Enxidros era a antiga designação do espaço baldio da encosta da Gardunha acima da vila de São Vicente da Beira.
A viver aqui ou lá longe, todos continuamos presos a este chão pelo cordão umbilical.
Dos Enxidros é um espaço de divulgação das coisas da nossa freguesia.
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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018
Viriato Nunes Lopes Russo
Jaime da Gama
(O último documento é uma preciosidade do Ernesto Hipólito)
Viriato Nunes Lopes Russo, nasceu na freguesia de São Pedro (Covilhã) a 16 de novembro de 1878 e faleceu em São Vicente da Beira a 15 de outubro de 1938, casou com a 23 de novembro de 1910 com a Dona Gracinha da Conceição, nascida a 13 de fevereiro de 1889 em São Vicente da Beira, era irmã do Sr. Aurélio da Conceição (Comerciante) nascido a 5 de mar de 1882 (São Vicente da Beira) e faleceu a 24 de maio de 1945. O Sr. Viriato teve duas Filhas: Maria Isabel da Conceição Russo, casada com o filho do Sr. José Pires Lourenço, António Lourenço de Azevedo (Toninho Lourenço) e a outra filha Maria da Conceição Russo, solteira. José Pires Lourenço nasceu na Póvoa da Atalaia a 16 de junho de 1889 e faleceu a 20 de março de 1970 era filho de António Lourenço e de Anna Vitória, casou na conservatória de Águeda a 24 de jukho de 1920.
Certo dia em frente à Pharmacia do Sr. Viriato como devia acontecer muitas vezes, Tertúlias por homens da terra e claro como em todos os povoados há sempre alguém "bazófia", que exibe feitos inventados ou exagerados e a certo momento aparece esse dito homem Gabarolas e claro diz logo a todos que tinha acabado de almoçar um belo bife com batatas fritas, arroz e um ovo estrelado. O Sr. Viriato pergunta-lhe. -Ficastes satisfeito? Ele respondeu - Claro que fiquei, isto não é para todos! Sr. Viriato - Então agora caia bem era um belo digestivo. O homem responde - sim era e onde é que ele está. Sr. Viriato - Agora mesmo te vou preparar um belo degestivo. Entrou na Pharmacia, (antiga prisão e depois da Pharmacia foi Central de distribuição dos telefones), vem de lá com o preparado e deu-lhe a beber. Assim que aceitou bebeu-o de uma só vez, esperaram um pouco e claro começou a fazer efeito e vomitou tudo (pão com cebola). E todo exclamaram! - oh Homem então cada o bife? e começaram a troçar dele. Ele saiu todo enraivecido e foi à sua vida a refilar... Esta história foi-me contada pelo meu Tio João e a ele pelo pai meu avô Jaime!
Mais uma das brincadeiras do Sr. Viriato: Na sua Farmácia tinha ratoeiras para apanhar os ratos vivos que depois os encharcava de determinado Carburante e os incendiava. Os ratos a arder corriam pela praça a fugir mas claro acabariam por morrer. Vamos lá entender aqueles homens que se divertiam com esta brincadeira. Bem eu ainda me lembro o que fazíamos mas era com os morcegos que apanhávamos na Torre da Igreja junto ao Cedro, colocávamos um SG Gigante acesso e víamos os morcegos a voar e só paravam quando morriam cheios de fumo do cigarro. Os morcegos sempre a chupar no cigarro pelo ar já pelo anoitecer.
Parece que a farmácia do Viriato era o ponto de encontro da fina flor de São Vicente, naquele tempo. Conversavam, contavam piadas, metiam-se com quem passava e bebiam o seu copito. Como não ficava bem, a gente tão fina, ir à taberna, pediam a algum cachopito que passasse, que fosse à Viúva comprar o vinho, geralmente vinho branco. Uma vez calhou ao Zé Candeias, ainda criança, nessa altura. Conta que, pelo caminho, olhava para aquele vinho tão bonito, e que devia ser tão bom, e a tentação de levar o jarro à boca para ver a que é que sabia, foi enorme. Só não o fez com medo de ir para o inferno...
Sei que o nosso amigo Ernesto Hipólito sabe uma história muito engraçada passada na farmácia do Viriato. Não me atrevo a recontá-la porque, contada por ele, tem muito mais graça. Vá lá...
5 comentários:
Viriato Nunes Lopes Russo, nasceu na freguesia de São Pedro (Covilhã) a 16 de novembro de 1878 e faleceu em São Vicente da Beira a 15 de outubro de 1938, casou com a 23 de novembro de 1910 com a Dona Gracinha da Conceição, nascida a 13 de fevereiro de 1889 em São Vicente da Beira, era irmã do Sr. Aurélio da Conceição (Comerciante) nascido a 5 de mar de 1882 (São Vicente da Beira) e faleceu a 24 de maio de 1945. O Sr. Viriato teve duas Filhas: Maria Isabel da Conceição Russo, casada com o filho do Sr. José Pires Lourenço, António Lourenço de Azevedo (Toninho Lourenço) e a outra filha Maria da Conceição Russo, solteira.
José Pires Lourenço nasceu na Póvoa da Atalaia a 16 de junho de 1889 e faleceu a 20 de março de 1970 era filho de António Lourenço e de Anna Vitória, casou na conservatória de Águeda a 24 de jukho de 1920.
Certo dia em frente à Pharmacia do Sr. Viriato como devia acontecer muitas vezes, Tertúlias por homens da terra e claro como em todos os povoados há sempre alguém "bazófia", que exibe
feitos inventados ou exagerados e a certo momento aparece esse dito homem Gabarolas e claro diz logo a todos que tinha acabado de almoçar um belo bife com batatas fritas, arroz e um ovo estrelado.
O Sr. Viriato pergunta-lhe.
-Ficastes satisfeito?
Ele respondeu
- Claro que fiquei, isto não é para todos!
Sr. Viriato
- Então agora caia bem era um belo digestivo.
O homem responde
- sim era e onde é que ele está.
Sr. Viriato
- Agora mesmo te vou preparar um belo degestivo.
Entrou na Pharmacia, (antiga prisão e depois da Pharmacia foi Central de distribuição dos telefones), vem de lá com o preparado e deu-lhe a beber.
Assim que aceitou bebeu-o de uma só vez, esperaram um pouco e claro começou a fazer efeito e vomitou tudo (pão com cebola).
E todo exclamaram! - oh Homem então cada o bife? e começaram a troçar dele.
Ele saiu todo enraivecido e foi à sua vida a refilar...
Esta história foi-me contada pelo meu Tio João e a ele pelo pai meu avô Jaime!
Mais uma das brincadeiras do Sr. Viriato:
Na sua Farmácia tinha ratoeiras para apanhar os ratos vivos que depois os encharcava de determinado Carburante e os incendiava.
Os ratos a arder corriam pela praça a fugir mas claro acabariam por morrer.
Vamos lá entender aqueles homens que se divertiam com esta brincadeira.
Bem eu ainda me lembro o que fazíamos mas era com os morcegos que apanhávamos na Torre da Igreja junto ao Cedro, colocávamos um SG Gigante acesso e víamos os morcegos a voar e só paravam quando morriam cheios de fumo do cigarro.
Os morcegos sempre a chupar no cigarro pelo ar já pelo anoitecer.
Parece que a farmácia do Viriato era o ponto de encontro da fina flor de São Vicente, naquele tempo. Conversavam, contavam piadas, metiam-se com quem passava e bebiam o seu copito. Como não ficava bem, a gente tão fina, ir à taberna, pediam a algum cachopito que passasse, que fosse à Viúva comprar o vinho, geralmente vinho branco. Uma vez calhou ao Zé Candeias, ainda criança, nessa altura. Conta que, pelo caminho, olhava para aquele vinho tão bonito, e que devia ser tão bom, e a tentação de levar o jarro à boca para ver a que é que sabia, foi enorme. Só não o fez com medo de ir para o inferno...
M. L. Ferreira
Sei que o nosso amigo Ernesto Hipólito sabe uma história muito engraçada passada na farmácia do Viriato. Não me atrevo a recontá-la porque, contada por ele, tem muito mais graça. Vá lá...
M. L. Ferreira
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