Joaquina Mendes, do Casal da Serra, teve, nos anos trinta, um eczema, numa mão, sempre em ferida, por alguns meses. Os médicos não a curaram. Pegou-se com a Senhora da Orada. Foi à porta da capela, ajoelhou-se e pediu à Senhora que lhe curasse a mão. Fez uma novena de graças à Senhora. Durante nove dias, à porta da capela, rezou nove Glórias, nove Padre-nossos, nove Ave-marias e nove Santa-Marias, lavando a mão nas "águas santas" da fonte, indo a pé do Casal da Serra.
Ao fim de nove dias o eczema estava sarado. Esperou mais meia-dúzia de dias e, como o eczema não "rebentasse", fez outra novena, de agradecimento à Senhora, indo, a pé, rezar à porta da capela, de joelhos. Em casa tem sempre água da fonte da Senhora da Orada para qualquer necessidade que surja.
Informador: Joaquina Mendes (Casal da Serra)
Estudo: Águas e Curas Milagrosas na Serra da Gardunha - A Fonte da Senhora da Orada
Autor: Albano Mendes de Matos (natural do Casal da Serra)
Publicação: Medicina da Beira Interior da Pré-História ao Século XX - Cadernos de Cultura, N.º 13, Novembro de 1999
José Teodoro Prata
Enxidros era a antiga designação do espaço baldio da encosta da Gardunha acima da vila de São Vicente da Beira. A viver aqui ou lá longe, todos continuamos presos a este chão pelo cordão umbilical. Dos Enxidros é um espaço de divulgação das coisas da nossa freguesia. Visitem-nos e enviem a vossa colaboração para teodoroprata@gmail.com
sexta-feira, 17 de maio de 2013
quinta-feira, 16 de maio de 2013
A fonte da Senhora da Orada 5
Uma mulher do campo, chamada Joana, estava despedida dos médicos, por causa de uma grave doença, corriam os anos trinta deste século [XX].
O seu homem, que era pastor, ouviu falar dos milagres da Senhora da Orada e disse-lhe:
- Ó mulher, tu não tens fé na Senhora da Orada?
- Tenho. Mas, se calhar, ela não gosta de mim!
- Vamos lá, que ela é nossa Mãe e tem poderes.
A senhora Joana foi com o homem, acompanhados por outra mulher, até à capela, para pedirem à Senhora uma cura. Depois de rezarem e da mulher tomar banhos na fonte, queriam ir embora, porque o homem tinha que guardar o gado. A mulher do ermitão disse-lhes que era melhor a senhora Joana ficar para uma novena. Ficou na casa do ermitão e o homem voltou a trazer-lhe comida.
A senhora Joana fez as rezas e tomou banhos na fonte santa. A princípio, piorou, mas, depois, começou a melhorar e foi-se embora para a terra. Bebeu água da fonte muitas vezes por dia.
No ano seguinte, no dia da festa, a senhora Joana veio, numa carroça, com mais pessoas, a agradecer à Senhora da Orada o milagre que lhe fez, pois estava despedida dos médicos.
Informador: Etelvina Teodoro (Casal da Fraga)
Estudo: Águas e Curas Milagrosas na Serra da Gardunha - A Fonte da Senhora da Orada
Autor: Albano Mendes de Matos (natural do Casal da Serra)
Publicação: Medicina da Beira Interior da Pré-História ao Século XX - Cadernos de Cultura, N.º 13, Novembro de 1999
José Teodoro Prata
O seu homem, que era pastor, ouviu falar dos milagres da Senhora da Orada e disse-lhe:
- Ó mulher, tu não tens fé na Senhora da Orada?
- Tenho. Mas, se calhar, ela não gosta de mim!
- Vamos lá, que ela é nossa Mãe e tem poderes.
A senhora Joana foi com o homem, acompanhados por outra mulher, até à capela, para pedirem à Senhora uma cura. Depois de rezarem e da mulher tomar banhos na fonte, queriam ir embora, porque o homem tinha que guardar o gado. A mulher do ermitão disse-lhes que era melhor a senhora Joana ficar para uma novena. Ficou na casa do ermitão e o homem voltou a trazer-lhe comida.
A senhora Joana fez as rezas e tomou banhos na fonte santa. A princípio, piorou, mas, depois, começou a melhorar e foi-se embora para a terra. Bebeu água da fonte muitas vezes por dia.
No ano seguinte, no dia da festa, a senhora Joana veio, numa carroça, com mais pessoas, a agradecer à Senhora da Orada o milagre que lhe fez, pois estava despedida dos médicos.
Informador: Etelvina Teodoro (Casal da Fraga)
Estudo: Águas e Curas Milagrosas na Serra da Gardunha - A Fonte da Senhora da Orada
Autor: Albano Mendes de Matos (natural do Casal da Serra)
Publicação: Medicina da Beira Interior da Pré-História ao Século XX - Cadernos de Cultura, N.º 13, Novembro de 1999
José Teodoro Prata
quarta-feira, 15 de maio de 2013
A fonte da Senhora da Orada 4
Nos anos trinta deste século, um homem de nome António, do Juncal do Campo, encontrou-se surdo e pediu à Nossa Senhora da Orada para o curar.
Prometeu ir, a pé, do Juncal até à Senhora da Orada, durante nove domingos seguidos, uma novena aos domingos; ir de São Vicente e voltar, sem falar, somente, rezar; fazer o caminho, de joelhos, pelas pedras e pelo mato, desde a capela até à cruz, onde apareceu a Senhora, e da cruz até à fonte, onde acabava a reza e a penitência e se banhava.
No último domingo da novena, chegou à fonte e ficou de joelhos a rezar. Pôs a cabeça debaixo da bica, deixou correr sobre os ouvidos e começou a ouvir.
Todos os anos, até morrer, foi em romaria, no dia da festa, agradecer à Senhora da Orada que milagrosamente o curou.
Informador: Etelvina Teodoro (Casal da Fraga)
Estudo: Águas e Curas Milagrosas na Serra da Gardunha - A Fonte da Senhora da Orada
Autor: Albano Mendes de Matos (natural do Casal da Serra)
Publicação: Medicina da Beira Interior da Pré-História ao Século XX - Cadernos de Cultura, N.º 13, Novembro de 1999
José Teodoro Prata
Prometeu ir, a pé, do Juncal até à Senhora da Orada, durante nove domingos seguidos, uma novena aos domingos; ir de São Vicente e voltar, sem falar, somente, rezar; fazer o caminho, de joelhos, pelas pedras e pelo mato, desde a capela até à cruz, onde apareceu a Senhora, e da cruz até à fonte, onde acabava a reza e a penitência e se banhava.
No último domingo da novena, chegou à fonte e ficou de joelhos a rezar. Pôs a cabeça debaixo da bica, deixou correr sobre os ouvidos e começou a ouvir.
Todos os anos, até morrer, foi em romaria, no dia da festa, agradecer à Senhora da Orada que milagrosamente o curou.
Informador: Etelvina Teodoro (Casal da Fraga)
Estudo: Águas e Curas Milagrosas na Serra da Gardunha - A Fonte da Senhora da Orada
Autor: Albano Mendes de Matos (natural do Casal da Serra)
Publicação: Medicina da Beira Interior da Pré-História ao Século XX - Cadernos de Cultura, N.º 13, Novembro de 1999
José Teodoro Prata
terça-feira, 14 de maio de 2013
A água da Senhora da Orada 3
Nos anos vinte, uma rapariga do campo encontrava-se paralítica há sete anos. Todos os anos ia com a família à Senhora da Orada pedir a cura. De lá, levavam água da fonte para banhar as pernas. Já desanimados, num ano passava-se o dia da festa e não foram à Senhora. Na hora do almoço, uma filha disse à mãe:
- Comemos primeiro ou vou levar a comida à doente?
- Comemos primeiro e depois vamos fazer-lhe companhia, enquanto ela come! - respondeu a mãe.
Quando comiam, o homem disse para a mulher:
- Fizemos mal não irmos à Senhora da Orada! É que tenho cá uma fé!
Quando o pai acabou de falar, a rapariga apareceu, na cozinha, curada. O pai gritou:
- Milagre da Senhora da Orada!
Informador: Etelvina Teodoro (Casal da Fraga)
Estudo: Águas e Curas Milagrosas na Serra da Gardunha - A Fonte da Senhora da Orada
Autor: Albano Mendes de Matos (natural do Casal da Serra)
Publicação: Medicina da Beira Interior da Pré-História ao Século XX - Cadernos de Cultura, N.º 13, Novembro de 1999
José Teodoro Prata
- Comemos primeiro ou vou levar a comida à doente?
- Comemos primeiro e depois vamos fazer-lhe companhia, enquanto ela come! - respondeu a mãe.
Quando comiam, o homem disse para a mulher:
- Fizemos mal não irmos à Senhora da Orada! É que tenho cá uma fé!
Quando o pai acabou de falar, a rapariga apareceu, na cozinha, curada. O pai gritou:
- Milagre da Senhora da Orada!
Informador: Etelvina Teodoro (Casal da Fraga)
Estudo: Águas e Curas Milagrosas na Serra da Gardunha - A Fonte da Senhora da Orada
Autor: Albano Mendes de Matos (natural do Casal da Serra)
Publicação: Medicina da Beira Interior da Pré-História ao Século XX - Cadernos de Cultura, N.º 13, Novembro de 1999
José Teodoro Prata
segunda-feira, 13 de maio de 2013
A água da Senhora da Orada 2
Nos inícios do século (XX), um homem do Casal da Serra, trabalhador da Câmara de Castelo Branco, sentiu uma grande dor nos olhos. Foi para casa e quando ali chegou já via mal. Foi ao médico de São Vicente da Beira, que o mandou para o Fundão, a outro médico. A caminho do Fundão, passou pela Senhora da Orada, onde rezou, à porta da capela, para que a Senhora o curasse. Sempre acompanhado por um familiar, foi à fonte da Senhora da Orada, pôs a cabeça debaixo da bica, com a água a cair sobre a vista, durante um pedaço de tempo. A dor foi abrandando. Ao levantar a cabeça, limpou os olhos e recomeçou a ver e a dor desapareceu. Já não foi ao Fundão e contam o facto como um milagre da Nossa Senhora da Orada.
Informador: José de Matos (Casal da Serra)
Estudo: Águas e Curas Milagrosas na Serra da Gardunha - A Fonte da Senhora da Orada
Autor: Albano Mendes de Matos (natural do Casal da Serra)
Publicação: Medicina na Beira Interior da Pré-História ao Século XX - Cadernos de Cultura, N.º 13, Novembro de 1999
José Teodoro Prata
domingo, 12 de maio de 2013
A água da Senhora da Orada 1
Inicio hoje uma série de publicações que contam histórias de curas alcançadas graças à água da fonte da Senhora da Orada. A recolha foi de Albano Mendes de Matos (Casal da Serra), que a apresentou em 1998, nas Jornadas de Medicina da Beira Interior. No ano seguinte, o seu estudo foi publicado na revista Cadernos de Cultura, n.º 13, novembro de 1999.
Um rapaz de Pera do Moço, em Escalos de Cima, nos finais do século passado [século XIX], não podia comer. Ao querer engolir, engasgava-se e o caldo saía-lhe até pelo nariz. Como a Nossa Senhora da Orada tinha sido muito nomeada por aqueles sítios, a mãe levou-o num burro até à capela da Senhora, onde rezaram. O rapaz banhou-se nas águas correntes da fonte, as "águas vivas", e bebeu água, de vez em quando. Passados uns dias, o rapaz começou a comer de tudo e bem.
Informadora: Etelvina Teodoro (A ti Etelvina do Casal da Fraga)
José Teodoro Prata
Um rapaz de Pera do Moço, em Escalos de Cima, nos finais do século passado [século XIX], não podia comer. Ao querer engolir, engasgava-se e o caldo saía-lhe até pelo nariz. Como a Nossa Senhora da Orada tinha sido muito nomeada por aqueles sítios, a mãe levou-o num burro até à capela da Senhora, onde rezaram. O rapaz banhou-se nas águas correntes da fonte, as "águas vivas", e bebeu água, de vez em quando. Passados uns dias, o rapaz começou a comer de tudo e bem.
Informadora: Etelvina Teodoro (A ti Etelvina do Casal da Fraga)
José Teodoro Prata
sábado, 11 de maio de 2013
Assinar:
Comentários (Atom)