Aspeto da alameda, desde em entrada no (antigo) terreiro até à ponte.
Novo arranjo do início do caminho para as Quintas e Vila.
Paredão da ribeiro e ponte ao fundo.
Pedras de lagar, no local onde foram expostas.
Traseiras da capela, com nova pedra de lagar exposta e fonte em construção.
Nova fonte, ao fundo da escadaria para o ribeiro, nas traseiras da capela.
Passagem no ribeiro, entre a escadaria da frente da capela e a das traseiras.
O espaço das mesas, nas traseiras da capela, também parece vir a ser intervencionado.
Notas em jeito de comentário:
1. O arranjo da ponte e do paredão do ribeiro melhoraram muito a segurança e a beleza do lugar.
2. A nova fonte e a passagem, a nível do ribeiro, entre as duas escadarias ao lado da capela vêm trazer novos recantos e encantos à ermida.
3. O antigo moinho continua a ter sido no local onde há um buraco na parede do ribeiro, para escoar a água. O facto de no lugar da nova fonte haver água não localiza lá o antigo moinho. Também não sabemos como é que aquela água foi captada, se ali, ou se vem canalizada de outro local.
4. O mesmo para as pedras de lagar. Foram trazidas para a ermida e estão expostas apenas para embelezar o lugar ou foram encontradas no buraco aberto para fazer a fonte? Isso faz toda a diferença! Terá de haver uma placa a informar sobre isso.
5. E se foram encontradas no buraco aberto para a nova fonte, fez-se levantamento arqueológico?
Estas flores, não muito vulgares noutros lugares, sempre foram para mim,
desde pequeno, sinónimo de Senhora da Orada.
Já floriram, é primavera!
José Teodoro Prata
5 comentários:
Também lá fui e gostei do que vi. Que pena que, até agora, não se tenha conseguido dinheiro para obras dentro da capela, principalmente na talha dos altares, e, se calhar, já começa a ser tarde...
Sobre as pedras, segundo o Zé Pasteleiro, já estaria guardadas no estaleiro da J. F. há muito tempo; teriam vindo de um lagar que ficou submerso pela barragem.
A fonte, uma graça! e com banquinho e tudo...
Esqueci-me de referir acima que esta água, a ser dali, será do nascente que abastecia a antiga fonte, primitivamente nas traseiras da capela.
Estão duas pedras em frente à Casa do Povo que também eram do mesmo lagar. Chamava-se Lagar Fundeiro, por ser o que estava mais abaixo da Vila. A contar de cima do Lagar do António Neto, era o oitavo, mas o Lagar das Passadouras já não trabalhava nos anos sessenta, pelo que se contam sete.
Para espremer as seiras, antes da energia do petróleo (já usado num motor no Lagar do Major), havia vários mecanismos muito simples. As pedras que estão em frenta à Casa do Povo e semelhantes, eram as que espremiam as seiras. Mas não diretamente. Havia uma rosca na vara (que, na verdade, era uma árvora completa) e um fuso (parafuso de madeira mais resistente) que passava no interior. Depois de rodado o fuso pelos homens, a pedra ficava pendurada na vara. O seu peso espremia a seiras com o bagaço, colocadas convenientemente numa plataforma do lagar, mais alta.
As pedras agora colocadas na Senhora da Orada parecem-me pequenas, mas havia lagares que usavam seiras mais pequenas em duas colunas paralelas e com uma travessa comum.
Abraços, hã.
JB
Zé Barroso:
Deves ter razão quanto à causa das pedras serem mais pequenas (último parágrafo do teu comentário).
Em Idanha-a-velha há um lagar (em que as mós eram movidas pela força de bois) com o sistema de espremer as seiras igual ao que tu aqui descreves (de varas). Desconhecia o peso, que lá não existe. Uma vez ouvi o engenheiro que orientou a restauração daquele lagar a dizer que manteve o sistema do parafuso de madeira, porque era uma tecnologia romana.
Boa tarde a toda a comunidade dos "Enchidros". Tanto as pedras (contrapesos) que estão junto à Casa do Povo, e as que agora estão na Senhora da Orada (pias) foram provenientes do antigo lagar, chamado Fundeiro, construído em 1907 e que ficou submerso quando construíram a Barragem do Pisco. Em Setembro de 2003, a barragem foi despejada para procederem à sua reparação e foi quando me desloquei lá e fiz um levantamento fotográfico completo de toda a componente arquitectónica e apetrechos em pedra que ainda eram visíveis. Este lagar de varas era o maior na região, com quatro conjuntos de varas operacionais. O GEGA, na pessoa do João Paulino e o José Moreira Duarte (Zé Pasteleiro)desenvolveram esforços para que fossem retiradas. Recorreram a pessoas conhecidas que a título gratuito, as retiraram e carregaram em camião cedido pela câmara, para posteriormente serem colocadas em lugar em que pudessem ser vistas. Assim aconteceu e ficaram esquecidas na estrada e na zona industrial nos terrenos da junta. Pelo menos as pias já estão aproveitadas. Os contrapesos, provavelmente, ficarão "ad eternum" onde se encontram. Espero que não.
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