CASAMENTOS, 1803
Paróquia de Nossa Senhora da Assunção
São Vicente da Beira
São Vicente da Beira
- Quando,
há uns meses, iniciei a recolha e publicação sistemática dos registos
paroquiais da nossa freguesia, tinha intenção de o fazer para batismos,
casamentos e óbitos, mas não me foi possível fazer o dos casamentos, porque os
ficheiros que me deram, os da Torre do Tombo, em Lisboa, não tinham os
casamentos após 1803.
Mas
agora o Arquivo Distrital de Castelo Branco colocou, online, os registos
paroquiais que tem: batismos, de 1851 a 1911, casamentos, de 1803 a 1911, e óbitos
de 1843 a 1911. É fácil consultar. Podem escrever o nome do arquivo ou fazê-lo
por esta hiperligação dessa página:
Assim, começo hoje a
publicar os registos dos casamentos, pelo ano de 1803.
- Este trabalho que
estou a realizar é também enviado para uma equipa de pessoas que está a fazer a
genealogia de toda a população do concelho de Castelo Branco. As partes da
Póvoa de Rio de Moinhos, Alcains e Salgueiro já estão online:
http://www.ghp.ics.uminho.pt/ povoariomoinhos.html
http://www.ghp.ics.uminho.pt/ alcains.html
http://www.ghp.ics.uminho.pt/ salgueiro.html
http://www.ghp.ics.uminho.pt/
http://www.ghp.ics.uminho.pt/
- O que se terá passado com o noivo do registo n.º 6?
Prometeu-se a uma e casou com outra!
- Tínhamos dois soldados no Regimento de Cavalaria de Almeida, um da Partida (n.º 6) e outro do Sobral (n.º 8). Era bom organizarmos uma visita a Almeida, para vermos onde os nossos antepassados cumpriram o serviço militar!
- O casamento mais importante do ano realizou-se na capela do Casal da Serra, que sabemos ser particular, dos irmãos João e José Duarte Ribeiro, o José já falecido, em maio deste ano de 1803, fundadores da Casa Grande do Casal da Serra (a casa a seguir à esquina antes da segunda fonte). A capela era devotada a São João Batista e fora construída nos anos 60 do século XVIII. Situava-se no seguinte local: nas traseiras da atual capela, a rua bifurca-se em duas e, subindo pela da esquerda, a capela situava-se no lugar da atual casa da primeira esquina, à esquerda. Depois serviu de Escola Primária.
- Com tão grande mortalidade de crianças e jovens, poucos chegavam à idade de casar (e vários noivos eram viúvos). Só 10 casamentos!
1
Noivos: Joaõ Nunes, viúvo de Caterina Nunes, do Sobral do
Campo, com Maria Leitoa, solteira, filha de Antonio Leitaõ e Maria Martins, dos
Pereiros
Data: 26/01/1803
Testemunhas: Padre Joze Barata e Joze Fernandes, de S.
Vicente da Beira
Pároco: Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves
2
Noivos: Domingos Rodrigues, viúvo de Inocencia Antunes, do
Louriçal do Campo, com Maria Francisca, viúva de Joze Rodrigues, da Paradanta
(Peradanta)
Data: 06/02/1803
Testemunhas: Padre Joze Barata e Joaquim Joze de Brito, de
S. Vicente da Beira
Pároco: Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves
3
Noivos: Manoel Alves, solteiro, filho de Joaõ Alves e Maria
Nunes, do Mourelo, com Jozefa Leitoa, solteira, filha de Teodoro Dias e Izabel
Leitoa, da Partida
Data: 25/05/1803
Testemunhas: Padre Joze Barata e Joze Caetano, de S. Vicente
da Beira
Pároco: Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves
4
Noivos: Domingos Esteves Manteigas, viúvo de Francisca de
Jesus, do Barbaído, com Jozefa Leitoa, solteira, filha de Joze Leitaõ e Mariana
Jorge, já defuntos, da Partida
Data: 28/06/1803
Testemunhas: Padres Joze Barata e Joaõ Ribeiro, de S.
Vicente da Beira
Pároco: Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves
5
Noivos: Joam Antonio, solteiro, de S. Vicente da Beira,
filho de Antonio Joze Carpinteiro, natural de Avô, bispado de Coimbra, e Tereza
Caetana Engeitada, com Maria Jacinta Clara, solteira, filha de Domingos Alves
Nogueira e Tereza Jacinta, de S. Vicente da Beira
Data: 20/07/1803
Testemunhas: Padres Joze Baratta e Joam Ribeiro, de S.
Vicente da Beira
Pároco: Vigário Francisco Marques Goulaõ
6
Noivos: Joze Dias, solteiro, da Partida, soldado de cavalo
da 1.ª Companhia do Regimento de Almeida, filho de Teodoro Dias e Izabel
Leitoa, também da Partida, com Jozefa Nunes, solteira, filha de Joam Alves e
Maria Nunes, do Mourelo
Data: 24/07/1803
Testemunhas: Padres Joze Baratta de Gouvea e Francisco
Duarte, de S. Vicente da Beira
Pároco: Vigário Francisco Marques Goulaõ
Observações: Joze Dias já contraíra esponsais com Maria
Antunes, da Partida, mas ficou livre, por sentença do Vigário Geral do Bispado
da Guarda, Izidoro Joze dos Santos
7
Noivos: Domingos Lopes Folgado, solteiro, de Escalos de
Cima, filho de Domingos Lopes Folgado e Maria Nunes Cantoa, também dos Escalos
de Cima, com Maria Martins, solteira, filha de Miguel Martins, das Rochas de
Cima, e Maria Martins, do Violeiro
Data: 10/08/1803
Testemunhas: Doutor Antonio Joze Ferreira de Carvalho e Joze
Antonio, de S. Vicente da Beira
Pároco: Vigário Francisco Marques Goulaõ
8
Noivos: Joaquim dos Reis, solteiro, dispensado(?) da 1.ª
Companhia da Cavalaria de Almeida, do Sobral do Campo, filho de Joze dos Reis e
Maria Duarte, também do Sobral do Campo, com Ilena Maria da Conceissam,
solteira, do Tripeiro (Terpeiro), filha de Salvador Gonsalves e Maria
Francisco, também do Tripeiro
Data: 17/08/1803
Testemunhas: Pe. Joze Baratta e Manoel Rodrigues
Castanheira, de S. Vicente da Beira
Pároco: Vigário Francisco Marques Goulaõ
9
Noivos: Fabiam Francisco Leitam Guedelha, viúvo, do Orvalho,
filho de Joze Antonio Leitam e Cecilia Francisca Guedelha, também do Orvalho,
com Dona Joana Humblina Simoins Delegada Ribeira, filha do Capitão Joaõ Duarte
Ribeiro e Dona Joana Delegada Simoins, assistentes em S. Vicente da Beira
Data: 26/11/1803
Testemunhas: Pe. Francisco Joze de Mesquita e Capitão Joaõ
Barata de Gouvea
Pároco: Vigário Francisco Marques Goulaõ
Observações: O casamento realizou-se na capela do Casal da
Serra
10
Noivos: Leonardo Vas, solteiro, filho de Rafael Vas e
Angelica Pires, do Souto da Casa, com Jacinta Rodrigues, solteira, filha de
Manoel Leitaõ e Maria Rodrigues, da Paradanta
Data: 04/12/1803
Testemunhas: Manoel Barata e Joze Fernandes,de S. Vicente da
Beira
Pároco: Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves
José Teodoro Prata
3 comentários:
Documento interessantíssimo!
Realmente é estranho ter havido apenas dez casamentos em 1803, quando o número anual de batismos, por essa altura, era bem maior!
Mas do que mais gostei, nesta publicação, foi do desafio a visitar Almeida. Nunca lá fui, mas está na lista das minhas próximas visitas. Em grupo, e com alguém entendido, será muito melhor! Eu vou! E, se não for possível ser antes, porque não por alturas da próxima Feira do Artesanato/ Medieval? Não será passeio pedestre, mas talvez seja possível arranjar algum patrocínio para o transporte.
Não é como com o desafio que lancei para uma sardinhada na Senhora da Orada. Nem o E. H. que me atentou o juízo, deu a cara. Depois veio com desculpas: que não viu, e mais isto e aquilo… Amigos destes!...
Também achei interessante a referência à Casa Grande. É também o título de um livro belíssimo que nos reaviva memórias de gentes, lugares, tradições e acontecimentos que fazem parte da nossa cultura e património. Recomendo, para os que gostam deste género de leitura.
E, já agora, outro desafio: o presidente da Associação Pequeno Lugar, na Partida, disponibilizou-se para uma visita guiada ao Centro Interpretativo das Mantas de trapos e da obra de António Salvado (alguns de nós tivemo-lo como professor…) e ao parque natural “Ribeirinha da Infância”. Nesta altura, tempo de férias e de festas, é difícil combinar alguma coisa, mas lá para o fim do mês ou princípio de Setembro, podíamos combinar uma visita. Acho que é bem mais interessante organizar uma visita para um grupo do que só para uma pessoa. Para despertar o apetite, espreitem só uma pescaria que por lá fizeram…
M. L. Ferreira
O meu patamar é tão alto, mas tão alto que não me permite responder a provocações de arrivistas citadinos!
E.H.
Mas a Libânia tem razão: ela sugeriu uma sardinhada e todos ficámos calados.
Eu talvez tivesse mais obrigações, mas a verdade é que não me sinto o responsável do blogue, embora na pratica o seja!
Vou tentar compensar esta minha falha, brevemente.
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