quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Senhora da Orada

No site http://www.aguas.ics.ul.pt/castelobranco_orada.html, encontrei duas informações importantes sobre a nossa capela. Nenhuma é novidade, mas vale a pena recordá-las:

Perto da ermida, conta freire Agostinho, existia cerca de 1700 uma fonte cuja água muitos devotos utilizavam para se lavarem por lhe atribuírem propriedades terapêuticas. Esta prática curativa era ainda corrente em 1956. Neste ano, escrevia J.M.S. Azevedo: 
«Presentemente, na parte de trás da capela, existe uma fonte que chamam de milagrosa, indo muita gente tomar banho com a água desta, na casa que fica em frente à capela e que foi construída para esse fim, em uma tina que lá se encontra».” (Vasconcelos 1996)

Para baixo do santuário encontra-se uma má construção com tijolo à vista que serve de sanitários públicos e de apoio aos festeiros. Terá sido neste local que existiu o balneário construído na 1ª metade do século XX, para dar apoio aos banhos de romeiros. Por sua vez, este balneário sobrepunha-se a uma estrutura mais antiga, possivelmente uma azenha, como denota o muro de sustentação da roda existente junto do ribeiro.


José Teodoro Prata

2 comentários:

Anônimo disse...

-Esta pequena casa encontrava-se encostada ao muro que suporta as terras da propriedade de Joaquim Teodoro dos Santos.Com as obras de alargamento do terreiro rebaixaram-no cerca de um metro.
Ainda se pode ver na parede parte do reboco. A água era aquecida na casa do ermitão.Sempre me lembro de ver naquele lugar o pequeno balneario.
(As pessoas continuam a lavar-se com esta água.)
-Ainda não há muitos anos apareceu-me um sinal no olho direito que me trazia bastante preocupado; certa manhã banhei-o várias vezes com a água da fonte: passado um bocado sinto uma aguadilha junto à vista,o sinal tinha rebentado...
Nunca conheci outro balneario a não ser este que acabei de descrever.
J.M.S

Anônimo disse...

Sobre as propriedades terapêuticas da água da Senhora da Orada existem de facto muitas evidências, como ficou claro nos vários testemunhos publicados no blogue em Maio de 2013; mas nunca tinha ouvido falar da existência dos balneários, provavelmente situados no lugar onde agora se ergue aquela “má construção”, como, simpaticamente, lhe chama J.M.S. Azevedo.
Foi dela que me lembrei há tempos, a propósito da publicação POLUIÇÃO. Que pena que, quando chegamos ao alto da Senhora da Orada, logo a seguir aos parques de estacionamento, aquela vista deslumbrante seja manchada por uma construção que não tem nada a ver com aquele lugar, nem no tamanho, nem nos materiais utilizados, e cuja funcionalidade é duvidosa.
Penso que já se fala na sua substituição, mas está a tardar!

M. L. Ferreira