BREVES
1 – CONTRIBUIR
PARA AS FESTAS DE VERÃO DE 2013
Quem
queira contribuir para as Festas de Verão 2013, pode fazê-lo através do NIB: 0035 0749 0000 3627 4008 2 ou o IBAN: PT5000 3507 4900 0036 2740 082
(este
para quem se encontra no estrangeiro). A operação deve ser efectuada numa caixa
multibanco normal (onde aparece o nome do destinatário). Por isso, não
se esqueçam que, antes de dar a ordem de transferência, “confirmar”, devem
conferir o nome do titular da conta, a “Comissão de Festas”.
2 - PEDITÓRIO DO AZEITE
Quase
toda as pessoas da Vila (as que habitualmente lá residem ou que, por esta ou
aquela razão lá se encontravam naquele dia), sabem que, como foi prometido, se
procedeu, no dia 20 de Janeiro último, ao tradicional peditório do azeite.
Pode
dizer-se que, em geral, houve uma boa aceitação por parte da população; ou não
fosse este acto de pedir a esmola do azeite em Nome do Senhor Santo Cristo, uma
tradição de décadas ou mesmo séculos.
Para
além dos actos religiosos, era com estes parcos recursos de que a população
dispunha, na maioria produtos que a terra dava, que se faziam “festas rijas”.
Não
havia “artistas” ou estes eram inacessíveis. Os programas assentavam na
contratação de uma aparelhagem sonora (quando foi possível dispor desta
maravilha da técnica).
A banda
de S. Vicente, como era da casa, estava automaticamente convidada a participar
(pelo menos a partir de 1910, imagina-se, ano da sua fundação).
A banda
tinha e continua a ter um papel relevante. Se nos actos profanos concorre,
hoje, com outros meios de diversão, nos actos religiosos, tem ainda um papel
fundamental. A música, como é sabido, sempre foi uma das grandes homenagens do
Homem às Entidades Divinas. Em S. Vicente, pense-se numa Missa Cantada (por
elementos da banda, com vozes masculinas e barítono); ou numa procissão com (ou
sem) banda. Enquanto crianças, achávamos as Missas Cantadas intermináveis,
sendo precisa uma grande dose de paciência para assistir até ao fim. Coisas de
jovens! Hoje creio que é uma pena não se reeditarem essas Missas (mantendo a
matriz, mas podendo-se inovar face ao antigo formato). E, certamente, será até
possível conciliar a beleza dessas Missas com alguma brevidade.
O fogo,
por sua vez, era uma das manifestações mais emblemáticas dos festejos, sendo
que era pela quantidade de foguetes, latadas e castelos (tudo do domínio da
arte da pirotecnia), que a festa era considerada (ou não) como “festa rija”.
A
quantidade de fogo deflagrado durante a festa (avaliado sobretudo pela alvorada
de 2ª. feira), pelo peso que tinha no orçamento, era a medida da capacidade
económica da população e talvez representasse, pelo esforço despendido, outra
das maiores homenagens aos santos em honra dos quais a festa se realizava,
especialmente, o Senhor Santo Cristo que, havia séculos, nos tinha livrado da
praga de gafanhotos.
Era
também por essa razão (a do lançamento de grandes alvoradas), que a festa
rivalizava com as aldeias vizinhas.
Os
tempos são outros.
Mas, já
se vê, a razão que desconhece todas as razões do coração – a dolorosa razão do
compromisso – essa mantém-se. E é necessário porfiar.
3 - RESULTADO DO PEDITÓRIO
Assim,
no dito peditório de 20 de Janeiro último, conseguiu-se angariar um total de
*750, 00 € e 50 Litros de azeite.
Somos
pelas contas transparentes. Só não publicamos a lista nominal dos donativos
porque isso depende da autorização expressa das pessoas, da qual não
dispomos.
Vamos
ver como nos desempenhamos do nosso papel. Porque, agora digo eu: “desarmada a
festa se verá o que nos resta”.
Mas,
estou certo, todos irão contribuir, pois: PRECISAMOS DE TODOS.
Obrigado e até
breve.
A Comissão
de Festas,
zb
Um comentário:
Parabéns a estes Vicentinos que, em tempos tão difíceis, tiveram a coragem de assumir a realização das nossas Festas de Verão.
Todos nós temos na memória as festas de outros tempos. Elas podiam não conseguir ganhar às do Sobral ou outras aldeias vizinhas em muitos aspetos (no contexto de pobreza generalizada desses tempos, a nossa aldeia devia ser das mais pobres), mas ganhavam de certeza em número de familiares e amigos que, por essa altura, rumavam até à terra para participarem nas missas, procissões, e bailes que por esses dias enchiam a igreja, as ruas e a praça. Enchiam também as mesas que, pelo menos nesses dias, eram bem fartas.
Penso que todos os Vicentinos vos desejam o maior sucesso. Oxalá consigam trazer até nós muitas das memórias e pessoas que amamos!
M.L.Ferreira
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