domingo, 30 de maio de 2021

Boletim agrícola

Esta oliveira é bical, variedade que não gosta do frio da serra. Mas este ano carregou de flor. A primavera chuvosa e quente foi favorável às oliveiras, por isso estão carregadas de flor, mesmo as que deram no ano passado,  como é o caso das minhas (não esta, só as galegas).

 Esta ameixeira dá um fruto longo, azul escuro, que amadurece em fins de setembro. Dá-se bem no clima da serra, o que não acontece com muitas.

Este kiwi está carregado de flor, mas infelizmente só a planta macho; a fêmea nem uma para amostra. É uma experiência que estou a fazer e parece que resulta neste clima.

Há bastantes cerejas, este ano. Esta ainda está a recuperar do incêndio de 2017, como é visível na imagem. Como não pulverizo, as que não forem colhidas já, são para os bichos... 

Nota: perdera a máquina fotográfica, mas o cão dos meus vizinhos David e Helena, o Frigo, encontrou-a e levou-a aos donos. Se o virem, acompanhado da Maya, dois cachorros muito simpáticos, façam-lhes umas festas por mim.

José Teodoro Prata

2 comentários:

José Barroso disse...

Parece-me que, devido à grande diminuição demográfica do Interior, há muitos aspectos da agricultura que estão a mudar. Desapareceu o minifúndio (muito mini), para estarem a aparecer maiores terrenos em menos mãos. O que se compreende, porque praticamente também deixou de existir a agricultura de subsistência. Quando os atuais reformados acabarem, os filhos não vão pegar nas terras e a área em menos mãos vai aumentar.
Os incêndios que têm lugar devido às condições climáticas, também aumentaram devido à desertificação. Creio, por isso, que, nos terrenos adequados, vai haver cada vez maiores plantações: oliveiras (porque há mecanização na colha), medronho, cerejeiras, amendoeiras nogueiras, vinha, e até pistácios (pistáchios?). Destes, há já uma associação no Fundão e chamam-lhe o ouro verde. Haverá também mais pastorícia, devido ao aumento dos terrenos em menos donos. Nos terrenos mais estéreis haverá mais floresta de eucaliptos (infelizmente); mas penso que também aumentará a floresta autóctone: sobreiro, castanheiro e pinheiro (este menos). Vou até ao ponto de dizer que, caso não haja um maior regresso aos campos, o que não é previsível, muitos pequenos terrenos serão abandonados. As pessoas irão ao campo para fazer turismo e apreciar a gastronomia, mas não se fixarão lá. São os tempos!
Abraços, hã!
JB

M. L. Ferreira disse...

Sobre os aspetos agrícolas, o Zé Barroso já lhe fez o retrato. Também não tenho melhores expetativas, mas oxalá não se cumpram...
Quanto ao Frigo, grande lição para os que ainda continuam a (mal)tratar os animais como se fossem seres insensíveis e desprovidos de qualquer tipo de inteligência.