sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Coronel e Zé Canhoto

Reconquista, 19 de janeiro de 2017

José Teodoro Prata

3 comentários:

Anônimo disse...

A autarquia decidiu, está decidido! Agora só é preciso arranjar um nome para a praceta!
Sobre o post anterior, só posso dizer que a desertificação tudo traz. Infelizmente!
Abraços.
ZB

José Teodoro Prata disse...

(Também) Não vou em nostalgias. Decidiu-se, passemos à etapa seguinte.
O título é apenas uma forma de recordar quem ali viveu, embora a taberna (e a casa) do Zé Canhoto há muito que foi transformada. Tinha um postigo com vista direta para o altar, por onde ele seguia a missa do Pe. Tomás.
Votos para que as obras avancem e haja os cuidados prometidos, incluindo bom gosto.

Anônimo disse...

Pois eu cá acho que sou um pouco saudosista e tenho muita pena que deitem a casa do Coronel abaixo. Para além de ser uma das casas mais bonitas da nossa terra, sempre que por lá passo lembro-me do meu pai e da segunda e última vez que me bateu. Teria os meus cinco ou seis anos e, juntamente com alguns cachopitos da minha idade andávamos a atirar pedras para esbarrondar os ninhos de andorinha que havia por baixo da varanda da casa. Andava tão entretida que nem dei pelo meu pai que me pegou por um braço e me deu um pontapé no rabo e mandou para casa.
Na altura não percebi muito bem o castigo, mas hoje acho que aquele pontapé foi mais que merecido.
Já agora, a primeira vez que ele me bateu teria uns quatro ou cinco anos. Na altura vivíamos em Castelo Branco, numa casa da fábrica da resina onde ele trabalhava. Havia lá um grande pomar de laranjeiras e eu passei perto e apanhei uma laranja do chão. Também não dei por ele se aproximar; só senti o rabo a arder com o pontapé que me deu. Mas o pior foi ouvi-lo depois a ralhar com a minha mãe porque não sabia dar-me educação…

M. L. Ferreira