O
inverno está à porta, não tarda muito entra pelas nossas casas dentro. É a
estação do recolhimento, do Natal.
Advento,
quer dizer chegada, é o tempo que precede o nascimento do Menino, são quatro
semanas de celebração e preparação até à noite da vigília, do nascimento, que
se comemora com a missa do galo.
Não
recordamos somente a vinda de Jesus ao mundo terreno, mas celebramos também o
dia da família por excelência. É um tempo de paz e de amor entre todas as
criaturas de boa vontade.
-
Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade (Lucas 2.12).
Naquele
tempo, Maria, esposa de José, deu à luz um Menino que marcou toda a humanidade,
para os cristãos é uma festa importante por várias razões.
-
Menino Deus que quis ser como nós, tinha trinta e três anos quando morreu num
madeiro para nos redimir depois de andar por ai espalhando a Palavra da paz, do
amor. Quando rezardes; rezai assim:
-
Pai-nosso que estais nos céus…
Foi
a única oração que Ele nos ensinou.
Para
os nossos irmãos que não seguem Jesus é também para eles uma época festiva, mais
não seja pela reunião de todos os membros da família, troca de prendas, e a
mensagem de Paz e Amor que não pode deixar ninguém indiferente.
O
mundo está precisando de Paz como o corpo necessita de comida.
Tanta
miséria humana; fomes, crianças esgravatando no lixo tirando ao lixo os restos
deitados para o lixo, não podemos ficar indiferentes.
Milhões
de pessoas passam fome, sofrem doenças, vivem em casebres, vagueiam por aí
fugidos da guerra que assola tantas partes da Terra.
Temos
obrigação moral de ajudar quem abandona as suas casas e procura refúgio na
Europa
São
pessoas como nós. A fraternidade não pode ser uma palavra vã.
O
Natal, é quando o Homem quiser, frase mais que batida; ponha-se em prática esta
frase para que os deserdados da vida possam ter todos os dias algo com que
mitiguem o estômago mas sem a caridadezinha que grassa por ai nestes dias.
Tempo
de luzes, de alegria, que os grandes deste mundo aproveitam e transformam numa
época consumista. As pessoas esfalfam-se por essas “catedrais” do consumo ver e
comprar uma bugiganga que na noite santa do nascimento do Menino alguém vestido
com um ridículo fato vermelho, disfarçado com umas longas barbas brancas, surge
com um saco às costas e distribui embrulhos aos familiares.
As
crianças olham embasbacadas: foi o pai natal…
O
Menino não quis nascer na sua terra, não quis nascer na casa dos pais, escolheu
um curral onde se recolhiam os animais.
Não
foram somente os pobres pastores que correram ver o Menino trazendo-Lhe oferendas,
vieram também poderosos; os magos ofereceram incenso, mirra e ouro. Epifania;
gentios que O quiseram adorar e agraciar.
Quem
não gosta de ver um presépio, sobretudo as crianças?
Que
bom é ver reunida toda a família à volta da mesa na noite da consoada, enquanto
existem tantas pessoas, tantas crianças por esse mundo sem terem uma côdea que
lhes mitigue a fome.
São
Francisco de Assis deixou-nos a tradição do presépio. Casas, igrejas, praças,
largos; mais ou menos elaborado, eis o presépio.
Uma
santo Natal!
J.M.S