Levei grelos de couve-naba a uma amiga do Norte e ela gabou-me a excelência do arroz de espigos, em especial de couve galega. Cada vez que eu falava de grelos, ela respondia-me com espigos e a certa altura disparou:
- Porque é que não dizes espigos?
- Na minha terra também se diz espigos, mas aqui só se fala
em grelos… - justifiquei-me.
Quis ser simpático e coloquei-me ao nível dos albicastrenses,
mas lixei-me, pois a minha amiga não transige com as suas raízes.
No resto da conversa já só se falou de espigos.
José Teodoro Prata