sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

Padre Jerónimo

Há poucos dias que nos deixou e já sentimos saudades dessa grande gargalhada!

Escrevo-lhe porque sei que acreditava ir para um lugar melhor do que este em que nos deixou. Já desconfiava dessa fé desde que demos a volta pelas terras do antigo concelho de São Vicente: sempre que entrava numa igreja, ajoelhava-se junto ao altar e orava. E disse-mo no penúltimo encontro anual em que participei, no Tortosendo. O Zé Augusto relembrou-o agora, na missa que celebrou em sua homenagem. Não a minha história, mas uma outra, uma conversa que teve com o Ernesto Hipólito, quando em maio se veio despedir da nossa Orada:

- Se este sítio é tão bonito, imagina como será o céu!

A propósito, o Zé Augusto fez uma prática muito bonita na sua missa. Terá sentido orgulho ao ouvi-lo!

Mas voltando ao princípio. Escrevo-lhe porque sinto o peso da responsabilidade de lhe ter faltado com um pedido que nos fez, a mim e outros que o acompanharam da Igreja para a Casa do Povo, na festa da sua boda de ouro sacerdotal. Ao toque das concertinas minhotas do António Madeira e pela concertina beirã do Costinha, confessou-nos que o som da concertina era a música da sua meninice e que queria ser acompanhado por concertinas, quando morresse.

- Eu espero o tempo que for preciso para reunir os tocadores!

Como o Mário de Sá-Carneiro?:

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Mas o que iam pensar de nós, os seus amigos e os seus familiares? Mesmo sabendo que acreditava ir para um lugar melhor, eu nem tive coragem de partilhar o seu desejo. Desculpe-me esta cobardia. E depois havia toda a logística, toda a burocracia…

Deixou-nos numa época terrível, em que a sua alegria, a sua cidadania e o seu humanismo tanta falta fazem ao mundo. Mas deixou-nos o seu exemplo, assim saibamos nós honrar a sua memória! E já que acredita, vá-nos dando umas dicas, quando achar necessário, pelas formas que melhor entender. Até um dia!

José Teodoro Prata

sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Pe. José Hipólito Jerónimo

 Pe. José Hipólito Jerónimo, 07.12.1937-19.12.2025

Cerimónia fúnebre, na Igreja de São Vicente da Beira, às 15 horas de amanhã, dia 20 de dezembro.

José Teodoro Prata

quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Tiborna

 Quando era miúdo, fui com o meu pai ao lagar do Major. Trabalhava lá o tio Joaquim Pique, que logo foi ao cabaz da merenda e cortou uma fatia de pão de uma regueifa que lá tinha. Torrou-a nas brasas da lareira, mergulhou-a num bidon cheio de azeite e entregou-ma. Lambuzei-me por dentro e por fora. É das melhores recordações da mimha infância. 

O meu pai tinha um ritual que nunca falhava: logo que o azeite novo entrasse em casa, mandava torrar pão e sentávamo-nos à mesa a comê-lo regado com azeite. Era a prova.

Hoje repeti o ritual e fiquei consolado!

José Teodoro Prata

quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Banda desenhada

 
Na segunda-feira, dia 14, participei no lançamento deste livro de banda desenhada do albicastrense Miguel Fernandes, na Fábrica da Criatividade, geografia por onde o autor andou em criança e onde trabalhou após concluir o mestrado em Ilustração e Animação. O Miguel, OZZY para os amigos, tem raízes em Vila Velha de Ródão e na Partida (São Vicente da Beira). É filho do nosso António Andrade Fernandes, também conhecido por Tó da Partida.

José Teodoro Prata

segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

domingo, 14 de dezembro de 2025

Feira do Fundão

 No passado era o nosso local principal de comércio. Ainda hoje alguns chegam a tirar o dia para irem ao mercado do Fundão!

A foto é de Raquel Soeiro de Brito, uma geógrafa que completa hoje 100 anos e ainda não se sente velha!

José Teodoro Prata

sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

O ninho das asiáticas

 


São extremamente frágeis os ninhos das vespas asiáticas. A parede exterior, feita de papel, nem resiste a uma moderada pressão dos dedos (apenas o suficiente para pegar no ninho). A parede exterior é muito esburadada e todo o interior é ocupado com andares de alvelos de criação.

José Teodoro Prata