Enxidros era a antiga designação do espaço baldio da encosta da Gardunha acima da vila de São Vicente da Beira.
A viver aqui ou lá longe, todos continuamos presos a este chão pelo cordão umbilical.
Dos Enxidros é um espaço de divulgação das coisas da nossa freguesia.
Visitem-nos e enviem a vossa colaboração para teodoroprata@gmail.com
Naturalmente, fiquei maravilhado com a notícia. Depois do traçado da rota pedestre da Orada e do arranjo da casa de apoio à ermida, esta obra é a cereja no cimo do bolo. Penso que a notícia se refere ao caminho de baixo, sempre ao longo da ribeira, e é de facto um lindo percurso. O meu obrigado e parabéns à Câmara e sobretudo à Junta, que desde a primeira hora soube interpretar o significado que para nós tem a Senhora da Orada.
Aplaudo tudo o que é feito para bem da nossa terra. No entanto, a freguesia não são só capelas e ermidas. Também há pessoas e acessos de que as pessoas precisam e que constituem um perigo para quem passa, a pé ou de carro. Mas como as obras que beneficiem as pessoas e que pouca visibilidade mediática dão, ficam para segundo plano, o que contraria o slogan que é apregoado por muita gente: "Primeiro as pessoas".
Apesar de ser membro da Assembleia de Freguesia, não posso deixar de manifestar a minha opinião relativamente a esta notícia. Foi com estupefação e alguma revolta que a ouvi! Não porque não concorde com a mesma, penso que realmente vem valorizar este percurso, mas não a considero prioritária, tendo em conta que há outras obras muito mais urgentes e menos dispendiosas por fazer, por já existir uma estrada alcatroada a algumas centenas de metros e o caminho em terra poder ser preservado, sem se gastar tanto dinheiro. Durante dois anos, na Assembleia, tenho ouvido pedidos de arranjo de muros que suportam estradas nos Pereiros e no Casal da Serra e que estão a ruir, já se falou várias vezes e solicitou à Junta e à Câmara o calcetamento dos 250 metros de acesso do portão da quinta à Tapada da D. Úrsula e da estrada à casa do sr. José Gomes, locais onde sempre viveram, vivem e passam diariamente pessoas, onde já foi necessário irem ambulâncias e não conseguiram passar e nunca ouvi falar nesta obra com que, de repente, talvez num ataque repentino de devoção, o Presidente da Câmara nos brinda, depois de já ter gasto também bastante dinheiro no São Tiago da Partida e creio que vai gastar 300 mil na Rainha Santa de Tinalhas. Não digo que não fazem falta estas obras, mas há outras muito mais urgentes. Ainda noutro dia, uma pessoa ia caindo para o buraco que está no fundo da barreira do hospital, depois do muro ter ruído. Primeiro faziam-se as obras urgentes, depois as megalónomas, mas essas é que dão os votos (apesar dos santos não votarem) e os caminhos pedestres podiam ser de terra batida e melhorados, tanto para a Sra da Orada como para a barragem. Como dizia a ti Janja: "Antigamente para a Sra da Orada eram só veredas e matagais, agora temos estrada alcatroada e tudo!"
Embora concordando com o Tó Sabino e com a Maria da Luz sobre a importância das pequenas obras (acho que falta à Câmara e Junta uma equipa de intervenção rápida para pequenas reparações - embora muitas delas de particulares - e esse é um aspeto da orgânica da Câmara que tem de ser melhorado), discordo com eles sobre a desvalorização que fazem do calcetamento do caminho para a Orada. Ele não serve a Nossa Senhora, serve as pessoas, tal como o edifício de apoio à ermida. O caminho vai facilitar a vida sobretudo das dezenas de pequenos agricultores do vale da Ribeirinha. Quanto ao facto de a questão não ter passado pela Assembleia de Freguesia, isso revela o défice democrático em que funcionam as nossas autarquias (acho que quase todas do país, ainda muito baseadas no caciquismo do século XIX).
O caminho da Senhora da Orada que antigamente partia do posto da GNR é um caminho pedonal que agora vai ser calcetado; tudo bem Que se coloque calçada no seu trajecto! que se asfaltem caminhos rurais onde passa um carro de vez em quando!? há lugares dentro do perímetro urbano da vila que deviam ter o mesmo tratamento, há uma estrada municipal "caso único na freguesia" que está completamente esfrangalhada, abandonada... qualquer dia nem um tractor pode transitar na velha estrada que liga a cruz da Óles ao Casal da Serra "conhecida por:-estrada da Cascalheira". Os proprietários que possuem bens naquelas paragens que se amolem. E se um dia há um incêndio! Se não quiserem por alcatrão, não ponham. Tapem as regueiras com pedras, deitem terra, limpem as valetas, preserve-se. É uma estrada municipal, é uma estrada portuguesa com certeza J.M.S
Concordo com todos os pontos de vista já apresentados, principalmente os que defendem que as obras públicas devem servir os interesses das populações. E o caminho da senhora da Orada também serve muita gente que por ali tem as suas hortas e muito dificilmente conseguem por lá passar de carro; em algumas alturas do ano, até mesmo a pé. Não sei é se o calcetamento será a melhor opção. Mas acho que vou ter saudades do caminho atual, onde passava quando queria fugir ao alcatroado que parte do Casal da Fraga e onde apanhava amoras, orégãos e violetas. Quanto ao facto de a Assembleia de Freguesia não ter sido ouvida, revela bem a importância que dão aos representantes da voz do povo… M. L. Ferreira
Também sou da opinião que as obras se façam para servir as pessoas e há que estabelecer prioridades, pois há pequenas melhoramentos há muito aguardados e sempre negados e desvalorizados pelo poder local. Não posso deixar de manifestar o meu profundo desagrado pela resposta dada pelo Sr. Presidente da Câmara de Castelo Branco, no decorrer da abertura da Feira Medieval, de que o projeto de pavimentar o caminho, desde o cruzamento da Quinta dos Carquejais até à Tapada D. Úrsula foi mais uma vez considerado de menor importância, pois não somos residentes. As pessoas que foram obrigadas a abandonar a sua terra para procurar sobreviver com alguma dignidade não são valorizadas e são considerados Vicentinos de 2.ª categoria. O facto de estarmos a preparar o nosso regresso a São Vicente já é condição suficiente de que merecemos condições dignas de habitabilidade, uma vez que as condições do atual caminho tornam difícil o acesso a qualquer veículo. Assim concluo que as obras de grande envergadura são as que ficam bem na fotografia.
O muro de suporte (bem alto) nos Pereiros está prestes a ruir para cima da estrada. Aquilo é um acidente trágico prestes a acontecer a quem por azar esteja a passar no momento do colapso...
8 comentários:
Naturalmente, fiquei maravilhado com a notícia.
Depois do traçado da rota pedestre da Orada e do arranjo da casa de apoio à ermida, esta obra é a cereja no cimo do bolo.
Penso que a notícia se refere ao caminho de baixo, sempre ao longo da ribeira, e é de facto um lindo percurso.
O meu obrigado e parabéns à Câmara e sobretudo à Junta, que desde a primeira hora soube interpretar o significado que para nós tem a Senhora da Orada.
Aplaudo tudo o que é feito para bem da nossa terra. No entanto, a freguesia não são só capelas e ermidas. Também há pessoas e acessos de que as pessoas precisam e que constituem um perigo para quem passa, a pé ou de carro. Mas como as obras que beneficiem as pessoas e que pouca visibilidade mediática dão, ficam para segundo plano, o que contraria o slogan que é apregoado por muita gente: "Primeiro as pessoas".
Apesar de ser membro da Assembleia de Freguesia, não posso deixar de manifestar a minha opinião relativamente a esta notícia.
Foi com estupefação e alguma revolta que a ouvi! Não porque não concorde com a mesma, penso que realmente vem valorizar este percurso, mas não a considero prioritária, tendo em conta que há outras obras muito mais urgentes e menos dispendiosas por fazer, por já existir uma estrada alcatroada a algumas centenas de metros e o caminho em terra poder ser preservado, sem se gastar tanto dinheiro.
Durante dois anos, na Assembleia, tenho ouvido pedidos de arranjo de muros que suportam estradas nos Pereiros e no Casal da Serra e que estão a ruir, já se falou várias vezes e solicitou à Junta e à Câmara o calcetamento dos 250 metros de acesso do portão da quinta à Tapada da D. Úrsula e da estrada à casa do sr. José Gomes, locais onde sempre viveram, vivem e passam diariamente pessoas, onde já foi necessário irem ambulâncias e não conseguiram passar e nunca ouvi falar nesta obra com que, de repente, talvez num ataque repentino de devoção, o Presidente da Câmara nos brinda, depois de já ter gasto também bastante dinheiro no São Tiago da Partida e creio que vai gastar 300 mil na Rainha Santa de Tinalhas.
Não digo que não fazem falta estas obras, mas há outras muito mais urgentes. Ainda noutro dia, uma pessoa ia caindo para o buraco que está no fundo da barreira do hospital, depois do muro ter ruído.
Primeiro faziam-se as obras urgentes, depois as megalónomas, mas essas é que dão os votos (apesar dos santos não votarem) e os caminhos pedestres podiam ser de terra batida e melhorados, tanto para a Sra da Orada como para a barragem. Como dizia a ti Janja: "Antigamente para a Sra da Orada eram só veredas e matagais, agora temos estrada alcatroada e tudo!"
Maria da Luz Prata Teodoro
Embora concordando com o Tó Sabino e com a Maria da Luz sobre a importância das pequenas obras (acho que falta à Câmara e Junta uma equipa de intervenção rápida para pequenas reparações - embora muitas delas de particulares - e esse é um aspeto da orgânica da Câmara que tem de ser melhorado), discordo com eles sobre a desvalorização que fazem do calcetamento do caminho para a Orada. Ele não serve a Nossa Senhora, serve as pessoas, tal como o edifício de apoio à ermida. O caminho vai facilitar a vida sobretudo das dezenas de pequenos agricultores do vale da Ribeirinha.
Quanto ao facto de a questão não ter passado pela Assembleia de Freguesia, isso revela o défice democrático em que funcionam as nossas autarquias (acho que quase todas do país, ainda muito baseadas no caciquismo do século XIX).
O caminho da Senhora da Orada que antigamente partia do posto da GNR é um caminho pedonal que agora vai ser calcetado; tudo bem
Que se coloque calçada no seu trajecto! que se asfaltem caminhos rurais onde passa um carro de vez em quando!? há lugares dentro do perímetro urbano da vila que deviam ter o mesmo tratamento, há uma estrada municipal "caso único na freguesia" que está completamente esfrangalhada, abandonada... qualquer dia nem um tractor pode transitar na velha estrada que liga a cruz da Óles ao Casal da Serra "conhecida por:-estrada da Cascalheira". Os proprietários que possuem bens naquelas paragens que se amolem. E se um dia há um incêndio! Se não quiserem por alcatrão, não ponham. Tapem as regueiras com pedras, deitem terra, limpem as valetas, preserve-se. É uma estrada municipal, é uma estrada portuguesa com certeza
J.M.S
Concordo com todos os pontos de vista já apresentados, principalmente os que defendem que as obras públicas devem servir os interesses das populações. E o caminho da senhora da Orada também serve muita gente que por ali tem as suas hortas e muito dificilmente conseguem por lá passar de carro; em algumas alturas do ano, até mesmo a pé. Não sei é se o calcetamento será a melhor opção. Mas acho que vou ter saudades do caminho atual, onde passava quando queria fugir ao alcatroado que parte do Casal da Fraga e onde apanhava amoras, orégãos e violetas.
Quanto ao facto de a Assembleia de Freguesia não ter sido ouvida, revela bem a importância que dão aos representantes da voz do povo…
M. L. Ferreira
Também sou da opinião que as obras se façam para servir as pessoas e há que estabelecer prioridades, pois há pequenas melhoramentos há muito aguardados e sempre negados e desvalorizados pelo poder local.
Não posso deixar de manifestar o meu profundo desagrado pela resposta dada pelo Sr. Presidente da Câmara de Castelo Branco, no decorrer da abertura da Feira Medieval, de que o projeto de pavimentar o caminho, desde o cruzamento da Quinta dos Carquejais até à Tapada D. Úrsula foi mais uma vez considerado de menor importância, pois não somos residentes.
As pessoas que foram obrigadas a abandonar a sua terra para procurar sobreviver com alguma dignidade não são valorizadas e são considerados Vicentinos de 2.ª categoria.
O facto de estarmos a preparar o nosso regresso a São Vicente já é condição suficiente de que merecemos condições dignas de habitabilidade, uma vez que as condições do atual caminho tornam difícil o acesso a qualquer veículo.
Assim concluo que as obras de grande envergadura são as que ficam bem na fotografia.
Conceição Teodoro
O muro de suporte (bem alto) nos Pereiros está prestes a ruir para cima da estrada. Aquilo é um acidente trágico prestes a acontecer a quem por azar esteja a passar no momento do colapso...
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