quinta-feira, 25 de abril de 2019

25 de Abril


Nos primeiros tempos, está canção, tão simples, quase demasiado simples, foi para mim sinónimo do 25 de Abril.

José Teodoro Prata

Um comentário:

M. L. Ferreira disse...

E a maré levantou-se mesmo! Como disse Marcelo Rebelo de Sousa no discurso que hoje fez na Assembleia da República, parece que foi ontem, e já passaram 45 anos… Apesar das desigualdades que persistem, das notícias de corrupção, dos compadrios, injustiças, etc. que fazem com que, com demasiada frequência ouçamos dizer que Abril não se cumpriu ou, pior ainda, que o que faz falta é outro Salazar, é inegável que Portugal é hoje, em vária indicadores, um país muito diferente do que era há 45 anos:
Em 1970 apenas 60,2% das casas tinham esgoto; em 2001 o número era de 98,3 %;
Em 1970 apenas 63,7% tinham eletricidade; em 2001 o número era de 99,5%;
Em 1960 havia 1 médico para cada 1253 habitantes; em 2011 o número era de 1/246,7;
A taxa de analfabetismo em 1970 era de 25,7%; em 2011 era de 5%;
A mortalidade infantil em 1974 era de 37,9 por cada mil nascimentos; em 2011 era de 3,1.
Para além da liberdade de pensar e decidir, a democracia faz-se também da melhoria das condições de vida das pessoas (paz, pão, habitação, saúde, educação, diz outra canção do Sérgio Godinho). Estes números, entre outros que se poderiam referir, falam por si. Contudo, não podemos pensar que podemos dormir descansados. A prova, são os partidos de extrema-direita e populistas que, à semelhança do que tem acontecido noutros países, também estão a aparecer em Portugal, com, aparentemente, já bastantes seguidores.