Celebram-se a 20 e 22 de Janeiro, mas já há muito tempo que
a festa se faz no mesmo dia.
Foi este fim de semana.
Foi este fim de semana.
No sábado à noite, realizou-se a missa na capela de São Sebastião
e depois a procissão com a imagem do Mártir até à Igreja Matriz.
Domingo, foi rezada a missa perante as imagens dos dois
santos.
Após a missa, foram veneradas as relíquias de São Vicente e
distribuídos papossecos benzidos.
Seguiu-se depois a procissão desde a Igreja Matriz até à
capela de São Sebastião…
… onde foram benzidas as filhós que, desde há alguns anos, é
hábito distribuir por todas as pessoas.
Este ano, os festejos foram assumidos pela comissão das
Festas de Verão e foram abrilhantados,
como sempre, pela nossa Banda…
… e pelo nosso Rancho.
Nota: Sobre S.
Sebastião, S. Vicente e o bodo há no blogue várias publicações, nomeadamente em
Fevereiro de 2009, 2012 e Janeiro de 2013 que podemos sempre revisitar.
Falei com várias
pessoas para tentar perceber qual era o entendimento que tinham sobre o bodo. A
maior parte referiu as bênçãos divinas, como proteção na saúde e defender da
fome. Creio que será também esse o resultado das pesquisas do Florentino
Vicente Beirão, porque quase todos os bodos que conheço estão relacionados com
agradecimentos contra pestes ou pragas (saúde e sustento, condições básicas de
vida).
Parece que o hábito de
distribuir filhós no bodo de S. Sebastião é relativamente recente. Antigamente
era costume dar tremoços e vinho, mas só aos homens.
Também me falaram, e
depois vi referido numa exposição do GEGA, que antigamente, no dia de S.
Vicente, se fazia uma grande feira na Vila. Era a Feira de Janeiro, onde,
parece, se vendiam essencialmente produtos agrícolas e gado. Muita gente ainda
se lembra disso.
M. L. Ferreira
Um comentário:
As velhas festas voltaram! Mas na vila sempre houve o inconveniente de ter que se celebrar o S. Vicente e o S. Sebastião que, oficialmente, são festejados pela Igreja, respetivamente, a 22 e 20 de Janeiro. Digo inconveniente, porque se fosse só uma, certamente que seria mais forte. Mas a verdade é que ambas estão muito marcadas na comunidade. Na de S. Sebastião, comprávamos uma fita azul, vermelha, verde, etc, na loja do Chico Tavares ou do Manuel da Silva. Depois, íamos tocar com ela, esticando-a verticalmente, na imagem do santo e só depois é que a púnhamos atada a tiracolo. Servia para nos livrar das bexigas, especialmente das "negras" (varíola). Quanto ao S. Vicente, para além de uma pequena festa religiosa, havia a grande Feira de Janeiro. Julgo que a Feira era mesmo no dia 22 que, afinal, temporalmente, pouco difere do terceiro sábado do mês (dia do mercado que, obviamente, nesse mês, não se fazia, sendo substituído pela Feira).
Abraços.
ZB
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