sábado, 24 de setembro de 2016

Melhoramentos, 1945





(Nesta foto, não estão todos os membros da comissão que reuniu com o Subsecretário de Estado das Obras Públicas. Apenas reconheço o Manuel da Silva, 1.º à esquerda, o João Prata, 3.º, e o Francisco Matias, 4.º, todos a contar da esquerda. Os da foto serão os que foram apresentar cumprimentos ao Diário de Notícias.)

Notas: 
1. A notícia refere-se a um projeto. Na realidade, a estrada nacional 352 nasce no Castelejo e termina nos Escalos de Baixo. Mas a estrada pedida pelos nossos antepassados foi construída: é a municipal que liga a estrada nacional 18 (no cruzamento da Soalheira, pelo Louriçal, São Vicente...) à estrada nacional que vai de Castelo Branco à Pampilhosa da Serra (na freguesia de Almaceda).
2. Em 1945, a atual estrada 325 já estava aberta até São Vicente. Terá sido nesta altura, talvez devido a estas diligências, que foi aberta a parte que dá a volta pela ponte do Casal da Fraga, dispensando a descida íngreme pelo Lagar "Farrancha".
3. Este recorte de jornal foi-me dado pelo Francisco Matias, filho do sr. Domingos Matias. Trouxe-lho um cliente do Porto.

José Teodoro Prata

2 comentários:

Anônimo disse...

Uma preciosidade, este documento, apesar da pouca nitidez da fotografia. Parece-me que o quarto é o senhor Francisco Matias, mas não tenho a certeza.
Encontrei há dias no Violeiro o senhor José Barata que, juntamente com o senhor José Candeias de quem diz que é amigo desde os tempos em que andaram juntos na resina, é um dos homens mais velhos da freguesia. Bom conversador, a propósito de estradas ou da falta delas, contou-me que quando era novo não havia nem caminhos para carros de bois. Para virem à Vila ou a outra terra qualquer tinham que vir a pé. Diz que um dia traziam um morto a enterrar, às costas, como era costume. Quando chegaram perto da Partida, a ribeira levava uma enchente tão grande que se deixaram cair e até o morto foi parar à água. Uma aflição!
Agora, apesar do projeto apresentado em 1945 não ter vingado, estamos bem servidos de estradas e caminhos que nos levam com alguma facilidade a toda a parte.

M. L. Ferreira

Anônimo disse...

Quando os mortos eram fortes, para não lhes chamar gordos, os vivos descobriram que podiam partilhar o fardo transportando-os numa escada
da azeitona.
No ano da gripe espanhola em que enterraram várias pessoas que afinal se veio a apurar mais tarde, que não estavam completamente mortos, apesar de todos estarem convencidos que sim, conta-se que certa vez em que traziam mais um na escada da azeitona para o cemitério da Vila, este se sentou e disse, tragam-me água nem que seja por um sapato. No inesperado da situação largaram a escada, e o homem caiu, mas felizmente não morreu nem da queda nem de sede, pese embora os sapatos serem raros na altura. A questão foi resolvida e a morte adiada.
FB