Com
a morte de Saul, os israelitas proclamaram David seu rei. Este conquistou Jerusalém
transformando-a na sua capital. A Arca da Aliança ficou na cidade que se
transformou no centro religioso do povo hebreu. Salomão, filho do rei David,
com a morte de seu pai, sobe ao trono. Foi no reinado deste rei que se ergueu o
grandioso templo onde colocaram a Arca da Aliança.
Durante
alguns séculos, o templo foi o local de reuniões e orações, até que o rei
Nabucodonosor, rei dos babilónios invadiu a cidade e destruiu o templo. Os
israelitas tiveram que fugir. Mais tarde, Ciro, rei dos persas, mandou
reconstruir Jerusalém e o seu templo, ficando este a cargo dos judeus.
Era
um templo magnífico, mas nada que se comparasse ao que Salomão tinha construído.
Herodes, o grande, que era protegido
do imperador Augusto, ofereceu-lhe muitas riquezas.
Os
romanos comandados por Tito, voltaram a destruí-lo, incendiando-o. O povo judeu,
sem Estado, dispersou-se por toda a parte; tolerados, perseguidos, massacrados,
expulsos.
Muitos
reis proibiram-nos de exercer qualquer profissão nas suas nações, exceptuando a
medicina. São Luís, rei de França, obrigava-os a usar um sinal que os
distinguia; em Espanha, já ganhavam a vida cultivando as terras, exercendo
ofícios diversos e podendo participar também em negócios. Mais tarde tiveram de
se converter ao cristianismo; chamavam a esta gente marranos.
A
Igreja, os reis católicos, Isabel e Fernando, desconfiavam que continuavam a
seguir a lei de Moisés dentro das casas e por isso promulgaram uma lei que
decretava a sua expulsão, isto passou-se no ano 1492. Muitos partiram para
Portugal. Pouco tempo depois, em 1496, D. Manuel I, para casar com a princesa
Isabel, filha dos reis católicos, foi "obrigado" a expulsar os judeus de Portugal.
O nosso rei não queria perder estas pessoas
e foi empaleando. Arranjou uma artimanha: os padres reuniam-nos nas praças e
atiravam água para cima das suas cabeças tornando-os, desta maneira, aderentes
da religião cristã. Uma vez baptizados, passavam a ser cristãos e já ninguém os
podia expulsar de Portugal. Eram chamados cristãos-novos.
Apesar de tudo, muitos partiram: norte
de África, Bélgica, Holanda…
David,
pastor e músico, entrou para a corte do rei Saul como músico. Certo dia
corajosamente enfrentou o gigante Golias. Com uma funda que
trazia sempre consigo, matou-o. A sua fama cada dia que passava crescia, a
inveja aumentava; por essa razão, foi obrigado a deixar a corte, mais tarde foi
aclamado rei.
O
rei David queria construir um grande e belo templo em Jerusalém, Deus não
permitiu, coube a seu filho Salomão tal honra, porque David tinha passado grande parte da sua vida guerreando.
Atribuem-se
ao rei David muitos dos salmos bíblicos:
“Feliz do homem que não segue o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem toma assento na reunião dos enganadores; antes na lei do Senhor põe o seu enlevo, e sobre ela medita dia e noite
“Feliz do homem que não segue o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem toma assento na reunião dos enganadores; antes na lei do Senhor põe o seu enlevo, e sobre ela medita dia e noite
É como a árvore plantada à beira das
correntes, que dá o seu fruto na estação própria, cuja folhagem não murcha; tudo
quanto faz redunda em bem”. Salmos 1-1,2,3.
A
estrela de David é formada por dois triângulos iguais que se sobrepõem, um com a
ponta virada para cima e o outro com a ponta virada para baixo, parecendo uma
estrela.
O
peso de dois quilos (ver imagem) que guardo religiosamente, possui a estrela de
David.
Seria
a marca do fabricante ou o símbolo que o encomendador? Neste caso alguém seguidor da
Tora quis deixar o seu simbolo impresso no peso!
Na vila de São Vicente da Beira, moraram
muitas famílias judias, como atestam as cruzes cruciformes esculpidas nas
ombreiras das portas, então…
Obra
de consulta: ABCedário do Judaísmo, Público.
J.M.S