domingo, 17 de janeiro de 2016

O Bodo


Bodo de São Sebastião ou de São Vicente? Paposseco e/ou filhós e tremoços?
Para proteger das tempestades (paposseco), dos gafanhotos ou das pestes (filhós)?
O palestrante, Florentino Beirão, enquadrou o nosso bodo nos bodos desta região, havendo-os do ciclo do Natal, como o nosso, da Páscoa e das colheitas do estio, como em Alcains.
O ponto de partida foi "A Festa das Papas de Alcains", um livro do Florentino, editado há alguns anos.
A palestra foi organizada pelo Movimento Monárquico Português, com a colaboração da nossa Junta.

Havia quase ninguém, por muitas razões, sendo a minha culpa o não ter publicitado aqui o evento. Mas recebi o convite há já algumas semanas e, embora tenha programado a minha presença, esqueci-me de o anunciar aqui. É imperdoável, mas não há nada a fazer, a cabeça não deu para mais.
Valha-nos o próximo domingo, pois a comissão da festa do São Sebastião promete festa rija!

José Teodoro Prata

Um comentário:

Anônimo disse...

Conheço o Professor Florentino Beirão, apenas do "Reconquista", de que sou assinante. E onde ele é cronista regular, julgo que, quinzenalmente, disputando o espaço com outros cronistas. Calculo que seja natural de Alcains, porque já vi, pelo menos, 2 volumes da sua autoria, sobre a História de Alcains.
É um homem sabedor do passado e atento ao presente.
Acho que é muito importante a preservação e a descoberta da história destas terras do interior, que tão pouco tem progredido nestes séculos. Devido ao baixo nível de rendimento econónimo e de instrução das nossas gentes. Pois, creio que isto está tudo ligado!
Já várias vezes ouvi dizer que, até perto do início do séc. XX, cerca 90% das pessoas, sobretudo no interior, nasciam e morriam, sem nunca terem saído da sua aldeia. Como dizia a minha Mãe: "É qualquer coisa!"
Mas o reverso do progesso, como em quase tudo, é como a face escura da lua. Evoluímos muito, mas veio a desertificação e, com ela, a perda de muitas das mundividências comunitárias. É preciso alguém que as fixe para a posteridade. Enquanto é tempo!

Abraços.
ZB