Milho na eira, em frente da casa que foi do sr.º Joaquim Guilherme
(se as minhas recordações de infância não me enganam).
Tufo enorme de juncos, ao fundo da Oriana, onde começa a barragem do Pisco
Esta garça-real não é a nossa. Essa vê-la-emos no dia 12 de novembro,
durante o passeio pedestre do São Martinho, em torno da barragem do Pisco.
José Teodoro Prata
Um comentário:
Esta eira, à frente da casa que hoje é duma das filhas do senhor Joaquim Guilherme, continua a ser uma boa referência do que deveria ser um calendário agrícola natural e equilibrado: Ora são os figos e as maçãs, ora é o milho e o feijão, ora é a azeitona… Há sempre ali qualquer coisa que mostra bem o trabalho dos donos, e nos faz adivinhar o que era a vida dos nossos antepassados.
E isto remete-nos um pouco para a tragédia que vivemos neste verão e que tem sido tema dos últimos artigos deste blogue: os incêndios, que nos têm levado tanta da riqueza do país, sobretudo as vidas de tanta gente.
Tenho andado muito por aí; a pé, aqui por perto, ou de carro, um pouco mais longe. E tenho ficado de boca aberta com tantos vestígios de casas que há por todo o lado, mesmo em sítios que quase não lembra ao diabo, que foram morada de muitas famílias durante, pelo menos, a altura do ano em que semeavam, tratavam e colhiam. E os leirões, desde há muito escondidos com pinheiros ou eucaliptos, e agora só cinza, a fazerem adivinhar tanto do que aquelas terras terão dado a quem as tratava.
Penso que têm razão os que dizem que a desertificação é a causa maior disto tudo. Sendo certo que já não é possível, nem sequer desejável, voltar-se aos tempos de antigamente, alguma coisa tem de ser feita, por nós todos, para não voltarmos a viver o pesadelo destes últimos tempos.
M. L. Ferreira
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