domingo, 15 de janeiro de 2012

O nosso falar: borrega

O veterinário da minha gata, bom conhecedor de São Vicente, onde sempre fez grandes amigos, recentemente veio de lá impressionado com a quantidade de terrenos agrícolas que temos ao abandono.
Consequentemente, algumas paredes mostram sinais de ruína. Os nossos antepassados, durante séculos, compuseram as terras agrícolas, endireitando-as e segurando-as com paredes. Assim nasceram os leirões.
Mas agora faltam cultivadores e tempo aos poucos que há, a ganhar o pão noutras atividades.
Por isso, muitas paredes incham para um dos lados, em forma de barriga dilatada, após refeição farta. Parecem barrigas de borregas, essas adolescentes dos ovinos.
(Cordeiros - acabados de nascer; borregos e borregas – ovinos jovens, ainda em crescimento; carneiros e ovelhas – ovinos adultos)
Mais dia menos dia, sobretudo quando chove muito, as paredes com borregas esbarrondam-se e caem ao chão. Então dizemos que caiu uma borrega na horta de fulano de tal.

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