(Ortografia da época)
Á nobre e linda cidade de Castelo Branco
Castelo Branco altaneiro!
Ó progressiva cidade!
Não há no país inteiro
Terra de mais claridade.
Albicastrense doutrora
Como te encontras bonita?!
Quem te viu e vê agora
Quase que não acredita.
Castelo Branco - os desejos
De matar a saudade,
Me trazem hoje aos festejos
Da tua linda Cidade.
Sois, ó lindas castelãs,
Brancas da cor da verdade,
Os aluares das manhãs
Que enfeitiçais a Cidade!
Anda aí Castelo Branco
Todo ufano e a vibrar,
Num sorriso alegre e franco,
Pela Feira Popular.
Vinde aqui, povos da Beira,
A ver a desenvoltura
Das Castelãs, pela Feira
Mostrando a sua brancura!
Ó Castelo guardião
Da Beira, em largo espaço,
Branco é nome que te dão
Mas tu és da cor do aço!
Não há Castelã prendada
Que pense em mudar de estado
Sem ter a colcha bordada
Pró dia do seu noivado.
Gosto de na tua Sé
- Castelo Branco adorável -
Entre as imagens da fé
Ver o Santo Condestável.
Albicastrense querida
Leva-me no teu regaço
A ver o Parque, a Avenida
E as estátuas do Paço.
Ser leal, honesto e franco
É o timbre dos Beirões
E os de Castelo Branco
Honram sempre as tradições.
Lavrador deste torrão,
Quem te sustenta e aos teus?
- É o trabalho e o pão
E a graça de Deus.
A mulher Albicastrense
Tem de ser sempre bonita
Mesmo que ela mais não pense
Que usar vestidos de chita.
Castelo Branco, penhor
Duma vida sã e calma!
É morena a tua cor
Mas é branca a tua alma.
Feliz de quem vive aqui
Desde o seu ó-ó primeiro
E pode dormir em ti
O seu sono derradeiro.
Festas da Cidade
1957
José Pires Lourenço
(S. Vicente da Beira)
José Teodoro Prata
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