Este
sábado a nossa praça voltou a encher-se de gente!
Desta
vez foi o I Congresso Nacional sobre Turismo e Património Imaterial que trouxe
até nós muitas pessoas ligadas a projectos variados nestas áreas, a nível nacional. Esta partilha
de conhecimentos e experiências e a inclusão de S. Vicente no roteiro das
Aldeias Históricas de Portugal é um contributo importante para a valorização e
divulgação da nossa terra e do seu património material, imaterial e humano. Penso
que este facto deve ser motivo de orgulho para todos nós e oxalá seja também o
incentivo para nos empenharmos mais em restituir à nossa Vila a importância que
ela teve noutros tempos.
Mas
o ponto alto da festa foi a comemoração dos 840 anos de S. Vicente com a
recriação histórica da sua fundação.
Começou
com uma “procissão” que saiu da capela de S. Sebastião, passou pela Fonte Velha
e se dirigiu para a Praça. Muitas das pessoas que participaram estavam vestidas
à moda antiga, representando as diferentes classes sociais da época.
Chegados
à Praça, foi recriado o momento em que, como recompensa dos que tinham
participado na batalha de Oles, D. Afonso Henriques mandou que se erguesse uma
igreja para substituir a da Orada que ficava muito longe. Para além de dez
moedas e mais alguns privilégios, o rei ofereceu também uma relíquia (pequeno
osso) do Mártir S. Vicente.
A
mando do rei, a igreja foi erguida no local onde ainda hoje se encontra e à
povoação foi dado o nome de S. Vicente.
Para
terminar a festa, houve uma ceia à moda antiga, com muita carne, bom pão e bom vinho.
Mas desta vez o povo também encheu a barriga!...
Em
todas estas comemorações e festas que têm acontecido nos últimos tempos, o que
me tem chamado mais a atenção é o facto das pessoas virem todas para a rua e
participarem nas iniciativas com muito entusiasmo. É bom voltar a ver a nossa Praça
cheia de gente, à moda de outros tempos! Tenho reparado sobretudo nas crianças
e jovens. Para além de quererem participar ativamente, o que elas se divertem!
Penso que serão estes momentos, que agora vivem com tanto prazer, que eles
lembrarão quando forem adultos e os farão ficar por cá ou voltar sempre que
puderem.
Um comentário:
Algumas notas:
1. Muita gente não se apercebeu, mas passaram por este Congresso, e por São Vicente, alguns dos maiores especialistas nacionais sobre Património Imaterial e a sua divulgação. Fomos o centro do país!
2. Tem razão a Libânia: o mais importante que fica é o convívio entre os vicentinos, o sentimento de pertença a uma comunidade. Isto é bom para todos, mas fundamental para os mais novos!
3. O meu obrigado, como vicentino, à Dr.ª Isabel Cabral, da AHP, que faz o favor de se preocupar connosco; ao ator Marlon que dinamizou a recriação histórica, em condições muito precárias (todos esperavam que ele organizasse tudo sozinho, mas ele nem a terra conhecia); à Junta de Freguesia, especialmente ao seu presidente, João Prata, que acreditou neste projeto da AHP e tudo fez para que o Congresso e as festividades dos 840 anos se concretizassem.
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