José Caetano Amoroso
José Caetano Amoroso nasceu no Louriçal do
Campo, a 24 de fevereiro de 1892. Era filho de Manuel Caetano, jornaleiro,
natural do Casal da Serra e Maria José, natural do Louriçal do Campo (o apelido
Amoroso veio-lhe da parte da avó paterna, que se chamava Maria Amorosa).
Como quase toda a gente naquele tempo, começou
a trabalhar ainda em criança, primeiro acompanhando o pai nos trabalhos
agrícolas e a guardar cabras e depois como criado, no Colégio de São Fiel, onde
se ocupava dos animais e da horta.
Assentou praça em Castelo Branco, como
recrutado e, após ter concluído a instrução da recruta, foi licenciado e
regressou ao Casal da Serra. Voltou a ser mobilizado em 1916, para fazer parte
do CEP, e, de acordo com o seu boletim individual e folha de matrícula, embarcou
para França, no dia 20 de Janeiro de 1917. Tinha o posto de soldado n.º 209 e
placa de identificação n.º 6709. Integrava a formação da Ambulância n.º 1. Terá
depois seguido para a formação da Ambulância n.º 2 e posteriormente colocado no
depósito de roupa.
Em dezembro de 1917, foi-lhe concedida uma
licença de 30 dias para gozar em Portugal. Após o gozo dessa licença, já não
terá regressado a França. Foi abatido ao efectivo da Ambulância n.º 2, em 29 de
Julho de 1918.
Família:
Após ter regressado de França, José Caetano voltou
ao Casal da Serra, onde residia a esposa, Maria Rita de Jesus, com quem tinha
casado, no dia 27 de Novembro de 1915, ainda antes de ter sido mobilizado para
a guerra. Foi aí que lhes nasceram e criaram os filhos que tiveram:
1.
Manuel
Amoroso, que casou com Maria da Anunciação e tiveram 1 filha;
2.
Maria
de Lurdes, que casou com Simão Jacinto e tiveram 5 filhos;
3.
Leonor
Amoroso, que casou com António Soares e tiveram 2 filhos;
4.
Maria
da Anunciação, que morreu solteira e sem descendência;
5.
António
Amoroso que casou com Isaura Patrocínio e tiveram 2 filhas;
6.
Joaquim
Amoroso, que casou com Fernanda Amoroso e tiveram 1 filho.
José Caetano toda a vida trabalhou na
agricultura e na pecuária, ocupando-se das terras que herdou do pai e de outras
que foi adquirindo.
Foi sempre um homem bem-disposto, conversador e
honesto. Por isso era muito considerado por todos os conterrâneos. Diz o filho
Joaquim que, quando morreu, o padre lhe fez um elogio como poucas vezes se
tinha ouvido na terra.
Faleceu em março de 1984. Tinha 92 anos de idade.
(Pesquisa feita com a colaboração do filho
Joaquim Amoroso e da nora Fernanda Amoroso)
Maria Libânia Ferreira
Do livro: Os Combatentes de São Vicente da Beira na Grande Guerra
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