domingo, 11 de julho de 2021

Swot quê?

Partindo do alerta do J. Barroso sobre a inutilidade de estudos teóricos sobre coisas que estão mais que diagnosticadas (ele exprime isto com maior exactidão), trago mais combustível para este desafio. A primeira entrega, de 5.

Partilho hoje o primeiro “ponto forte” (ou “fraco”, consoante o ângulo de observação) que vejo em SVB. Numa perspectiva situação/problema à acção, acrescento uma proposta de trabalho.  

1 – Pessoas

Quem somos, hoje?

Andamos a contar mortos (é uma expressão do meu amigo e colega quando andámos, juntos, a fazer o levantamento e registo dos mortos provocados por uma doença fatal no séc. XVII, pelos registos paroquiais), fazemos livros sobre meia dezena de varões locais de nome sonante, escrevemos sobre momentos de glória do passado. Ainda existe margem para mais, mas já vamos com um quadro bem composto. Muito passado, pouco presente.

E se Dos Enxidros tivesse um registo biográfico dos SVB, residentes/ausentes, incluindo os descendentes, com uma pequena biografia individual (e o que fazem, que profissões)? Organizada alfabeticamente, permitindo pesquisa online e leitura.

Permite: conhecermo-nos, frequentarmo-nos (eu poderia recorrer, se houvesse por aqui um oculista ou um médico de especialidade lá das nossas bandas, ou comprar botões na retrosaria daquela senhora das Quintas), olear e expandir a “rede”.   

JMT

Um comentário:

M. L. Ferreira disse...

Uma ideia bem interessante, esta do JMT (fez-me lembrar o Marquês de Pombal, depois do terramoto), mas difícil de operacionalizar, adivinho.
Tratar dos mortos é fácil, porque existem muitos documentos à mão que se podem consultar quase sem sair de casa ou em arquivos específicos. Este desafio depende das vontades de muita gente. Já aqui no blogue foram feitas algumas tentativas. Eu mesma dei o meu contributo num artigo a que chamei “Somos todos primos”, identificando os descendentes do casamento de Maria Castanheira com José Carvalho, o seu segundo marido (tinha sido casada anteriormente com Lucas Martins e depois com António Prata), do qual descendo. Na altura desafiei a que outros acrescentassem alguma informação, mas não houve adesão à proposta.
Oxalá haja quem agora se aventure. Penso que teríamos algumas surpresas porque existem muitos Sanvicentinos ou seus descendentes com percursos de vida bem interessantes.
Há dias estive numa “Conversa com livros” onde foram apresentados três publicações da Câmara de Castelo Branco. Senti-me tão orgulhosa quando soube que o autor de um deles é um fotojornalista natural do Vale Figueira! E é lindo, o livro!
Também tenho andado com a monografia da Póvoa de Rio de Moinhos em mãos. Foi coordenada por uma pessoa especialista destas coisas, que mobilizou as pessoas mais conhecedoras dos muitos temas tratados. Uma dessas pessoas que mais e melhor contribuiu para o sucesso do livro também é da nossa terra.