Na publicação anterior, escrevi que São Vicente da Beira atingiu o máximo de população nos anos 60 e 70.
Isso foi o que senti, na minha vivência desses anos. Mas uma coisa é a opinião e outra bem diferente é a ciência, o saber rigoroso.
Ora os documentos provam-nos que a freguesia atingiu o apogeu demográfico nas duas décadas anteriores.
Um trabalho de Paulo J. Gama Mota, de que há anos fotocopiei algumas tabelas, tem uma boa síntese da evolução demográfica da nossa freguesia. O estudo intitula-se Consanguinidade aparente em S. Vicente da Beira e parece-me que o autor será originário da nossa freguesia.
Aos dados deste estudioso, acrescentei mais alguns, para elaborar a síntese que se segue:
1758 – 960 habitantes (cerca de)
1779 - 1009 habitantes
1801 – 1397 habitantes
1878 – 2336 habitantes
1890 – 2833 habitantes
1900 – 2758 habitantes
1910 – 3282 habitantes
1920 – 3005 habitantes
1930 – 3536 habitantes
1940 – 4000 habitantes
1950 – 4185 habitantes
1960 – 3881 habitantes
1970 – 2505 habitantes
1981 – 2264 habitantes
2001 – 1871 habitantes
O estudo de Paulo J. Gama Mota termina com uma tabela referente às populações das diferentes aldeias da freguesia, em 1940 e 1981:
É interessante comparar os dados desta tabela com as informações da Matrícula dos Moradores da Vila e Termo, de 1779:
Casal da Serra - 33 habitantes (9 fogos=agregados familiares)
Mourelo - 99 habitantes (22 fogos)
Paradanta - 36 habitantes (8 fogos)
Partida - 110 habitantes (25 fogos)
Pereiros - 57 habitantes (17 fogos)
Tripeiro - 59 habitantes (16 fogos)
Vale de Figueiras - 24 habitantes (4 fogos)
Vila (S. Vicente da Beira) - 523 habitantes (153 fogos)
Violeiro - 68 habitantes (16 fogos)
(Total da freguesia, em 1779 - 1009 habitantes, em 270 fogos)
Além do trabalho de Paulo J. Gama Mota (Consanguinidade aparente em S. Vicente da Beira), publicado em "Antropologia Portuguesa", Vol. 1 (1983), p. 5-32, conheço um outro estudo demográfico sobre a nossa freguesia.
As autoras são Maria João Guardado Moreira (docente da ESE de Castelo Branco e neta do Senhor Manuel da Silva) e de Maria Isabel B. Correia Diogo. O estudo intitula-se Migrações internas para S. Vicente da Beira no século XVIII e encontra-se publicado em "Comunicações das I Jornadas de História do Distrido de Castelo Branco", edição do Secretariado Regional da A.P.H. e do Instituto Politécnico de Castelo Branco, 1994, Castelo Branco.
Enxidros era a antiga designação do espaço baldio da encosta da Gardunha acima da vila de São Vicente da Beira. A viver aqui ou lá longe, todos continuamos presos a este chão pelo cordão umbilical. Dos Enxidros é um espaço de divulgação das coisas da nossa freguesia. Visitem-nos e enviem a vossa colaboração para teodoroprata@gmail.com
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sábado, 4 de setembro de 2010
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