Há duas razões poderosas para comprar o livro "Dos enxidros aos casais: histórias e gentes de São Vicente da Beira", uma coletânea de histórias publicadas neste blogue.
A primeira prende-se com a própria natureza do livro. Escrevi no seu prefácio:
São histórias simples de pessoas simples, algumas de pé descalço, literalmente. Não foram escritas para serem lidas em suporte de papel, assim reunidas em livro, mas concluímos que, dispersas pelo universo dogotal, corríamos o risco de esquecer algumas das nossas memórias.
(...)
Um dia, a propósito de algumas casas da freguesia de São Vicente, escrevi no blogue: «Os nossos antepassados trabalharam como mouros, sofreram como cães e tombaram como tordos. Mas, quando vejo estas obras que nos deixaram, sinto que caminhamos aos ombros de gigantes.» O mesmo sentimento se apodera de mim ao reler esta coletânea de histórias. Cada uma delas, em separado, é quase insignificante, mas juntas têm a força que nos dá sentido como comunidade.
A segunda é assistencial. Como sabemos, as finanças da Santa Casa da Misericórdia estão em situação difícil há muitos anos. No passado, os nossos pais e avós mobilizaram-se para ajudar a manter o Hospital da Santa Casa, através cortejos de oferendas. Hoje temos oportunidade, dada pela Câmara Municipal (que pagou a edição do livro), de angariar até perto de 3 mil euros para o Lar da Santa Casa. Por apenas 10 euros, a troco de um livro que conta as nossas histórias. Estejamos à altura do desafio!
José Teodoro Prata
Foto de Florinda Carrega
Foto de Florinda Carrega
2 comentários:
Caros autores do Livro "Dos enxidros aos casais"
Estive presente, conjuntamente com minha Esposa, na cerimónia de apresentação do Livro onde se encontra condensado um conjunto de histórias que constituem, quanto a mim, um património valioso.
Da apresentação que foi feita e da leitura parcial que já fiz, constato que, de fato, o que a obra nos dá é um legado riquíssimo sobre as raízes, usos e costumes da comunidade vicentina, donde ressaltam valores como a solidariedade e determinação.
O meu sincero agradecimento aos autores, pelo trabalho feito, mas também, pelo entusiasmo que senti em cada um.
Parabéns pela vossa dádiva,na certeza de que este vosso trabalho vos transforma em credores da Comunidade Vicentina.
Francisco Moreira
(Filho da Adecilia Prata)
Aproveito o comentário do Francisco, para fazer uma correção à minha história do Pistotira.
Uma das irmãs do José Maria, em casa de quem foi preso o Pistotira, chamava-se Adecília e não Cecília, como eu escrevi. Percebi mal a informação que me deu o irmão Luís (Rodrigues).
Esta Adecília viveu na Covilhã e foi a mãe do Francisco Moreira, a quem agradeço o reparo.
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