segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Legislativas 2022


Mais uma vez, os resultados da nossa freguesia coincidiram com os resultados nacionais.

Aqui os deixo, sendo o primeiro valor o nacional, o segundo o concelhio (C. Branco) e o terceiro o local (SVB)

PS - 41,68%; 44,64%; 46,75%

PSD - 27,80%; 27,78%; 33,39%

CH - 7,15%; 10,93%; 5,23%%

IL - 4,98%; 2,97%; 0,54%

BE - 4,46%; 4,48%; 5,42%

CDU - 4,39%; 2,51%; 1,26%

CDS - 1,61%; 1,24%; 1,62%

PAN - 1,53%; 1,15%; 0,54%

L - 1,28%; 1.03%;0.54%

De notar que a nossa freguesia foi aquela em que o Chega obteve a mais baixa percentagem no concelho de Castelo Branco. Algo de que nos devemos orgulhar, pois significa um sinal de maturidade das nossas gentes, que não se deixam levar por campanhas baseadas na ignorância e na intolerância..

José Teodoro Prata

2 comentários:

José Barroso disse...

Tinha um texto muito mais abrangente, com uma análise a este ato eleitoral, mas acho que, pedindo desculpa se firo alguma suscetibilidade, direi apenas o seguinte:
Estas eleições eram escusadas! A ideia é generalizada!
O PCP e o BE, na minha opinião, não estiveram bem ao votarem contra o OE para 2022. O BE conseguiu, inclusivamente, em 2020, em plena pandemia, (quando ainda não havia ninguém vacinado!), votar contra o OE para 2021, arriscando, logo aí, uma crise política em cima de uma crise sanitária. Sendo, porém, certo que esta última não está ainda debelada. Longe disso! E, portanto, andar a brincar aos governos nestas circunstâncias, é inadmissível e irresponsável.
No fim, mercê do voto útil no PS que alcançou maioria absoluta, o BE baixou de 19 para 4 o número deputados; e o PCP passou de 12 para 6! E tudo isto em nome de uma pretensa fidelidade aos respetivos eleitorados !! Têm aí a resposta! Ambos os dirigentes (Catarina Martins e Jerónimo de Sousa) se devem demitir.
Outra coisa estranha que aconteceu nestas eleições foi a significativa votação no Chega e na IL que provocou a extinção do CDS e retirou muitos votos ao PSD.
É claro que as análises podem, eventualmente, ter outros contornos mais complexos: quem sabe se muitos eleitores, entre votarem no Costa ou no Rio, acabaram no Costa com medo de uma "geringonça" à direita (PSD, IL e, sobretudo, o Chega)?!
Mas é a votação naqueles dois partidos (IL e Chega) que mais lamento nestes novos tempos políticos em Portugal. Não tinham já o CDS?
Particularmente, no que diz respeito ao Chega, não só lamento, mas, sobretudo, temo. Porque o Chega, é um partido de gente ignara e, por isso, muito perigosa! Gente racista, xenófoba, defensora da prisão perpétua que Portugal se orgulha (assim como a pena de morte), de ter abolido há muito! Um partido que por estas e outras doutrinas, que defende no seu programa político, é uma organização que pretende fazer recuos civilizacionais em matérias que tão difíceis foram de conquistar! Uma força do mal que nem os seus próprios dirigentes lograrão controlar. Uma vez no poder e, mediante circunstâncias apropriadas, os líderes mais moderados, podem até ser ultrapassados e lançar o caos! É gente sem escrúpulos que utiliza a arma do populismo. E o que é o populismo? É a doutrina de realçar e exagerar o descontentamento (daquilo que corre menos bem na democracia). E já sabemos que nenhuma sociedade política é perfeita! É cavalgar esse sentimento das pessoas e exacerbá-lo até à mentira muitas vezes repetida!
Pelos vistos, parece que muita gente (a avaliar pela votação no Chega), não aprende com a História!
Abraços, hã!
JB

M. L. Ferreira disse...

Também concordo que é sinal de maturidade e algum bom senso da nossa parte não termos ido na conversa do Chega (pelas poucas conversas que tive com algumas pessoas, cheguei a temer que fosse pior), mas isso não impede que me sinta muito triste e preocupada com os resultados desse partido a nível nacional, até por oposição a outros que perderam muitos deputados e deixaram de ter grande peso na A.R.
Ainda bem que as noites eleitorais já não são como dantes e ficamos a saber quase todos os resultados da votação logo nos primeiros minutos. Cria alguma ansiedade é quando temos que esperar até quase ao fim para saber que o nosso voto não foi em vão e pode fazer alguma diferença. Acho que já estamos todos fartos de estar quase sempre atrás nas estatísticas e, sobretudo, sabermos que em Portugal ainda há tanta gente a viver com carências de toda a ordem, por serem velhos, doentes ou ganharem ordenados que não lhes permitem ter vidas com o mínimo de conforto.