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segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Os primórdios

 

Recebi, na semana passada, a revista VISÃOHistória de outubro, totalmente dedicada a Portugal na Idade Média. Traz duas informações que nos interessam diretamente.
A primeira é este mapa que nos mostra ter sido a serra da Gardunha a fronteira entre o Condado Portucalense, uma "província" do reino de Leão, e o Al-Andalus muçulmano. Não sei, e o mapa não mostra, se a vertente sul da serra já pertencia aos cristãos do Norte ou se apenas foi integrada no grande impulso dado à Reconquista, no tempo de D. Afonso Henriques. Mas a antiga pertença de São Vicente à Covilhã quase nos permite atrever-nos com a hipótese da nossa pertença à Cristandade ainda antes de existir Portugal.
A revista traz também a informação de que já nessa época os reis raramente participavam em batalhas. D. Afonso Henriques tem o record, com 5 presenças, seguido do seu filho D. Sancho I com 4. Ora isto arruma de vez com a questão da presença ou não do nosso primeiro rei na batalha da Oles (mas não põe em causa a sua existência).

José Teodoro Prata

domingo, 21 de maio de 2017

Béjar

Na passada quinta-feira, fui de visita de estudo a Espanha. A manhã foi passada em Moraleja, num intercâmbio escolar, e depois rumámos a Salamanca. Logo a seguir a Plasencia, surgiu-me aquela que eu conhecia apenas dos registos paroquiais: Béjar. Ao contar a história da vinda dos antepassados do Robles Monteiro para a Covilhã, esqueci-me de fotografar, mas esta é a paisagem vista da autoestrada.



O percurso aqui marcado passa na fronteira de Marvão (Galegos), mas nós (SVB) atravessaríamos nas Termas de Monfortinho e dali diretos a Plasencia. É perto.
Béjar é uma cidade de montanha. Ainda havia neve, não tanta como na foto. A abundância de água e de gado ovino fizeram surgir uma forte indústria de lanifícios, daí a contratação do João António Robles (roble é carvalho, em castelhano) para vir ensinar os operários portugueses, no tempo do Marquês de Pombal.
O meu colega, professor de Espanhol, contou-me que ali se situa a praça de touros mais antiga de Espanha, ainda de planta retangular. A meia encosta, existe uma aldeia de montanha com uma arquitetura tradicional, muito bonita (vê-se da autoestrada). Anualmente, realiza-se em Béjar um importante festival de blues.


Este registo refere o batismo de Josefa, nascida a 28.10.1812, filha de Bernardo Ribeiro Robles, da Covilhã, e Antónia Raimunda Ribeira, de São Vicente da Beira, neta paterna de João António Robles e Belchior Gomes, naturais de Béjar, Espanha, e neta materna de José Custódio Ribeiro, de SVB, e Maria Hipólita Cassiana, de Zalamea, Espanha.
Acima referi que este Robles e a sua esposa eram os antepassados do Robles Monteiro. Mas sê-lo-ão também de pessoas ainda a viver em São Vicente.

José Teodoro Prata