Num alto morro está implantado
Tuas praias estão rodeadas de palmeiras
Areais sem fim, são as primeiras
Manaus, pelo grande rio é banhada
Recife, Baía, Pernambuco, Brasília, terra amada
Samba, telenovelas e carnaval
Pulam e dançam em qualquer local
Jorge Amado, Drumond... nação bela, adorada
Ainda não sai da minha casa, da minha sacada
Nova Iorque cidade da alta finança
Onde um dia gente má e por vingança
Destruíram dois edifícios altos e populosos
Assuntos sensíveis, belicosos
Nunca dorme, cosmopolita
Multicultural, valeu a pena esta visita   
Canadá, terra de grandes horizontes
Searas sem fim. Ao longe montes
Otava é a capital desta grande nação
Quebeque, Montreal; que emoção
Neves eternas, rios, glaciares e fontes
Niagara, cataratas, grandes mastodontes
Meu pensamento nesta hora e momento
Divaga na Patagónia e nos Andes veloz como o vento
Terras de antigas civilizações
Cortez eliminou muitas das suas tradições
Pela sede do vil metal, sem pensar e truculento
Assassinou seus chefes, soldado violento
Antes de findar, é com emoção
Com muita fantasia e inspiração
Que visito Nazaré e Jerusalém
A gruta onde nasceu o Menino de Belém
Mar Morto, Calvário, Galileia, Rio Jordão
Tudo guardarei como recordação e gratidão
Termino esta minha divagação
Podem crer, nesta narração
Vi tanta coisa bela e maravilhosa
Gente ordeira e comida saborosa
Mas a mais bela, é o meu Lar, o meu Torrão
VIVA A PAZ, A FRATERNIDADE E A UNIÃO


Zé da Villa

Um comentário:

José Teodoro Prata disse...

"Quem vê a sua terra, vê o mundo inteiro."
Parece ter sido este ditado popular que norteou o Zé da Villa, para nos descrever poeticamente a sua viagem pelas maravilhas do mundo.
E não é de admirar, tratando-se de quem é.