Foto dos fundadores do Partido Socialista, em 1973, na Alemanha.
O Roque Lino está imediatamente à direita de Maria Barroso.
Partido colocou a sua bandeira a meia haste e expressou
"profundo pesar pela morte do seu fundador e militante 32"
O PS decidiu colocar
esta quinta-feira a sua bandeira a meia haste pela morte de um dos seus
fundadores, Roque Lino, de 79 anos, antigo secretário de Estado para a
Comunicação Social no segundo Governo de Mário Soares.
Em comunicado, a direção
do PS expressou "profundo pesar pela morte do seu fundador e militante 32,
José Maria Roque Lino", antigo deputado, advogado de profissão e destacado
opositor ao regime do Estado Novo.
Como forma de honrar a
memória de Roque Lino, a direção do PS "deu instruções para a colocação
bandeira do PS a meia haste nas suas sedes".
"Participante na reunião fundadora do partido, em 1973, na
Alemanha, Roque Lino constituiu-se ao longo da sua vida numa referência do PS,
tendo evidenciado sempre no exercício das mais diversas funções o seu apego aos
valores do socialismo democrático e do humanismo", salienta-se no
comunicado.
A morte de Roque Lino, para a direção deste partido, constitui
"uma perda para o PS, para os socialistas e para todos os
democratas".
"Neste momento de perda, partilhamos com todos os camaradas
a nossa mais sentida dor, transmitindo à sua família a solidariedade do Partido
e dos socialistas portugueses. A vida de José Maria Roque Lino constitui mais
um poderoso testemunho do contributo dos socialistas para a construção do
Portugal democrático e de uma sociedade mais justa", acrescenta-se no
mesmo comunicado.
Diário de
Notícias
Jaime da Gama
Um comentário:
S. Vicente da Beira perdeu um grande Amigo, um entusiasta pela sua terra e um poeta. Como político e fundador do PS, mas sobretudo como democrata, teve o esclarecimento de perceber (pelos idos de 1973, portanto, antes do 25 de abril ‘74), que a história de Portugal teria que ser lida de forma diferente da que era oficial na época. Ligou-se ao PS (o PSD, o CDS e a maioria dos partidos políticos ainda não existia (excepto o PCP)). PS, partido que fundou com Mário Soares, Maria Barroso, António Arnaut e outros. Este último, mais ou menos retirado, tem ainda escritório de advogado, com o filho e sócios, em Coimbra.
A sua morte surpreendeu-me com tristeza, porque, de certo modo, inesperada e estava habituado a vê-lo e a trocar algumas palavras com ele, especialmente nas Festas de Verão. Pertenceu à nossa Comissão de Festas de 2013. Lançou em S. Vicente da Beira, no último verão (sábado de Festa), “Retrato Intemporal”, um livro de poesia que teve como inspiração a nossa Vila. Mas Roque Lino era, sobretudo, um grande Humanista.
Paz à sua alma.
Abraços.
ZB
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