domingo, 7 de novembro de 2021

Viagens de antigamente - vistos e passaportes

 Com as facilidades que o Acordo de Schengen permitiu à circulação de pessoas e bens em quase todo o espaço europeu, muitos já quase não nos lembramos da aventura que era atravessar a fronteira, mesmo que apenas para ir comprar caramelos a Espanha ou visitar a família em França. Se quiséssemos ir um pouco mais longe, as andanças pelo Registo Civil, embaixadas e consulados eram uma canseira, e os controlos nas fronteiras, sempre que caíamos na tentação de exagerar nos “lembranças” para a família e amigos, punham-nos o coração aos saltos. Estas situações tiravam-nos, no momento, parte do prazer da viagem; mas a verdade é que, passado o susto, tornavam-se quase sempre motivo de gargalhada e passavam a fazer parte do livro das nossas melhores memórias de viagem.

Mas, pelos vistos, algumas das dificuldades que muitos ainda tivemos para sair do País, foram quase insignificantes comparadas com os trabalhos por que passavam os nossos conterrâneos (compatriotas) que, até há pouco mais de cem anos, tinham que viajar para além dos limites do concelho.   

A Torre do Tombo disponibilizou há tempos alguns livros de registo dos passaportes e vistos de alguns dos anos dos séculos XVIII e XIX. Mesmo com a dificuldade em decifrar a caligrafia do escrivão que os redigiu, é um desafio empolgante passearmo-nos por lá. Através deles ficamos a conhecer um pouco mais de alguns aspetos da vida do País, principalmente das gentes da nossa terra. Deixo um resumo do que consegui perceber:

1 – Qualquer pessoa que pretendesse viajar para fora da sua comarca tinha que ter um passaporte cujo modelo seria idêntico a este, da comarca de Tavira:

2 - Todos os passaportes ficavam registados em livro próprio. Quem fazia estes registos no ano de 1768 e seguintes era Cláudio António Simões, filho de Manuel Lopes (seria escrivão do Concelho?); os livros destes registos eram rubricados pelo Juiz de Fora, que naquela altura era Francisco de Avis Pereira Rosa de Ferraria(?), substituído, anos mais tarde, pelo administrador do Concelho, Bonifácio José de Brito Coelho de Faria. 

3 - A autoridade responsável por atribuir o documento era o Juiz de Fora;

4 - No documento constava a identificação do requerente, o estado civil, a naturalidade, a idade, a profissão, a residência, e várias características particulares como a altura, a cor dos olhos, do cabelo, nariz, barba, e sinais particulares (muitos destes sinais eram cicatrizes e vestígios de bexigas).

5 - Constar também o lugar de destino da viagem, o itinerário, a duração e referir quem acompanhava a pessoa, se fosse o caso;

6 - Era obrigatório haver alguém que “abonasse” a viagem (uma espécie de fiador);

7 - Por cada localidade onde passasse (parasse, pernoitasse?), a autoridade local tinha que visar o passaporte, confirmando e registando os dados que nele constavam;

8 - Caso o viajante não apresentasse passaporte era-lhe aplicada uma multa que seria elevada, para aquele tempo (cerca de mil e duzentos réis em maio de 1825). O responsável pelo recebimento destas multas era, na altura, o escrivão Bernardo António Robles.

9 - As autoridades civis e militares de cada localidade estavam obrigadas a dar a proteção e auxílio que o viajante necessitasse (serão desse tempo as Casas da Malta?).

 

“Nacionais” de SVB que requereram passaporte

Entre os anos de 1767 e 1800 cerca de 270 pessoas do nosso concelho pediram passaporte para se ausentarem da comarca. Os números não são homogéneos - existem anos em que são relativamente elevados: 1768 – 26, 1769 – 38, 1770 – 34, 1771 – 24, 1779 – 20), e outros em que são bastante baixos (1772 – 7, 1777 – 8, 11778 – 3, 1781 - 7, 1782 – 7, 1783 - 7, 1784 – 5, 1785 – 3, 1786 – 4, 1787 – 4. É possível que existam circunstâncias que expliquem esta discrepância (epidemias, más colheitas, instabilidade social ou política), mas não são claras.

Os motivos e destinos das viagens eram muito variados, mas a maior parte era por razões de trabalho. Fica um resumo que tentei que fosse representativo da informação disponível e fizesse o retrato da vida social e económica de SVB naquele tempo:

             

DATA

 

 

NOME

 

DESTINO

 

MOTIVO

 

DURAÇÃO

 

04/01/1768

 

 

Sebastião Luís

 

Lisboa

 

Fazer negócios

 

1 m

 

20/02/1769

 

José António

 

 

Vários pontos do reino

 

Trabalho de caldeireiro

 

6 m

 

25/02/1669

 

José António Coxo e António Rodrigues

 

Lisboa

 

Vender Castanhas

 

2 m

 

24/03/1769

 

Francisco António Simões

 

Coimbra

 

Matricular-se (na faculdade ?)

 

15 d

 

27/03/1769

 

José Lourenço

 

 

Sertã

 

Trabalho de almocreve

 

1 m

 

21/04/1769

 

João Dom. Araújo

 

 

Castelo de Vide

 

Comprar cal

 

1 m

 

02/06/1769

 

Manuel Mendes e Remualdo de Proença

 

Alentejo

 

Ir às ceifas

 

2 m

 

05/01/1770

 

António José da Costa

 

 

Lisboa

 

Visitar a mãe

 

1 m

 

17/04/1771

 

José Leitão

 

Porto

Tratar de assuntos de seu amo, Francisco Caldeira

 

1 m

 

05/03/1773

 

Domingos Marques (ganhão)

 

Lisboa

 

Fazer negócios à corte

 

2 m

 

24/01/1775

 

José Vaz

Abrantes e Punhete (atual Constância)

Comprar bacalhau para as religiosas do convento

 

25 d

 

24/03/1775

 

Manuel Mendes

 

Marvão

 

Cobrar rendas das religiosas do convento

 

19 d


 

27/01/1779

 

Serafim Esteves

 

(?), bispado de Lamego

Regresso à terra (trabalhara como mestre no lagar do Ramalhoso)

 

 

02/06/1779

 

José Luís de (?)

 

 

Penacova

 

Comprar cera

 

1 m

 

28/07/1780

 

José Cruz

 

 

Comarca da Guarda

 

Pedir esmola

 

6 m

 

06/04/1788

 

Manuel Lourenço (?)

 

Roma

Pedir dispensa papal para casar com uma prima

 

6 m

 

09/07/1790

 

P. José António Fernandes

 

Santiago da Galiza (Compostela)

 

Não consta

 

2 m

 

01/04/1791

 

Manuel Joaquim Ribeiro

 

Brasil

 

Tratar da herança de seu tio

 

1 ano

 

08/06/1792

 

João Patrício Leitão (barbeiro)

 

Lisboa

Praticar (o ofício de sangrador?) no Hospital Real

 

6 m

 

20/07/1798

 

Joaquim Milagre

 

Porto

Levar o cavalo do Juiz de Fora que ficara cativo

 

1 m

 

05/08/1798

 

Luís Machado

 

Almeida

Tratar da licença do filho, soldado no R. Cavalaria de Almeida

 

1m

 

27/08/1798

 

Manuel do Espírito Santo

 

Olivença

 

Visitar seu filho, soldado naquela Praça

 

1 m

 

02/09/1799

 

(?) Fernandes

Castelo Mendo, Guarda, e Santo Estêvão?

 

Cobrar as rendas de D. Benedita, sua ama

 

1 m

 

10/04/1800

 

Paulino Mendes

 

Campo Maior

 

Procurar um irmão que diziam ter morrido

 

1 m

A amostra é pequena e pode não dar uma ideia clara quanto aos objetivos das viagens, mas no documento original percebe-se que a maior parte das pessoas viajavam em negócios, à procura de trabalho (principalmente para o Alentejo no tempo das ceifas), para acompanhar os patrões, ir a feiras comprar matérias primas (solas, panos ou cera) ou animais, por motivos relacionados com o serviço militar, para pedir esmola, visitar familiares ou regressar à terra de origem depois de terem trabalhado em várias atividades em SVB. Uma nota curiosa: as religiosas do convento enviavam, quase mensalmente, um criado a Marvão cobrar as rendas que lhes eram devidas. Há também várias referências a negociantes que iam a Lisboa vender castanha e azeite. Nessa altura a viagem até à capital demorava dois meses (ida e volta).

Quanto aos destinos mais frequentes, nota-se uma procura bastante elevada de várias localidades do Alentejo, mas também de Lisboa, de Coimbra, do Porto e várias outras terras entre o Douro e o Tejo. Interessante a viagem de Manuel Lourenço a Roma a requerer a dispensa papal para casar com uma prima, ou a de Manuel Joaquim Ribeiro, ao Brasil, para tratar da herança de um seu tio, que era padre, autorizadas por seis meses e um ano, respetivamente.

Viajantes “estrangeiros” (de fora do concelho)

Sobre os viajantes de outras partes do Reino que se deslocavam a São Vicente ou por cá passavam com rumo a outras localidades, sabe-se que eram obrigados a apresentar o passaporte emitido pela autoridade da sua comarca, devidamente visado nas localidades por onde já tinham passado. Os dados constantes do passaporte eram anotados em livro rubricado por uma autoridade local, igualmente o Juiz de Fora ou o Administrador do Concelho.


Os registos disponíveis mostram que durante o ano passavam por São Vicente algumas dezenas de pessoas vindas de vários pontos do reino (1825 – 56, 1826 – 66, 1841 – 51, 1842 – 48, 1843 – 54, 1844 – 64, 1845 – 54), embora nem todos tivessem a Vila como destino. Eram sobretudo almocreves, negociantes, feirantes, criados de servir, tendeiros, artesãos (caldeireiros, peneireiros, cereireiros) e mendigos; mas também há referência a ourives, capadores, quinquilheiros e religiosos (um registo de agosto de 1853 diz que o padre José Bernardo Ribeiro, de Almaceda, foi “a banhos da Figueira”).

Um facto relevante nestes registos, é que os viajantes eram todos homens, sendo que as mulheres apareciam apenas como acompanhantes, ou, muito raramente, no caso de serem viúvas, podiam requerer passaporte e viajar acompanhadas por algum familiar mais velho ou pelos filhos. Não admira que fosse assim nesse tempo; o pior foi a situação ter-se prolongado por tantos anos.

Este modo de viajar, que se manteve até há pouco mais de um século, não seria muito diferente do que acontecia na Idade Média ou até antes. Entretanto as mudanças foram enormes. Já quase com os nossos avós, o aparecimento do comboio, seguido do automóvel e do avião, e a abertura de estradas e autoestradas em qualquer bocado de terra tornou o mundo mais pequeno; uma viagem que demorava muitos dias a concluir faz-se agora em poucas horas e a vida das pessoas ficou mais fácil - para o bem e para o mal. Daqui por uns anos se verá em que proporção…

M. L. Ferreira

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Reboleiros

O castanheiro que deu estas castanhas é muito jovem, mas já tem uma longa história.

Plantei-o enxertado, mas secou, numa das muitas ondas de calor do verão que me foram secando todos os castanheiros que comprei enxertados.

Mas depois rebentou na parte do porta-enxerto, isto é, no bravo. No passado, estes castanheiros eram chamados reboleiros, talvez por darem castanhas reboludas.

Entretanto, veio o fogo, já recuperou e deu este ano uma boa mão-cheia de castanhas. Deixam uma sensação de farinha na boca, mas são bem boas!


A Libânia e o Zé Barroso falavam há dias em ir aos míscaros. Ainda não os encontrei, nem tortulhos, mas já há destes vermelhos, no meio dos matos, em zona ardida em 2017.

Eu só comi míscaros, tortulhos e daqueles grandes castanhos. Mas há conhecedores que comem uma grande quantidade deles. Este será venenoso...

José Teodoro Prata

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Os Sanvincentinos na Grande Guerra

 Jaime Duarte da Fonseca Fabião

Jaime Duarte da Fonseca Fabião nasceu em São Vicente da Beira, no dia 13 de outubro de 1882. Era filho de António Duarte da Fonseca Fabião, proprietário, natural da Barroca do Zêzere, e de Maria Amália da Cunha Pignatelli, natural do Tortosendo. O casal residia em São Vicente da Beira, na rua da Fonte (atual rua da Costa ou rua de São Francisco?).

Alistado como voluntário no Regimento de Cavalaria n.º 8 do Príncipe Real, em Lisboa, foi incorporado em 11 de outubro de 1902. Concluiu o curso de Infantaria da Escola do Exército, em 11 de outubro de 1908, e foi promovido a Alferes, por despacho de 15/11/1909. Subiu depois ao posto de Aspirante a Oficial do Regimento de Infantaria n.º 23, em Coimbra.

Passou ao Regimento de Infantaria 21, em 26 de fevereiro de 1910, e novamente ao Regimento de Infantaria 23, em 4 de junho. Em julho de 1912, foi colocado no Grupo de Metralhadoras n.º 7. Fez parte da escola de recrutas, entre 1912 e 1913.

Promovido a Tenente, em 1 dezembro de 1913, passou ao Estado-Maior de Infantaria, por ordem de 2 junho 1915, e colocado no Regimento de Infantaria 22, Portalegre, por ordem de 30 outubro do mesmo ano. Foi nomeado diretor das aulas regimentais, em 18 de janeiro de 1916.

Foi mobilizado para fazer parte do CEP e embarcou para França a 20 janeiro de 1917, integrando a 1.ª Divisão, 1.ª Brigada, do Regimento de Infantaria 22, com o posto de Tenente de Infantaria.



No seu boletim individual do CEP e Folha de Matrícula encontram-se as seguintes informações:

a)   Punido em 10 de abril de 1917, pelo Comandante do 2.º Batalhão de Infantaria, com dois dias de prisão disciplinar, por fazer uma reclamação infundada;

b)   Transferido para o Batalhão de Infantaria n.º 7, em 12 de abril de 1917;

c)    Promovido a Capitão, por despacho de 29 de setembro de 1917;

d)   Passou a comandar o Batalhão de Infantaria n.º 7, em 8 de janeiro de 1918;

e)   Punido em 16 de maio de 1918, com cinco dias de prisão correcional, por não ter reprimido prontamente atos de indisciplina das praças da sua companhia que evitavam seguir para as linhas;

f)     Colocado à frente do DD1 (Depósito Disciplinar 1), em dezembro de 1918;

g)   Deixou de comandar o DD1, em 17 de fevereiro de 1919, e foi desmobilizado nesse mesmo dia. Regressou a Portugal, por via terrestre, no dia 22 desse mês.

Em de 30 de junho, foi nomeado diretor da carreira de tiro de Castelo Branco, ficando encarregado da instrução preparatória, na 1.ª Área da 7.ª Divisão do Exército.

Foi colocado no Batalhão de Caçadores n.º 11, por Ordem de 23/10/1926, mas passou ao Batalhão de Caçadores n.º 6, em 1 de julho. Por Ordem de 17/05/ 1928, foi colocado no Quadro da Arma de Infantaria e, em março de 1930, passou novamente ao Batalhão de Caçadores n.º 6. Foi promovido a Major do mesmo batalhão, em maio de 1935.

Em 31 de maio de 1938, passou à situação de reserva e ficou desligado do serviço a partir de 13/10/1952, transitando para a situação de reforma, por limite de idade.

Louvores e condecorações:

·        Louvado pela excecional dedicação com que ministrou o ensino aos recrutas do contingente de 1910;

·        Louvado pelas excelentes qualidades de comando e dedicação pelo serviço que demonstrou no desempenho do cargo no Comandante do D. D. 1, «...sabendo pelo seu critério e energia impor-se aos seus subordinados, para que por uma forma rápida e acertada fossem executados todos os trabalhos indicados pelos comandos britânicos a que o Depósito esteve adstrito no referido período que antecedeu o armistício, merecendo elogiosas referências do comando do 1º Exército Britânico e conseguido manter a disciplina entre as numerosas praças que pelo seu péssimo (?) comportamento se acham incorporadas naqueles Depósitos.» (transcrito da folha de matrícula);

·        Medalha militar de cobre da classe de comportamento exemplar;

·        Medalha “Military Cross”.

Antes de ser mobilizado para a Grande Guerra, Jaime da Fonseca Fabião já tinha casado com Maria da Cunha Pignatelli, no dia 18 de junho de 1910. Tiveram 6 filhos:

1.    Rui Pignatelli Fabião (abril de 1911), que também foi militar e casou com Ana Matilde Carreteiro;

2.    Artur Pignatelli Fabião (junho de 1914), que terá falecido ainda jovem;

3.    Jaime José Pignatelli Fabião (janeiro de 1917), que casou com Maria Fernanda Soares de Albuquerque e Castro Tavares;

4.    António Pignatelli Fabião (abril de 1920), que casou com Maria Fernanda Fabião de Carvalho em 1953;

5.    Maria do Céu da Cunha Fabião (fevereiro de 1925), que viveu em S. Vicente até finais do século passado e faleceu sem deixar descendência;

6.    Joaquim Pignatelli Fabião (Agosto de 1927), que casou com Eugénia Pereira da Piedade Ganchas.

Depois de ter passado à situação de reforma, em Outubro de 1952, Jaime da Fonseca Fabião veio residir para São Vicente da Beira, dedicando-se à administração das muitas propriedades agrícolas e florestais que a família possuía. 

Faleceu passados poucos anos, em 27 de outubro de 1957, vítima da gripe asiática. Tinha acabado de completar 75 anos de idade.

Maria Libânia Ferreira

Publicado no livro "Os Combatentes de São Vicente da Beira na Grande Guerra"

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Os primórdios

 

Recebi, na semana passada, a revista VISÃOHistória de outubro, totalmente dedicada a Portugal na Idade Média. Traz duas informações que nos interessam diretamente.
A primeira é este mapa que nos mostra ter sido a serra da Gardunha a fronteira entre o Condado Portucalense, uma "província" do reino de Leão, e o Al-Andalus muçulmano. Não sei, e o mapa não mostra, se a vertente sul da serra já pertencia aos cristãos do Norte ou se apenas foi integrada no grande impulso dado à Reconquista, no tempo de D. Afonso Henriques. Mas a antiga pertença de São Vicente à Covilhã quase nos permite atrever-nos com a hipótese da nossa pertença à Cristandade ainda antes de existir Portugal.
A revista traz também a informação de que já nessa época os reis raramente participavam em batalhas. D. Afonso Henriques tem o record, com 5 presenças, seguido do seu filho D. Sancho I com 4. Ora isto arruma de vez com a questão da presença ou não do nosso primeiro rei na batalha da Oles (mas não põe em causa a sua existência).

José Teodoro Prata

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Naquele tempo...

Daquele tempo lembramo-nos nós, os mais velhos. Foi o tempo da nossa infância. Depois tudo mudou, tanto que até as crianças acabaram nas terras abaixo referidas.

O texto que se segue é um trecho de um artigo publicado no jornal Gazeta do Interior da semana passada (13 de outubro). A sua autora chama-se Cesaltina Gilo, professora aposentada com ligações familiares a Monsanto, que ainda conheci na Escola Secundária Nuno Álvares. Antes de se licenciar em História, foi professora do Ensino Primário e esta história autobiográfica conta a sua experiência na primeira colocação que teve depois de concluir o Magistério Primário, precisamente nas Rochas de Cima.


José Teodoro Prata