O mês de maio de 2023 foi o 2º mais quente a nível Global e o 8º mais quente desde 1931 em Portugal Continental, conheça as principais conclusões do boletim climatológico de maio.
A nível global, maio foi o 2º mais quente de sempre (mais
quente em 2020). A temperatura média global em maio foi 0.40 °C superior ao
valor médio 1991-2020 (Fig. 1). Na Europa a o valor médio da temperatura média
do ar foi muito próximo do valor médio 1991-2020 (-0.01 °C). Verificaram-se
condições um pouco mais quentes do que a média nas zonas mais a oeste do
continente e um pouco mais frio que o normal nas partes central e leste.
Verificaram-se valores muito acima do normal apenas no extremo nordeste do continente.
Em relação à precipitação na Europa, verificaram-se condições mais húmidas do
que a média na maior parte do sul da Europa e no oeste da Islândia; fortes
precipitações levaram a inundações na Itália e nos Balcãs Ocidental. Por outro
lado, verificaram-se condições mais secas que a média na maior parte da
Península Ibérica, na Dinamarca, nos países Bálticos, no sul da Escandinávia e
em grande parte do oeste da Rússia.
Em Portugal
continental o mês de maio de 2023 classificou-se como muito quente em relação à
temperatura do ar e muito seco em relação à precipitação (Fig.
2). Foi o 8º maio
mais quente desde 1931 (mais alto em 2022, 19.2 °C); valor
médio da temperatura média do ar, 18.19 °C, +2.47 °C em relação ao valor normal
1971-2000. De referir que dos 10 meses de maio mais quentes, 7 ocorreram depois
de 2000.
O valor
médio da temperatura máxima foi o 10º mais alto desde 1931 com um valor médio
de 24.55 °C, 3.60 °C acima do valor normal e o valor médio da temperatura
mínima foi o 7º mais alto desde 2000 com um valor médio de 11.84 °C, 1.34 °C
superior ao valor normal. Durante o mês destacam-se os valores diários da
temperatura máxima do ar, quase sempre acima do valor médio mensal, sendo de
realçar os primeiros 3 dias com desvios superiores a 5 °C; na temperatura
mínima de referir os valores sempre superiores à média a partir de dia 23.
Em
relação à precipitação,
registou-se um total 34.8 mm que corresponde a 49 % do valor normal, valores
inferiores aos deste mês ocorreram em 25 % dos anos, desde 1931. Durante o mês
destaca-se o período de 26 a 31 de maio com ocorrência de aguaceiros, por vezes
fortes, de granizo e acompanhados de trovoada, em especial na região interior
Norte e Centro.
De acordo com o índice de seca PDSI, no final de maio 35 % do território encontrava-se em seca severa e extrema (26 % e 9 % respetivamente) afetando especialmente as zonas do vale do Tejo, do Alentejo e do Algarve; de realçar também o aumento da classe de seca moderada na região Norte e Centro.
Ler mais em: https://www.ipma.pt/pt/media/noticias/documentos/2023/Boletim_clima_IPMA_Mai2023.pdf
O dramático é o
vermelho nos oceanos e o vermelho forte junto aos polos. As águas dos oceanos
estão a aquecer dramaticamente e nos polos os gelos derretem a um ritmo cada
vez mais acelerado.
José Teodoro Prata
2 comentários:
Há dias, na costa atlântica dos Estados Unidos da América, uma extensáo de costa de algumas dezenas de quilómetros apareceu coberta de peixes mortos, eram centenas de milhares e quanto mais se recolhiam, mais as ondas traziam.
Esta tragédia terá sido causada pela falta de oxigénio na água: água à temperatura acima do normal, mar calmo, sem grande ondulação, e céu nublado durante vários dias impediram a normal fotossíntese da água, de que resultou a consequente descida do nível de oxigénio e a morte dos peixes.
Sabiam que as águas do mar, tal como as florestas, também limpam a atmosfera, aborvendo o CO2 e libertando oxigénio? Aprendi há uns tempos. A Natureza é uma máquina maravilhosa!
Apesar de ser assim maravilhosa, precisa da ajuda humana para funcionar adequadamente. É o que lhe está a faltar desde há algum tempo, quando percebemos os problemas, mas não alterámos os estilos de vida que levaram à situação catastrófica que estamos a atingir.
E o mais dramático é que não são apenas os peixes e outras espécies animais e vegetais que estão a morrer: quantos seres humanos têm dado à costa ou estão enterrados no fundo do mar por estarem a fugir de países onde já não conseguem sobreviver?
Postar um comentário