O Verão começara quente, um ar de moléstia. Eu andava com um catarral dos diabos, não sei onde é que o meu corpo tão pequeno ia buscar tanto escarro. “Deita essa porcaria fora, que te faz bem!”, encorajava-me a senhora gorda e de preto, a cada ataque de tosse que me assaltava. Ela visitara-nos nessa tarde, a pretexto de umas roupas velhas para a minha mãe aproveitar ou fazer fitas.
Estávamos na sala, com a porta da rua aberta, ela sentada numa cadeira e a minha mãe noutra, as duas a conversar, enquanto a minha mãe aproveitava para cortar panos velhos em fitas e cosê-las umas às outras. Depois enrolava-as em novelos, para, no inverno, tecer as mantas, no tear que tínhamos na loja, logo à entrada, por causa da luz.
Eu e as minhas irmãs andávamos por ali, entre a sala e o balcão, o balcão e a sala, à espera que abrandasse o calor para podermos descer as escadas e ir brincar debaixo da latada ou até para a quelha. Éramos como as moscas que volteavam pelo ar, sobre as nossas cabeças, na esperança de uma refeição que não terminasse numa palmada e respetiva esgorrachadela.
A certa altura parámos, pois a conversa das mulheres tornou-se interessante. O diabo agarrara-se ao marido da senhora e não o largava, às vezes até se via a sombra dele quase colada à sombra do marido! O homem dela andava desnorteado, a falar sozinho, completamente perdido.
Mais pela fresca, a senhora gorda, vestida de negro, foi-se embora para casa, muito ralada com o marido, e nós fizemos perguntas à minha mãe a tentar perceber melhor uma coisa que não tinha compreensão.
No dia seguinte, a minha mãe não estava em casa, quando eu acordei. Fora a uma horta longe e demorava. Mas eu não encontrava as calças. As minhas irmãs vieram contar-me que havia muita gente a passar na quelha, porque um homem se tinha enforcado nos pinheiros. E eu à rasca, de pindrico à espreita por debaixo da blusita.
Estiquei mais a blusa, inclinei-me um pouco para a frente e consegui acompanhá-las à quelha, onde o rio de gente não parava de subir. Alguns chegavam às traseiras da nossa casa e atalhavam logo pelo meio do leirão do Pe. Tomás, por baixo da figueira branca, sem se darem ao trabalho de ir à volta.
Apetecia-me segui-los, mas se tapava o pindrico mostrava as nalgas e se as escondia ele espreitava logo. Um desespero. Tanta coisa nova a acontecer, gente e mais gente numa quelha onde passavam tão poucas pessoas e eu sem calças... Voltei a casa, vasculhei os cantos todos, mas não tive sorte. As minhas irmãs, mesmo as mais velhas, também não encontravam solução para o meu problema.
Aquilo ainda demorou bastante, por causa da ida do médico, mas a minha mãe chegou tarde demais. Os homens e as mulheres já voltavam, a contar que o homem fizera um montinho de pedras e se pendurara no galho de um pinheiro.
Anos mais tarde, indicaram-me onde tinha sido. Uma vez fui lá ao mato com o meu primo, mas não achámos o toco do pinheiro que tinha sido cortado, segundo diziam. Nós não o encontrámos e havia por lá muitos pinheiros com galhos jeitosos onde se pendurar uma pessoa. E, naquele escuro de sombras, não andaria ainda por lá o diabo que atentara o homem da senhora de preto? Cavámos dali para fora e fomos cortar o mato para outro sítio!
Enxidros era a antiga designação do espaço baldio da encosta da Gardunha acima da vila de São Vicente da Beira. A viver aqui ou lá longe, todos continuamos presos a este chão pelo cordão umbilical. Dos Enxidros é um espaço de divulgação das coisas da nossa freguesia. Visitem-nos e enviem a vossa colaboração para dosenxidrosgardunha@gmail.com
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Outro tempo
Cangalhas para transporte de cântaros de água. Agora apodrecem no tronco de uma figueira da fazenda da Senhora da Orada, mas eram colocadas nos burros e nos machos e mulas.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
As nossas gentes, em 1779
Violeiro
Esta contagem da população foi realizada em 1779, no reinado de D. Maria I.
Apenas se referiu o cabeça do agregado familiar. Assim, havia 16 famílias no Violeiro.
O - significa que não foi dada qualquer informação, quase sempre por não haver nada para responder.
Nos anos anteriores a 1779, vivera uma família abastada no Violeiro: o Sargento-Mor Domingos Nunes Pousão e a sua esposa Brites Maria Cabral de Pina, natural de Fornos de Algodres. Uma filha deles casou em Tinalhas, dando origem à família dos Viscondes de Tinalhas, e os restantes filhos fixaram-se na vila.
Neste ano de 1779, as suas fazendas no Violeiro eram administradas pelo feitor Joze Alvres. Andariam aforadas ou aprazadas, daí haver tantas famílias com fazendas de prazo (à renda).
Naquela época, as pessoas morriam muito cedo, por isso não é de admirar que houvesse duas viúvas com 4 filhos e um viúvo com 5 filhos, certamente quase todos menores.
N.º de ordem. Nome, Estado civil, Filhos, Profissão/Rendimento
1, Maria Antunes, Viúva, 4, Fazenda e seara
2, Joze Alvres, Casado, 8, Trabalho
3, Urbano, Solteiro, - , Trabalho e fazenda
4, Maria Pires, Viúva, 4, Fazenda de prazo
5, Miguel Gonçalves, Casado, 1, Fazenda foreira
6, Antonio Antunes, Casado, 4, Fazenda
7, Manoel Martins Menistro, Viúvo, 5, Fazenda
8, Domingos Gonçalves, Casado, - , Trabalho e fazenda de prazo
9, Joze Fernandes Ratto, Casado, 3, Trabalho
10, Manoel Fernandes Sapateiro, Casado, 2, Jornaleiro e fazenda de prazo
11, Manoel Pires, Casado, 5, Trabalho e fazenda de prazo
12, Joze Pires, Casado, 2, Trabalho e fazenda de prazo
13, Manoel Gonçalves S.(?) Caetano, - , 3, Fazenda e seara
14, Isabel Rodrigues, Viúva, 1, Fazenda de prazo
15, Manoel Pereira, Casado, 1, Trabalho
16, Domingos Pires, Solteiro, - , Trabalho
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
As nossas gentes, em 1779
Vale de Figueiras
Esta contagem da população foi realizada em 1779, no reinado de D. Maria I.
Apenas se referiu o cabeça do agregado familiar. Assim, havia 4 famílias no Vale de Figueiras.
O - significa que não foi dada qualquer informação, quase sempre por não haver nada para responder.
Neste século XVIII, as povoações do nosso antigo concelho dividiam-se em vila, terras (sedes de freguesia), montes e casais. O Vale de Figueiras era um casal, em quase tudo administrado pelos juizes pedâneos da Partida.
O Vale de Figueiras era propriedade do Padre António Teodósio de Alpedrinha.
O número de filhos por família, neste ano de 1779, revela já a tendência de crescimento demográfico que se acentuará nos séculos seguintes fazendo desta povoação o que é hoje.
Eu descendo do cardador Manoel da Costa, pois o meu antepassado Teodoro Matias dos Santos casou, no dia 31 de Agosto de 1864, com Bárbara Leitão, filha de José da Costa do Vale de Figueiras e Antónia Bárbara do Casal da Fraga.
N.º de ordem, Nome, Estado civil, Filhos, Profissão/Rendimento
1, Antonio Fernandes, Casado, 6, Trabalho
2, Antonia Roiz, Viúva, 2, Trabalho
3, Maria Leitoa, Viúva, 7, Trabalho
4, Manoel da Costa, Casado, 3, Cardador
Esta contagem da população foi realizada em 1779, no reinado de D. Maria I.
Apenas se referiu o cabeça do agregado familiar. Assim, havia 4 famílias no Vale de Figueiras.
O - significa que não foi dada qualquer informação, quase sempre por não haver nada para responder.
Neste século XVIII, as povoações do nosso antigo concelho dividiam-se em vila, terras (sedes de freguesia), montes e casais. O Vale de Figueiras era um casal, em quase tudo administrado pelos juizes pedâneos da Partida.
O Vale de Figueiras era propriedade do Padre António Teodósio de Alpedrinha.
O número de filhos por família, neste ano de 1779, revela já a tendência de crescimento demográfico que se acentuará nos séculos seguintes fazendo desta povoação o que é hoje.
Eu descendo do cardador Manoel da Costa, pois o meu antepassado Teodoro Matias dos Santos casou, no dia 31 de Agosto de 1864, com Bárbara Leitão, filha de José da Costa do Vale de Figueiras e Antónia Bárbara do Casal da Fraga.
N.º de ordem, Nome, Estado civil, Filhos, Profissão/Rendimento
1, Antonio Fernandes, Casado, 6, Trabalho
2, Antonia Roiz, Viúva, 2, Trabalho
3, Maria Leitoa, Viúva, 7, Trabalho
4, Manoel da Costa, Casado, 3, Cardador
terça-feira, 4 de setembro de 2012
As nossas gentes, em 1779
Tripeiro
Esta contagem da população foi realizada em 1779, no reinado de D. Maria I.
Apenas se referiu o cabeça do agregado familiar. Assim, havia 16 famílias no Tripeiro.
O - significa que não foi dada qualquer informação, quase sempre por não haver nada para responder.
Não foram indicados filhos para a viúva Maria Fernandes, mas isso não significa que os não tivesse, mas apenas que não vivam com ela.
O Tripeiro tinha grande ligação ao Sobral do Campo. A proximidade geográfica levava à partilha de terras e à proximidade familiar.
Tal como os Pereiros, o Tripeiro era terra livre de senhores (há poucas fazendas foreiras/arrendadas)-
N.º de ordem, Nome, Estado civil, Filhos, Profissão/Rendimento
1, Pedro Fernandes Marcelino, Casado, - , Gado e fazenda foreira
2, Joanna Pires, Viúva, 1, Trabalho e fazenda
3, Manoel Fernandes Baranda, Viúvo, 1, Fazenda
4, Joze Fernandes, Casado, - , Trabalho
5, Manoel Gonçalves Amaro, Casado, - , Fazendas
6, Joze Matheus, Casado, 3, Fazendas
7, Joam Baranda, Casado, 2, Fazenda foreira
8, Joam Lourenço, Casado, 2, Trabalho e fazenda foreira
9, Salvador Gonçalves, Casado, 4, Gado e fazenda
10, Manoel Affonso, Casado, 5, Fazendas
11, Manoel Roque, Casado, 2, Fazendas
12, Joam Ramalhozo, Casado, 1, Fazenda foreira
13, Manoel Rudrigues, Casado, 6, Alfaiate
14, Manoel Lourenço, Casado, 2, Fazendas
15, Maria Fernandes, Viúva, - , Fazendas e gado
16, Faustino Lourenço, Casado, 1, Fazenda foreira
Esta contagem da população foi realizada em 1779, no reinado de D. Maria I.
Apenas se referiu o cabeça do agregado familiar. Assim, havia 16 famílias no Tripeiro.
O - significa que não foi dada qualquer informação, quase sempre por não haver nada para responder.
Não foram indicados filhos para a viúva Maria Fernandes, mas isso não significa que os não tivesse, mas apenas que não vivam com ela.
O Tripeiro tinha grande ligação ao Sobral do Campo. A proximidade geográfica levava à partilha de terras e à proximidade familiar.
Tal como os Pereiros, o Tripeiro era terra livre de senhores (há poucas fazendas foreiras/arrendadas)-
N.º de ordem, Nome, Estado civil, Filhos, Profissão/Rendimento
1, Pedro Fernandes Marcelino, Casado, - , Gado e fazenda foreira
2, Joanna Pires, Viúva, 1, Trabalho e fazenda
3, Manoel Fernandes Baranda, Viúvo, 1, Fazenda
4, Joze Fernandes, Casado, - , Trabalho
5, Manoel Gonçalves Amaro, Casado, - , Fazendas
6, Joze Matheus, Casado, 3, Fazendas
7, Joam Baranda, Casado, 2, Fazenda foreira
8, Joam Lourenço, Casado, 2, Trabalho e fazenda foreira
9, Salvador Gonçalves, Casado, 4, Gado e fazenda
10, Manoel Affonso, Casado, 5, Fazendas
11, Manoel Roque, Casado, 2, Fazendas
12, Joam Ramalhozo, Casado, 1, Fazenda foreira
13, Manoel Rudrigues, Casado, 6, Alfaiate
14, Manoel Lourenço, Casado, 2, Fazendas
15, Maria Fernandes, Viúva, - , Fazendas e gado
16, Faustino Lourenço, Casado, 1, Fazenda foreira
sábado, 1 de setembro de 2012
As nossas gentes, em 1779
Pereiros
Esta contagem da população foi realizada em 1779, no reinado de D. Maria I.
Apenas se referiu o cabeça do agregado familiar. Assim, havia 17 famílias nos Pereiros.
O - significa que não foi dada qualquer informação, quase sempre por não haver nada para responder.
Ao contrário dos montes (era este o termo usado na época) da parte norte da charneca, os Pereiros eram uma povoação livre de senhores, por isso não há foreiros, cada um era dono das terras que cultivava.
Antonio Fernandes o velho da Partida tinha aqui a sua maior propriedade.
O pedreiro Joze Martins era filho do pedreiro da Partida também chamado Joze Martins.
N.º de ordem, Nome, Estado civil, Filhos, Profissão/Rendimento
1, Manoel Figueira, Casado, - , Fazenda
2, Anacleto Antunes, Casado, - , Fazenda e trabalho
3, Antonio Leitam, Casado, - , Fazenda e trabalho
4, Manuel Gonçalves, Casado, 4, Trabalho
5, Joze Alvres, Casado, 2, Alfaiate e fazenda
6, Joam Antunes, Casado, 2, Fazenda
7, Maria Antunes, Viúva, 4, Trabalho
8, Manuel das Neves, Casado, - , Jornaleiro e fazenda
9, Maria Martins, Viúva, - , Fazenda
10, Joze Martins, Casado, - , Pedreiro
11, Eleuterio Freire, Casado, 3, Trabalho e fazenda
12, Antonio Roiz, Casado, 4, Fazenda
13, Anna Martins, Viúva, 1, Fazenda
14, Marceliano Martins, Casado, 4, Fazenda
15, Manoel Rodrigues, Casado, 2, Fazenda
16, Manoel Antunes, Casado, - , Trabalho e fazenda
17, Joam Antunes o mosso, Casado, - , Fazenda
Esta contagem da população foi realizada em 1779, no reinado de D. Maria I.
Apenas se referiu o cabeça do agregado familiar. Assim, havia 17 famílias nos Pereiros.
O - significa que não foi dada qualquer informação, quase sempre por não haver nada para responder.
Ao contrário dos montes (era este o termo usado na época) da parte norte da charneca, os Pereiros eram uma povoação livre de senhores, por isso não há foreiros, cada um era dono das terras que cultivava.
Antonio Fernandes o velho da Partida tinha aqui a sua maior propriedade.
O pedreiro Joze Martins era filho do pedreiro da Partida também chamado Joze Martins.
N.º de ordem, Nome, Estado civil, Filhos, Profissão/Rendimento
1, Manoel Figueira, Casado, - , Fazenda
2, Anacleto Antunes, Casado, - , Fazenda e trabalho
3, Antonio Leitam, Casado, - , Fazenda e trabalho
4, Manuel Gonçalves, Casado, 4, Trabalho
5, Joze Alvres, Casado, 2, Alfaiate e fazenda
6, Joam Antunes, Casado, 2, Fazenda
7, Maria Antunes, Viúva, 4, Trabalho
8, Manuel das Neves, Casado, - , Jornaleiro e fazenda
9, Maria Martins, Viúva, - , Fazenda
10, Joze Martins, Casado, - , Pedreiro
11, Eleuterio Freire, Casado, 3, Trabalho e fazenda
12, Antonio Roiz, Casado, 4, Fazenda
13, Anna Martins, Viúva, 1, Fazenda
14, Marceliano Martins, Casado, 4, Fazenda
15, Manoel Rodrigues, Casado, 2, Fazenda
16, Manoel Antunes, Casado, - , Trabalho e fazenda
17, Joam Antunes o mosso, Casado, - , Fazenda
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
As nossas gentes, em 1779
Partida
Esta contagem da população foi realizada em 1779, no reinado de D. Maria I.
Apenas se referiu o cabeça do agregado familiar. Assim, havia 25 famílias na Partida.
O - significa que não foi dada qualquer informação, quase sempre por não haver nada para responder.
O elevado número de referências a fazendas foreiras (arrendadas) deve-se ao facto de grande parte destes vales ribeirinhos pertencerem a António de Azevedo que vivia em Santarém, além de outros senhores, como os Cabrais do Violeiro e os Caldeira da Vila, antepassados dos viscondes da Borralha. A Câmara também tinha uma grande propriedade chamada Ribeirinha, que neste ano andava aforada ao pedreiro Joze Martins.
Antonio Fernandes o velho ou ancho era o maior proprietário da Partida.
N.º de ordem, Nome, Estado civil, Filhos, Profissão/Rendimento
1, Agostinho Fernandes, Casado, 3, Trabalho
2, Ignes Martins, Viúva, 4, Trabalho
3, Rita Maria, Viúva, 4, Trabalho
4, Matheus Antunes, Casado, 2, Jornaleiro
5, Joze Antunes, Casado, 1, Fazendas foreiras
6, Antonio Fernandes o mosso, Casado, 3, Fazendas
7, Manoel Leitam, Viúvo, - , Fazenda
8, Theodoro Dias, Casado, 5, Fazendas foreiras
9, Manoel Matheus, Casado, 2, Fazendas foreiras
10, Domingos Joaõ, Casado, 2, Fazendas foreiras
11, Venancio Freire, Casado, 3, Fazendas foreiras
12, Antonio Freire, Casado, 3, Fazendas foreiras
13, Francisco Gonsalves, Casado, 2, Fazenda foreira
14, Maria Antunes, Viúva, 2, Fazenda foreira
15, Michaela Roiz, Viúva, 3, Fazenda foreira
16, Vicente Roiz, Casado, 2, Fazenda foreira
17, Jacinto Roiz, Casado, 4, Fazendas foreiras
18, Joze Freire, Casado, 3, Fazenda foreira
19, Manoel Roiz Nepto, Casado, 3, Fazenda foreira
20, Manoel Antunes, Casado, 3, Fazenda foreira
21, Joze Martins, Casado, 6, Pedreiro e fazendas foreiras
22, Antonio Fernandes o velho, Viúvo, 1, Fazendas
23, Manoel Alexandre, Casado, - , Fazenda
24, Manuel Leitam Jorge, Casado, 3, Fazenda foreira
25, Marina Jorge, Viúva, 3, Fazenda foreira
Esta contagem da população foi realizada em 1779, no reinado de D. Maria I.
Apenas se referiu o cabeça do agregado familiar. Assim, havia 25 famílias na Partida.
O - significa que não foi dada qualquer informação, quase sempre por não haver nada para responder.
O elevado número de referências a fazendas foreiras (arrendadas) deve-se ao facto de grande parte destes vales ribeirinhos pertencerem a António de Azevedo que vivia em Santarém, além de outros senhores, como os Cabrais do Violeiro e os Caldeira da Vila, antepassados dos viscondes da Borralha. A Câmara também tinha uma grande propriedade chamada Ribeirinha, que neste ano andava aforada ao pedreiro Joze Martins.
Antonio Fernandes o velho ou ancho era o maior proprietário da Partida.
N.º de ordem, Nome, Estado civil, Filhos, Profissão/Rendimento
1, Agostinho Fernandes, Casado, 3, Trabalho
2, Ignes Martins, Viúva, 4, Trabalho
3, Rita Maria, Viúva, 4, Trabalho
4, Matheus Antunes, Casado, 2, Jornaleiro
5, Joze Antunes, Casado, 1, Fazendas foreiras
6, Antonio Fernandes o mosso, Casado, 3, Fazendas
7, Manoel Leitam, Viúvo, - , Fazenda
8, Theodoro Dias, Casado, 5, Fazendas foreiras
9, Manoel Matheus, Casado, 2, Fazendas foreiras
10, Domingos Joaõ, Casado, 2, Fazendas foreiras
11, Venancio Freire, Casado, 3, Fazendas foreiras
12, Antonio Freire, Casado, 3, Fazendas foreiras
13, Francisco Gonsalves, Casado, 2, Fazenda foreira
14, Maria Antunes, Viúva, 2, Fazenda foreira
15, Michaela Roiz, Viúva, 3, Fazenda foreira
16, Vicente Roiz, Casado, 2, Fazenda foreira
17, Jacinto Roiz, Casado, 4, Fazendas foreiras
18, Joze Freire, Casado, 3, Fazenda foreira
19, Manoel Roiz Nepto, Casado, 3, Fazenda foreira
20, Manoel Antunes, Casado, 3, Fazenda foreira
21, Joze Martins, Casado, 6, Pedreiro e fazendas foreiras
22, Antonio Fernandes o velho, Viúvo, 1, Fazendas
23, Manoel Alexandre, Casado, - , Fazenda
24, Manuel Leitam Jorge, Casado, 3, Fazenda foreira
25, Marina Jorge, Viúva, 3, Fazenda foreira
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