domingo, 5 de janeiro de 2025

Nova criação

 
Farto de comprar pintos e frangos cheios de vírus e bactérias (doenças), encomendei um casal de cocós à Gracinda do Vale de Figueiras. A fêmea era dela e o macho de uma vizinha. Vejam como são lindos! Em segundo plano, pois as primeiras são galinhas. A Gracinda informou-me que a cocó começaria a pôr no início da primavera, mas ela adiantou-se e na primeira semana de dezembro deu-me o primeiro ovo.

Em fevereiro, deverá chocar e nascerão pintos novos, de umas galinhas castanhas escuras muito boas que não se vêm na imagem. Darei notícia!

José Teodoro Prata

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

16.º aniversário: votos para 2025

Um ciclone, em 2019, destruiu 90% da cidade moçambicana da Beira e matou centenas de pessoas

Hoje o blogue Dos Enxidros completa 16 anos, cheio de dúvidas e incertezas, como é próprio desta idade. Nasceu no dia 1 de janeiro de 2009, data adequada para, tal como hoje, fazer votos para o ano que agora começa. Estes são os meus, necessariamente diferentes de cada um dos amigos deste blogue.

1.   Há cerca de 20 anos, acompanhei os meus alunos a uma visita de estudo à lixeira de Castelo Branco, organizada pelos professores de Ciências. No final, um dos técnicos que nos guiou apelou aos alunos para que separassem o lixo, pois quando esta lixeira estivesse cheia já não haveria dinheiro da União Europeia para fazer outra e seríamos nós todos a pagá-la, com impostos elevados.

Recordei este episódio porque li esta semana a notícia do aumento do preço da tonelada do lixo, pago pela Câmara Municipal, de 52 para 86 euros, perspetivando-se que o preço suba brevemente até aos 200 euros.

Não sei se os alunos que ouviram aquele apelo separam atualmente o lixo, mas sei que Portugal é um dos países europeus que menos lixo recicla (apenas 12%, há uns tempos). Neste caso, vigora o mesmo laxismo que se verifica na questão dos telemóveis nas escolas: cada um faz o que quer, sem olhar às consequências dos seus atos.

Em resumo, apelo a um maior civismo, para garantirmos uma vida agradável na Terra, sem o sofrimento causado pelas catástrofes naturais que serão cada vez mais frequentes e atingem sobretudo os mais pobres e os que estão à margem dos poderes.

2.   Mais produtos que dão vida e menos produtos que causam sofrimento e morte. O último passatempo dos políticos europeus é o aumento dos orçamentos para a defesa, tanto ou mais do que se gasta com a educação ou com a saúde das pessoas. A guerra tornou-se um negócio lucrativo, há que investir na produção de armas e munições. E há os outros negócios, de muitos e milhões e biliões, os tais que originaram e justificam a guerra entre a Nato e a Rússia, na Ucrânia, e a continuação do genocídio dos palestinianos na Palestina (que já dura desde o fim da I Guerra Mundial, há mais de 100 anos). Em 1918, os palestinianos eram 90% da população dos territórios que agora formam Israel e a Palestina; agora, quantos restam?; e em que parcela desses territórios eles estão seguros? Tudo com a bênção do Ocidente, Portugal concluído.

Para a Ucrânia, desejo que ucranianos e russos se harmonizem, eles que têm tão frágeis tradições democráticas e de respeito pelos direitos humanos. E que o Ocidente os deixe em paz e às suas riquezas.

Para Israel e Palestina, faço votos para que acabem os ódios de parte a parte e se ponha fim ao sistema de apartheid em Israel, para que israelitas, palestinianos e outros povos e religiões que lá existem vivam amistosamente. E novamente que o Ocidente os deixe em paz e às suas riquezas (o petróleo do Médio Oriente).


Gaza, 2024

José Teodoro Prata