Em fevereiro fui à Central Meleira, situada na Zona Industrial de Castelo Branco, e forneci-me dos utensílios necessários para a apicultura, além de ter ouvido bons conselhos da técnica que me atendeu. Depois contactei o Vale do Rosmaninho, uma empresa do Cebolais de Cima que se dedica à apicultura em grande, com a multiplicação de enxames e a produção de rainhas para venda (ver na internet). Na primeira semana de março fui lá buscar dois enxames. Gastei em tudo perto de 500 euros, que, segundo a técnica referida, são recuperáveis em 3 anos, se eu multiplicar os enxames.
Como os enxames vinham fracos, durante o primeiro mês alimentei-os artificialmente (água, açúcar, sumo de limão e um pouco de sal (ver na internet)), para permitir que as abelhas se dedicassem à criação em vez de terem de andar por fora à procura de comida (conselho de quem mos vendeu).
Em meados de abril, os enxames já estavam fortes e coloquei agora as primeiras alças (caixas superiores destinadas a armazenar o mel, que eu lhes roubarei lá para julho ou agosto). Uma colmeia enxameada produz entre 20 e 25 quilos de mel, porque nós colocamos a cera, dispensando as abelhas de a produzirem (em cada enxame já usei 20 folhas de cera; se as abelhas tivessem de produzir a cera, teriam de comer 6 quilos de mel para fabricar cada folha).
A natureza está a recuperar do fogo de há dois anos e já abundam os matagais, agora floridos. Daqui a uns anos será pior, pois o incêndio multiplicou por muitos os eucaliptos e sobretudo as mimoseiras, autênticas pragas que vão tapar todo o solo em certas zonas da encosta da Gardunha.
Temos vegetação, calor e água, os três pilares da apicultura. E não temos agricultura intensiva, uma vantagem pela fraca ou nula presença de pesticidas, invisíveis, mas que se colam em tudo e nos dão cabo da saúde.
É assim o mundo fascinante das abelhas!
José Teodoro Prata
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