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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Candeias


Este é o registo de casamento, no dia 9 de Julho de 1760, da vicentina Maria das Candeias, com Teodósio(Theodozio) Duarte, da Póvoa da Atalaia.
O apelido Candeias não o herdou dos pais (Mathias de Abreu e Rita Antunes), facto que legitima a história que os Candeias contam, segundo a qual uma menina nasceu (ou foi exposta, já não sei bem) no dia da Senhora das Candeias e por isso ficou com esse nome. Veremos, quando chegar ao registo de batismo.
Esta Candeias deu origem a uma geração que depois se multiplicou. Nas Invasões Francesas, havia um soldado filho de uma Candeias. Também Hipólito Raposo descende destes Candeias.
Ao contrário dos Candeias que defendem haver origens diferentes para os Candeias de São Vicente e Casal da Serra, tudo me leva a concluir que vêm todos do mesmo tronco, este que aqui apresento.

José Teodoro Prata

terça-feira, 13 de abril de 2010

Os Hipólito

Tive de voltar às investigações, pois as dúvidas nunca acabam (desta vez, dei por concluído o trabalho).
Os Hipólito estavam tão à mão de semear, que não resisti em anotá-los. Já dá para montar uma pequena genealogia, com cinco gerações que viveram entre as décadas de 1720/30 e as décadas de 1880/90:

1. Francisco Duarte Galecho estava casado com Maria Antunes, ambos naturais e residentes em S. Vicente da Beira. Terão casado em meados do século XVIII.

2. Hipólito de Jesus era filho dos anteriores e prestava serviço militar no Regimento de Cavalaria de Almeida. Estava casado com Brísida Maria da Trindade, natural de S. Miguel d´Acha. O casal teve uma filha (Ana), no dia 26 de Janeiro de 1788, e mais filhos, nos anos seguintes.

3. José Hipólito de Jesus era filho dos anteriores e casou, no dia 22 de Novembro de 1813, com Ana Joaquina de Oliveira, filha de José Pereira e de Brites Maria do Rosário, ambos de S. Vicente da Beira. Tiveram um filho, chamado José, no dia 17 de Março de 1814.

4. José Hipólito, filho dos anteriores, casou, no dia 16 de Novembro de 1840, com Ana Raposa, filha de Francisco Vaz Raposo e Maria Candeias.

5. António Hipólito de Jesus, outro filho do número 3, casou, no dia 8 de Fevereiro de 1854, com Maria Amália, filha de João Agostinho e de Maria Eufrásia.

6. Augusta Hipólito de Jesus, filha do número 4, casou, no dia 26 de Outubro de 1864, com Joaquim Cardoso, filho de Francisco Cardoso, natural de Castendo (bispado de Viseu), e de Ana Emília de S. Vicente da Beira.

7. João Hipólito Raposo, também filho do número 4, casou, no dia 16 de Outubro de 1872, com Maria Adelaide.

Arquivo Distrital de Castelo Branco, Registos Paroquiais de S. Vicente da Beira, Casamentos, Maço 96 (1803 a 1874).

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Curiosidades Genealógicas

A minha visita pascal à Torre do Tombo permite deixar-vos alguns dados genealógicos, cuja importância vai para além das meras curiosidades.

Os Barroso
Não tenho notícias deles antes de 1785. Nesse ano, a 5 de Outubro, nasceu o filho de Joze Barrozo e Anna Leitoa, ele do Salgueiro do Campo e ela de São Vicente da Beira, mas residentes na Vila. A criança foi batizada com o nome de Antonio.
Tinha esperança de poder dar uma boa notícia aos meus amigos Barroso, mas depois surgiu-me outro pai Barroso, originário de Castelo Branco.
E como não há duas sem três, nos anos seguintes vieram casar à Vila mais dois Barroso, estes do Casal da Serra.
Sem mais consultas, desconhecemos qual a origem genealógica dos Barroso de S. Vicente da Beira e se descendem todos do mesmo ramo.

Os Hipólito
Hipolito de Jesus era soldado no Regimento de Cavalaria de Almeida, regimento já referido na publicação “A fortaleza de Almeida”, de 5 de Março de 2010. Estava casado com Brizida Maria da Trindade, natural de São Miguel d´Acha. O casal tinha residência na Vila, terra natal de Hipolito de Jesus, filho de Francisco Duarte Gallecho e de Maria Antunes, ambos também naturais de S. Vicente da Beira.
Tiveram uma filha, chamada Anna, nascida em 26 de Janeiro de 1788. Nos anos seguintes, foram registados outros filhos do mesmo casal, o que significa que o soldado fazia deslocações anuais ao ninho doméstico, facilitadas pela sua categoria de cavaleiro.
Anos depois, a 17 de Março de 1814, nasceu o Joze, filho de Joze Hipolito e de Anna Joaquina. Os avós paternos eram os já referidos Hipolito de Jesus e Brizida Maria da Trindade.
De pai para filho, o nome próprio tornou-se apelido familiar (o processo é o mesmo do apelido do nosso primeiro rei: Afonso Henriques, porque filho de Henrique). Pode ser esta a origem da família Hipólito, em S. Vicente da Beira. A partir destes dados, impõem-se novas consultas. Mas é possível que as pessoas desta família possam recuar até este José Hipólito, apenas com base na tradição/sabedoria familiar.

Os Candeias
Candeias havia muitos, sobretudo mulheres.
Um dia, um Candeias do Casal da Serra explicou-me que a sua família tivera origem numa bebé enjeitada, abandonada no dia de Nossa Senhora das Candeias e por isso se lhe chamou Candeias.
Também encontrei mulheres de apelido Candeias.
Francisco Vas Rapozo estava casado com Maria Candeias. Tiveram uma filha, chamada Maria, no dia 4 de Novembro de 1820. Uma Catherina, no dia 18 de Fevereiro de 1823, outra Catherina, a 4 de Julho de 1829, e uma Joaquina, no dia 23 de Junho de 1831.
Os avós paternos eram João Vas Rapozo e Ignes Maria. Os maternos chamavam-se Manuel Marques e Anna Candeias dos Santos.
Esta Ana Candeias dos Santos era filha de Teodósio Duarte da Póvoa da Atalaia, e de Maria das Candeias de S. Vicente da Beira. Nasceu-lhes uma neta (desta filha Ana), chamada Inês, em 1786.
Mas isto são só umas pontas…

Os Jerónimo
Hironimo Duarte (do Casal da Fraga) estava casado com Maria Antonia (do Sobral do Campo). O casal teve um filho, chamado Joze, nascido a 11 de Março de 1796.
Os avós paternos do Joze eram Manoel Rodrigues Fraga (do Casal da Fraga) e Luiza Maria (do Casal dos Ramos).
Os avós maternos eram do Sobral do Campo e traziam arrendado o Casal do Pisco ao Conde de São Vicente. Chamavam-se Antonio Mendes dos Reis e Custodia da Cruz.
Será esta a origem do apelido Jerónimo(Hironimo), de que também não existe notícia anterior a esta data? É bem possível, pois sempre os conheci ligados à terra e aos gados, tal como o pai e o sogro de Hironimo Duarte.
Por outro lado, o processo de formação deste apelido familiar seria o mesmo que, possivelmente, deu origem à família Hipólito e, de certeza, originou a família Teodoro. Desta, darei notícias.

Fiz a consulta na Torre do Tombo, Lisboa, em: Registos Paroquiais de S. Vicente da Beira, Baptismos, Microfilme 144, Item 1 (1784-1801), Item 2 (1801-1822), Item 3 (1822-1841) e Item 4 (1841-1851).
A partir de 1851, os Registos de Baptismos estão no Arquivo Distrital de Castelo Branco, em Castelo Branco, situado no bairro do Castelo, em frente ao antigo edifício da Câmara Municipal.