Amanhã, dia 1 de dezembro, o núcleo vicentino da AHP vai comemorar a Restauração da Independência de Portugal, partir das 15.30 horas, com atividades dos Escoteiros e dos alunos da Escola, apoiadas pela Junta de Freguesia.
João Benevides Prata
PORTUGAL
Ó Portugal, Portugal
Meu berço, meu lar Natal
Ó Portugal, Portugal
Terra dos meus progenitores
Ó Portugal, Portugal
Terra de sol, mar e sal
Ó Portugal, Portugal
Terra madrasta, mas não faz mal
Portugal…
Não tens culpa, nasceste assim
Mas Portugal para mim
Não és mau ou ruim
És a minha Terra, o meu berço
Terra onde se reza o terço
Terra de Santa Maria
Com ermidas caiadas de branco
No alto dos morros penhascosos
Mas que são verdejantes e formosos
Terra de romarias
Onde se canta tanta cantoria
Cântico tão nosso, popular
Bombos, pífaros, pandeiros
É Portugal nosso lar
Estevas, pedras, giestais
Morros, charnecas, sei lá que mais
É o meu solar, Portugal
Ai de quem te faça mal
Meu Portugal, meu berço
Terra da Senhora do Terço
Esteja onde estiver
No mar, no ar, ou noutro local
A minha Terra é Portugal
Terra monumental
Foste lusitana e romana
Árabe e castelhana
Mas tinhas que ser Portugal
Não és rico, mas não faz mal
Tua riqueza está nas nossas mãos
No teu povo forte e valente
Ai de quem se mete com a gente
Leva com a pá…
E mete-se no fogo ardente
És Portugal modesto, mas rijo
Unido, és vencedor
Unido, és criador
Unido, és valente
És rijo como o granito
Moreno e trigueiro
No mundo foste o primeiro
A conhecer o estrangeiro
Sulcaste o mar navegando
Novas terras conquistando
Com outros povos te foste relacionando
E com eles te mesclando
E tua língua ensinando
Por lá ficaste morando
À sombra de Portugal
Novas terras desbravando
Outros frutos e sementes cultivando
Com outras religiões te foste misturando
Novas culturas e saberes foste adquirindo
Mas no fundo do teu coração
Portugal que um dia deixaste
Sempre foi por ti lembrado
E de vez em quando uma lágrima furtiva
Escorre-te cara abaixo, é a recordação
Das filhoses, das festas e folguedos
Da tua terra Natal
Do teu lar, do teu Portugal.
E a lágrima furtiva, salgada
São as saudades
Da água fresquinha da fonte
Do sino a tocar as trindades
Das ovelhas que passam
Balindo e chocalhando
Dos velhinhos que na praça estão descansando
E das mães que na igreja estão orando
Por todos aqueles que partiram
Para longes terras tratar da vidinha
São tantas as saudades
Dos que deixaram a casinha
Hoje cai uma telha, amanhã outra
No outro dia é a porta que se abre
Depois é um caibro que apodrece
De seguida outro e outro
E a água entra na sonave
A pouco e pouco a madeira amolece
E um dia o que outrora foi um lindo lar
Está transformado num montão de ruínas
Os donos partiram para o outro lado do mar
E à noite nas esquinas
Vejo fantasmas a passar
Dos que partiram para o outro lado do mar
E as casas cheias de vida outrora
Poderão ser um dia ou não
Locais de peregrinação
Até que algum cidadão
Tenha dó daquele montão de escombros
E resolva deitar-lhe a mão
Fazendo uma nova reconstrução
E os que partiram para o outro lado do mar
Só ficam com a recordação
Mas a saudade da sua Terra Natal
É e sempre será PORTUGAL.
Zé da Villa