Enxidros era a antiga designação do espaço baldio da encosta da Gardunha acima da vila de São Vicente da Beira.
A viver aqui ou lá longe, todos continuamos presos a este chão pelo cordão umbilical.
Dos Enxidros é um espaço de divulgação das coisas da nossa freguesia.
Visitem-nos e enviem a vossa colaboração para teodoroprata@gmail.com
Há meses, deu-me uma "macacoa" e foi um bombeiro que se iniciou em São Vicente quem me prestou os primeiros socorros e me levou para o hospital. Por outro lado, no verão, olho para a Gardunha e fico mais descansado ao saber que ali existe uma delegação de bombeiros. E quando ando no Ribeiro de Dom Bento, antes de fazer algum trabalho mais perigoso (trabalho com motosserra...), meto o telemóvel no bolso e penso que os bombeiros sabem onde estou, se tiver de telefonar. Mas que direito tenho eu em pedir a outros que sejam bombeiros? Que é muito bom para mim e para a nossa terra, é!
Uma informação que não está no cartaz, nem no meu comentário anterior: a delegação dos bombeiros em São Vicente está em risco; se não houver mais candidatos a bombeiros, a delegação permanente fecha e só abrirá no verão.
Há pouco mais de cinquenta anos era o cabo dos trabalhos para quem vivesse nos limites da freguesia e precisasse de um médico. Não havia telefones, nem estradas, nem carros e muitas vezes quando o socorro chegava já o doente tinha morrido. Penso muitas vezes nesta realidade quando ouço o som das sirenes a passarem na estrada a caminho da Charneca, onde já vivem quase só pessoas muito idosas. A par da assistência às grávidas e dos cuidados às crianças, este serviço de ambulâncias de proximidade foi uma das valências do Serviço Nacional de Saúde mais importantes. Que pena que estejam em risco por falta de pessoal… Tivera eu menos uns bons anos, e quem para lá ia era eu!
Há algo de preocupante na atual sociedade. O sentimento de que é o Estado quem deve fazer tudo e tudo promover e que se não for o Estado devem ser os outros. Nós é que...deixem-me cá no meu sossego. Nota-se hoje uma certa desagregação do cimento social, mas é geral e em Portugal ainda somos os melhores a dar a mão nas horas de infortúnio. Coisas que os antigos faziam com a solidariedade das suas comunidades...Eram melhores que nós ou tão só porquanto não podiam contar com mais ninguém? Independentemente da resposta é importante o sentimento de pertença e da solidariedade. Precisamos todos uns dos outros. Essa é que é essa. FB
Cada vez é mais complicado arranjar juventude para o quer que seja nas nossas terras, e vai sendo cada vez mais difícil manter certos serviços ou colectividades, neste caso com os Bombeiros, seria muito mau para a nossa zona perder um serviço permanente como este da Secção de SVB.
Não sei se é por falta de juventude na vila ou se é por falta de incentivos, mas acho que foi uma boa opcção começar a "recrutar" nas aldeias mais próximas, (no caso do Louriçal é que é mais difícil porque alguns deles estão já na secção dos bombeiros da Soalheira), mas espero que o objetivo de manter os bombeiros na vila se atinja, até porque em meios rurais destes, os incêndios são um perigo enorme, e ter os bombeiros próximos dá muito mais segurança.
5 comentários:
Há meses, deu-me uma "macacoa" e foi um bombeiro que se iniciou em São Vicente quem me prestou os primeiros socorros e me levou para o hospital.
Por outro lado, no verão, olho para a Gardunha e fico mais descansado ao saber que ali existe uma delegação de bombeiros.
E quando ando no Ribeiro de Dom Bento, antes de fazer algum trabalho mais perigoso (trabalho com motosserra...), meto o telemóvel no bolso e penso que os bombeiros sabem onde estou, se tiver de telefonar.
Mas que direito tenho eu em pedir a outros que sejam bombeiros?
Que é muito bom para mim e para a nossa terra, é!
Uma informação que não está no cartaz, nem no meu comentário anterior: a delegação dos bombeiros em São Vicente está em risco; se não houver mais candidatos a bombeiros, a delegação permanente fecha e só abrirá no verão.
Há pouco mais de cinquenta anos era o cabo dos trabalhos para quem vivesse nos limites da freguesia e precisasse de um médico. Não havia telefones, nem estradas, nem carros e muitas vezes quando o socorro chegava já o doente tinha morrido. Penso muitas vezes nesta realidade quando ouço o som das sirenes a passarem na estrada a caminho da Charneca, onde já vivem quase só pessoas muito idosas.
A par da assistência às grávidas e dos cuidados às crianças, este serviço de ambulâncias de proximidade foi uma das valências do Serviço Nacional de Saúde mais importantes. Que pena que estejam em risco por falta de pessoal…
Tivera eu menos uns bons anos, e quem para lá ia era eu!
M. L. Ferreira
Há algo de preocupante na atual sociedade. O sentimento de que é o Estado quem deve fazer tudo e tudo promover e que se não for o Estado devem ser os outros. Nós é que...deixem-me cá no meu sossego.
Nota-se hoje uma certa desagregação do cimento social, mas é geral e em Portugal ainda somos os melhores a dar a mão nas horas de infortúnio.
Coisas que os antigos faziam com a solidariedade das suas comunidades...Eram melhores que nós ou tão só porquanto não podiam contar com mais ninguém?
Independentemente da resposta é importante o sentimento de pertença e da solidariedade. Precisamos todos uns dos outros. Essa é que é essa.
FB
Cada vez é mais complicado arranjar juventude para o quer que seja nas nossas terras, e vai sendo cada vez mais difícil manter certos serviços ou colectividades, neste caso com os Bombeiros, seria muito mau para a nossa zona perder um serviço permanente como este da Secção de SVB.
Não sei se é por falta de juventude na vila ou se é por falta de incentivos, mas acho que foi uma boa opcção começar a "recrutar" nas aldeias mais próximas, (no caso do Louriçal é que é mais difícil porque alguns deles estão já na secção dos bombeiros da Soalheira), mas espero que o objetivo de manter os bombeiros na vila se atinja, até porque em meios rurais destes, os incêndios são um perigo enorme, e ter os bombeiros próximos dá muito mais segurança.
Postar um comentário