No passado, grandes extensões do antigo concelho de São Vicente da Beira eram terras baldias. Era o caso dos enxidros e de quase toda a área do triângulo Louriçal-São Vicente, Ribeirinha e Ocreza, até abaixo do paredão da atual barragem de Santa Águeda. Nestes baldios, os povos tinham a liberdade de apascentar os gados e colher lenha e mato. Às vezes havia limitações, mas estabelecidas pela Câmara.
A Devesa era o baldio mais próximo da Vila. Por isso, ainda nos anos 60 e 70, quando crianças e jovens importunavam os adultos com jogos de bola ou correrias, na Praça ou em qualquer rua, logo vinha o "convite":
- Vão para a Devesa!
José Teodoro Prata
Enxidros era a antiga designação do espaço baldio da encosta da Gardunha acima da vila de São Vicente da Beira. A viver aqui ou lá longe, todos continuamos presos a este chão pelo cordão umbilical. Dos Enxidros é um espaço de divulgação das coisas da nossa freguesia. Visitem-nos e enviem a vossa colaboração para teodoroprata@gmail.com
terça-feira, 23 de agosto de 2016
sábado, 20 de agosto de 2016
As coisas que o Pedro sabe
Às vezes até me deixa de boca aberta
com o que ele sabe sobre a nossa terra – a História e as histórias, as gentes,
os lugares, as tradições… É verdade que teve uma boa mestra, mas, mesmo assim,
não deixa de surpreender. Ainda por cima é uma pessoa generosa, sempre disposto
a partilhar o que tem e o que sabe, e a ajudar quem precisa.
Aqui
há tempos encontrei-o na Praça. Tirou uma coisa do bolso e parecia um menino:
-
Olhe aqui, sabe o que é isto?
-
Sei lá agora, Pedro…
-
Chama-se um barbilho.
De
repente fez-se luz e lembrei-me do tempo em que via o meu avô, no Mato Branco,
a berrar atrás de algum borrego ou cabrito:
-
Grande filho duma cabra, com o corpanzil que já tem e ainda agarrado às tetas
da mãe! Deixa estar que já te cozo!
Ao
outro dia, embarbilhado, que remédio tinha o bicho senão fazer pela vida, e a
minha avó toda contente com o queijo mais avultado.
Barbilho
É utilizado para desmamar os cabritos e borregos. Mete-se a parte de madeira dentro da boca do animal e a tira de couro passa por cima do nariz.
As guitas atam-se aos cornos ou, no caso de
ser moucho, passam por trás das orelhas e atam-se ao pescoço.
Um dia destes encontrei-o no estaleiro
da Junta. No meio de tantas velharias, mostrou-mas como se fossem tesouros. Sabe
o nome, função e proveniência de tudo, e diz que ainda um dia lhes há de voltar
a dar vida.
Numa
caixa, bem acondicionados, tinha as últimas aquisições:
Um chocalho
É maior, se for para as vacas, ou mais
pequeno, se for usado por cabras e ovelhas.
Badalos
O som do chocalho depende do tamanho e da
forma do badalo.
Chavetas
São
utilizadas como fivelas para prender a coleira do chocalho.
Travincas
Serviam
para ajudar a fixar e apertar a corda dos molhos de lenha, mato ou erva.
Todos
estes objectos eram feitos à mão, muitas vezes pelos pastores. A madeira
utilizada era quase sempre o carvalho, a oliveira ou o azinho, por ser mais
rija. Muitos faziam também pífaros, fisgas, fundas e outros objetos de madeira,
cortiça, osso e couro. Era uma maneira de enganarem a solidão dos dias...
M.
L. Ferreira
Nota: Os objetos e explicações são do Pedro
Gama.
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sexta-feira, 19 de agosto de 2016
Lagares
Em São Vicente da Beira, existiam 9 lagares e quase todos com azenhas, sem contar com os que existiam nas anexas.
Lagar do António Neto
Lagar da Natividade Lino
Lagar do César
Lagar do Major
Lagar do João Corredoura
Lagar do Mesquita
Lagar João Dias
Lagar Fundeiro (barragem do Pisco)
Lagar Padre José Sarafana
É triste que não exista um museu sobre a produção do azeite!
Jaime Gama
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quarta-feira, 17 de agosto de 2016
O terramoto de 69
Naquele tempo, já passaram tantos dias, tanto tempo.
A colheita da azeitona tinha terminado, o azeite
(bastante fino por sinal, não fossem oliveiras de São Vicente) guardado nos
velhos potes de barro, a safra tinha sido boa. A feira de São Vicente assim o
demonstrou, muita mercadoria e muitos compradores, a praça repleta de tendas,
cada feirante expunha seus produtos:-brinquedos de lata, bonecas de papel,
lençóis estampados, panos de fioco, surrebeco, camisas de popelina, aventais,
xailes, lenços para tapar as cabeças às mulheres; (só podiam entrar na igreja com
a cabeça coberta por um lenço) nunca entendi o porquê:- os homens chapéu na
mão, cabeça destapada, as mulheres…
Sapateiros expunham seus trabalhos; botas cardadas...
Na pequena praça Hipólito Raposo cancelas guardavam leitões, as vacas ficavam
na fonte velha, a praça fervilhava de gente de toda a freguesia e freguesias
limítrofes. Sacristão subiu as escadas da torre e tocou a última, padre Tomaz
desmonta do cavalo, entrega a alimária ao Zé maiaca, entra na sacristia. Enquanto
se paramenta vai rezando em latim:
- Ne reminiscáris, Dómine, delicta nostra… não vos recordeis Senhor dos nossos delitos…
Ouvem-se as doze badaladas, vigário, costas voltadas para os fiéis, de frente para o altar, inicia a santa missa; são raras as vezes que começa a eucaristia a horas. Pudera; estradas não havia, abundavam os caminhos escalavrados e as veredas; o rebanho era grande, cavalo de vez em quando não queria subir a Costa, ladeira íngreme.
- Ne reminiscáris, Dómine, delicta nostra… não vos recordeis Senhor dos nossos delitos…
Ouvem-se as doze badaladas, vigário, costas voltadas para os fiéis, de frente para o altar, inicia a santa missa; são raras as vezes que começa a eucaristia a horas. Pudera; estradas não havia, abundavam os caminhos escalavrados e as veredas; o rebanho era grande, cavalo de vez em quando não queria subir a Costa, ladeira íngreme.
Chovesse, nevasse, fizesse sol, noite ou dia padre
Tomaz tinha que estar sempre pronto para acudir aos seus paroquianos, a santa
unção não se podia negar a um moribundo.
Igreja à cunha, ouvia-se perfeitamente o ruido dos
feirantes e das pessoas
In nomine Patris, et Filli et
Spíritus Sancti…
Ite missa est.
Deo gratias.
A praça é um mar de gente, a taberna do Zé canhoto, fica
em frente à porta principal do templo, enche-se de fregueses que emborcam copos
de vinho. Alguns, poucos, bebem pirolitos, a praça fervilha, a feira está
forte, a azeitona teve boa funda, os leitões eram vendidos por duas, três
notas. Ano de azeite, feira forte; ano de pouco azeite, a feira não é tão boa.
Padre Tomaz, sempre preocupado com os Aldeões, os
Canavéis, quando tinha um tempo livre ia ver como estava o renovo, se o Zé
maiaca tinha os mimos a seu gosto.
Foi professor no seminário do Fundão, durante quarenta
anos paroquiou a vila. O escritor Virgílio Ferreira recorda-o no seu livro Manhã
Submersa. Terá sido talvez o principal impulsionador para que admitissem
Joaquim Alves Brás no seminário. Certa vez, a convite do seu colega António,
irmão de Alves Brás, foi passar uns dias a Casegas. Alves Brás já não era nenhuma
criança, padre Tomaz viu qualidades naquele adolescente. António não estava
muito inclinado para que o irmão entrasse para o seminário: era coxo. Voltando-se
para o colega disse-lhe:
- Ser coxo não é impedimento, teu irmão vai ser um bom
sacerdote. Monsenhor Alves Brás foi o grande protector das criadas de servir,
fundou as casas de Santa Zita, o seu lema era "Ajudar as criadas de servir".
À saída da missa. uma mulher andava à procura do seu
homem e não o encontrava.
Está metido nalguma baiuca, não se perde.
Eu casei na igreja da vila, viemos a pé da Partida,
foi o padre Tomaz quem nos casou, a minha mãe ficou viúva muito nova, já tinha
dois filhos quando se casou com o meu pai que também era viúvo e tinha oito
filhos; era mais velho que a minha mãe treze anos. Minha avó, mãe da minha mãe,
não queria que minha mãe casasse com ele:
- Vais casar com um homem que já tem oito filhos…
Ainda tiveram mais quatro: nosso Luís, a nossa Gracinda, eu e o meu irmão
Manuel que morreu novo.
Como as coisas são, se não se tivessem casado não
estava cá.
Todos gostavam muito da minha mãe, ela também gostava
muito de todos, nunca houve a mais pequena coisa entre nós, sempre nos demos muito
bem, a fartura não era muita, mas também não passávamos fome.
Minha mãe subia a serra em direcção à Paradanta, fui
com ela algumas vezes; passávamos no Vale do Urso, em direcção ao Fundão.
A minha mãe levava uma cesta de ovos à cabeça, no
Fundão trocava-os por loiça, depois ia para as Rochas de Baixo, Almaceda… onde
a vendia. Trocava-a por sementes, não havia dinheiro. Milho, trigo, feijão… A
minha mãe enchia uma caneca de sementes e fazia assim a venda.
Havia peças que tinham de se encher mais que uma vez,
conforme o valor…
Um dia, fui com a minha mãe às Rochas, cheguei a um
ponto que já não queria andar, era muito nova ainda.
Éramos muitos irmãos, nunca passámos fome. Certo dia
fui a Castelo Branco ver o meu irmão que andava na tropa. Abalámos de manhã
cedo com os ganhões que levavam madeira.
Quando era solteira, íamos a pé para Castelo Branco apanhar
a azeitona, à noite era uma alegria, dançávamos ao toque do realejo…
Além vai o seu homem.
Onde é que tens andado homem! Estão ali uns leitões
que metem cobiça, vamos lá comprar um, são uma boquinha lavada, comem tudo o
que a dona lhes deita, se o Santo António o guardar, para o ano fazemos uma boa
matação.
Ó ti Maria quanto quer por este leitão?
- Duas notas e meia.
- É muito, damos-lhe duas notas, mesmo assim é caro.
- Deixe cá ver o dinheiro, leva coisa boa.
(…) Senhoras e senhores aproximem-se, cá está o homem
da banha da cobra. Venham ver esta maravilha, uma pomada que faz bem ao lumbago,
dores nas costas, cura feridas… Quem comprar uma bisnaga, não leva uma, nem
duas, mas três, é uma pomada milagrosa. Um conjunto para aquele senhor, para
aquela senhora… aproximem-se, venham experimentar, as dores das cruzes
desaparecem!
- Olha o homem das calças baratas, hoje perdi a
cabeça, o custo não paga o feitio, quanto mais o pano, vejam estas calças de
cotim…
As pessoas aos poucos vão partindo para suas casas, os
feirantes arrumam as tendas, a noite aproxima-se a passos largos, para o ano
nova feira, outras compras…
O mês de fevereiro é o mais curto mês e o menos cortês. O rendeiro da quinta da Casa Conde terá sido sondado para que as pessoas da
vila pudessem fazer um curso de poda de oliveiras.
Muitos adolescentes, e alguns homens de mais idade,
aproveitaram a oportunidade. Todos receberam uma tesoura e um serrote. O
monitor chamava-se Gutterres, regente agrícola, tio do engenheiro, boa pessoa,
paciente com os formandos. Avancemos.
- Ó Ana, não sei o que se passa com as nossas ovelhas,
andam esquisitas; na Barroca saltam de uns leirões para os outros, não pegam na
erva. Até o nosso piloto, farta-se de uivar…
Tem graça que as nossas galinhas também andam
alvoroçadas, esta manhã não puseram um ovo. Fevereiro estava no fim, a noite
igual a todas as outras noites. Depois da ceia fomo-nos deitar, às duas e tal
da manhã de domingo, lá longe, ouve-se um rudo esquisito cada vez mais forte, audível,
passa debaixo da cama.
- Ai homem que a nossa cama está a abanar, levanta-te,
Senhor Santo Cristo nos acuda, é o fim do mundo!
- Não vês que é um tremor de terra, fujamos que a casa
pode desabar. Da rua vinha um falaçar…
Quando amanheceu, as paredes da sala de jantar encontravam-se
rachadas, não eram muito grandes as fendas, algumas coisas saíram dos seus
lugares, a rádio anunciava que em Portugal, nomeadamente no Algarve, tinha
havido um valente tremor de terra, tendo morrido umas doze pessoas, muitas
casas danificadas…
São assim os tremores de terra, nunca se sabe quando
aparecem, destroçando, destruindo, criando pânico entre as populações.
Na segunda-feira seguinte do ano da graça de 1969,
pela manhã, os podadores formandos entravam pelo cabanão na quinta, para
continuarem a aprendizagem.
J.M.S.
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segunda-feira, 15 de agosto de 2016
Rota da Gardunha, 2016
O narigudo e a caveira.
No curral...
A caminho do Castelo Velho.
No ninho da águia!
O prémio para quem ousou.
Aranha. Quilómetros abaixo, havia outra igual.
Cabras em casa de humanos.
Ainda há cabras...
A mesma rota, sempre nova e diferente!
José Teodoro Prata
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domingo, 14 de agosto de 2016
O nosso falar: cães
Hoje reponho o conteúdo de dois comentários que poderão ter passado a muitos leitores.
Jaime Lopes, Dias escreveu, na sua Etnografia da Beira, que os do Louriçal do Campo chamavam Cães da Vila aos de São Vicente.
Eu esclareci que também os vicentinos usavam esse termo.
O leitor Gama enviou há dias um interessante estudo (levantamento) sobre o nosso falar:
Jaime Lopes, Dias escreveu, na sua Etnografia da Beira, que os do Louriçal do Campo chamavam Cães da Vila aos de São Vicente.
Eu esclareci que também os vicentinos usavam esse termo.
Os nossos antigos também usavam esta expressão, referindo-se a todos os poderosos, não a cada um isoladamente, mas quando estavam ou vinham em grupo, normalmente de fora da terra ou misturados com a elite local.
Por exemplo, os membros da Junta de Freguesia de São Vicente ou um ou mais grandes proprietários locais nunca eram chamados cães, quando em separado. Mas se houvesse um evento que os juntasse, mais ao presidente da Câmara, mais o Governador Civil e o Bispo, então já eram chamados cães. Há nesta expressão a ideia de matilha (de poderosos) que leva tudo.
Aplicar-se a expressão aos de São Vicente, é natural por parte dos do Louriçal, pois foi da Vila que lhes vieram, durante séculos, as imposições judicial e fiscal, entre outras.
Aplicar-se a expressão aos de São Vicente, é natural por parte dos do Louriçal, pois foi da Vila que lhes vieram, durante séculos, as imposições judicial e fiscal, entre outras.
A riqueza de uma comunidade costuma perceber-se num primeiro contacto com o modo de falar dos seus habitantes. Na terra existe um falar muito próprio, interessantíssimo, sobretudo na população feminina. Deve destacar-se em primeiro lugar na pronúncia a troca do b pelo v, melhor dizendo, a existência apenas do som b (baca, binte, biba, binho);a troca do a pelo e (Salguerel, amenhê) e cumulativamente do u pelo o (bureco; busquer; correl; róber; espinguerda; espatruquer = diz-se dos animais que saltam brincando, bater o pé na brincadeira, dar pinotes; despulguedo = aquele que sente fome; estrilhedo = barriga encolhida; escarrefocedo = despenteado) ou ainda do e pelo a (estramunhado = aquele que acordou à pressa).
Entre o vocabulário usual - popular, regional ou até local - devemos destacar: aguintar (deitar fora, atirar), ataquero ou batoque (criança demasiado pequena para a idade), borrifol (criança maldosa), chisna (sol quente), bandobudo (barrigudo), dazorro (de rastos), escadelecer (dormitar), engrolar (cozer à pressa), esgrogolar (beber), tósseira (ervas com muitos pés), farrabraz (homem capaz do bem e do mal), granhola (homem pouco hábil), grabanadas (rajadas de vento e água), ingremenço (invenção, criação), lapachero (lamaçal), lam-berca (rapariga deslambida), morrinha (chuva miudinha), mártele (mártir), mangerona (mulher desleixada), machorro (pequena mata ou arbustos bastante juntos), mechegra (dobradiça de porta ou arca), ó pialém, ó piaquém, ó despois, pramorde (por mor de), polina (grande concentração de insectos, animais ou pessoas), pringa ou pringueira (criança na vadiagem), parriba (para cima), pirrónico (pessoa com mau humor, embirrento, mal disposto), pochena (barraca, cabana), sarópeda (bátega de água), sapoula (nevoeiro intenso), scumássim (tenho de estar de acordo, do mal o menos), quintéso (enquanto, mas), tartaranha (mulher atrapalhada), tranqueta (fe-cho), chamiço (graveto), garraipo (galho), charamuga (acendalha), nanho (sem jeito para nada), escarapeado (pão com ocas no seu interior), redolho (o que vem atrasado, fora do tempo, tardio, serôdio).
Entre o vocabulário usual - popular, regional ou até local - devemos destacar: aguintar (deitar fora, atirar), ataquero ou batoque (criança demasiado pequena para a idade), borrifol (criança maldosa), chisna (sol quente), bandobudo (barrigudo), dazorro (de rastos), escadelecer (dormitar), engrolar (cozer à pressa), esgrogolar (beber), tósseira (ervas com muitos pés), farrabraz (homem capaz do bem e do mal), granhola (homem pouco hábil), grabanadas (rajadas de vento e água), ingremenço (invenção, criação), lapachero (lamaçal), lam-berca (rapariga deslambida), morrinha (chuva miudinha), mártele (mártir), mangerona (mulher desleixada), machorro (pequena mata ou arbustos bastante juntos), mechegra (dobradiça de porta ou arca), ó pialém, ó piaquém, ó despois, pramorde (por mor de), polina (grande concentração de insectos, animais ou pessoas), pringa ou pringueira (criança na vadiagem), parriba (para cima), pirrónico (pessoa com mau humor, embirrento, mal disposto), pochena (barraca, cabana), sarópeda (bátega de água), sapoula (nevoeiro intenso), scumássim (tenho de estar de acordo, do mal o menos), quintéso (enquanto, mas), tartaranha (mulher atrapalhada), tranqueta (fe-cho), chamiço (graveto), garraipo (galho), charamuga (acendalha), nanho (sem jeito para nada), escarapeado (pão com ocas no seu interior), redolho (o que vem atrasado, fora do tempo, tardio, serôdio).
José Teodoro Prata
sábado, 13 de agosto de 2016
Gardunha: Rochas e Castelo Velho
De: http://beira.pt/turismo/rotas-e-percursos/rota-da-gardunha/
Vista deste ângulo, parece um narigudo com cabeleira.
Vou revê-la na próxima segunda, 15 de agosto.
É um passeio familiar, mas convido quem queira juntar-se a nós.
A partida é às 6 horas, da Igreja do Casal da Serra: temos de ir cedo para regressar antes do calor apertar (cerca das 11h).
José Teodoro Prata
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