quinta-feira, 6 de junho de 2013

Piscina

Anda grande azáfama, para os lados de São Francisco.
A Junta/Câmara comprou o pedaço da Quinta Nova frente ao posto da GNR.
Mesmo na esquina, está a ser construído o futuro posto desta corporação policial.
Logo a seguir, em direção ao Calvário, situar-se-á a piscina. Os balneários parecem ser mesmo nas traseiras do Calvário, com entrada pela rua de São Francisco, um pouco antes de chegar à capela.
Melhoramentos de vulto!


Posto da GNR


 Piscina


Balneários da Piscina

José Teodoro Prata
Fotografias de Dário Inês

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Procissão do Corpo de Deus

No passado domingo, por já não ser feriado.


Rosas e pétalas desfolhadas


Pela rua abaixo


Pálio do Corpo de Deus


Banda Vicentina
Luzita Candeias

terça-feira, 4 de junho de 2013

Dia da Criança na Praça



Fotos tiradas do facebook do Pedro Duarte

Dário Inês

domingo, 2 de junho de 2013

Cerejas

Este ano estão atrasadas cerca de uma semana. Ontem comprei-as no Chão da Bica e já estão madurinhas e doces, mas nas outras zonas menos abrigadas ainda não estão boas.
Como já referira aqui, o frio da Semana Santa fez estragos. Algumas variedades mais sensíveis não têm quase nada, sobretudo as que estavam em plena floração ou no fim dela, nos dias do frio.

José Teodoro Prata
Foto de M. L. Ferreira

sábado, 1 de junho de 2013

A propósito do Dia da Criança

Conta certa lenda, que estavam duas crianças patinando num lago congelado.
Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam despreocupadas.
De repente, o gelo quebrou e uma delas caiu, ficando presa na fenda que se formou.
A outra, vendo seu amiguinho preso e se congelando, tirou um dos patins e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo, por fim, quebrá-lo e libertar o amigo.
Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino:
- Como você conseguiu fazer isso? É impossível que tenha quebrado o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!
Nesse instante, um ancião que passava pelo local, comentou:
- Eu sei como ele conseguiu.
Todos perguntaram:
- Pode-nos dizer como?
- É simples - respondeu o velho - Não havia ninguém ao seu redor para lhe dizer que não seria capaz.
Albert Einstein

Ouvi esta história há muito tempo e, a propósito de “coisas” sobre crianças, reencontrei-a agora na internet (a par das Bibliotecas Itinerantes da Gulbenkian, a internet foi uma das melhores invenções dos nossos tempos).
É uma história tão simples e com uma mensagem tão clara que não necessita de qualquer comentário. No entanto gostaria de dizer que oxalá todas as crianças encontrassem, ao longo do seu caminho, alguém que acreditasse nas suas capacidades e as incentivasse a ir sempre mais além!
Eu tive o privilégio de ter tido a Dona Teresinha como professora na 3ª e 4ª classe. A ela, que acreditou sempre em mim, devo muito do que sou…

M. L. Ferreira


Algumas crianças de S. Vicente da Beira, cerca de 1966, à frente da música, como era costume.
Fotógrafo desconhecido.

terça-feira, 28 de maio de 2013

O Assobiador

Há já muitos, muitos anos, conheci um homem extraordinário. Um vicentino genuíno, muito alegre, que vivia e trabalhava em Lisboa: o ti Joaquim Caio. Acho que tio do nosso amigo Ernesto Hipólito.
O ti Joaquim Caio tinha uma pequena oficina de latoeiro, na Av. Miguel Bombarda, ali juntinho à Gulbenkian. E eu que, pelo fim dos anos 90, trabalhava na Av. da República e tinha a Marta e o Miguel na Escola Marquesa de Alorna, ficava-me em caminho, quando os ia buscar, passar pela oficina e, muitas vezes, à tarde, por esse facto, acabávamos por trocar dois dedos de conversa.
Muitas manhãs me cruzei também com ele, sem que me visse, nem eu lhe falasse, por causa das pressas. O que deveras me impressionava nele é que andava sempre com o assobio na ponta dos beiços, quer na rua, quer na oficina, e nessa altura já Lisboa era um inferno de correria e ruído. Mas ele, absorto na melodia, aparentava a mesma calma de quem se passeasse domingo à tarde na nossa praça vicentina.
Esta coisa do assobio era coisa que me impressionava, porque já não se via ninguém a assobiar, mas impressionava-me sobretudo, porquanto tinha o condão de me trazer à memória o meu tio Luís, no Marzelo, pela manhã, a assobiar que nem um lírio (devia ser que nem um melro), enquanto acomodava o ganau. Eu assistia regularmente àquela cena quando vinha da Serra para a Escola. Aquilo era um clik. A figura do ti Joaquim Caio a assobiar ali nas avenidas novas e de repente o Marzelo. A razão só podia ser o amor que tinha ao meu tio.
Então, certo dia, quem é que aparece no Correio da Manhã? O ti Joaquim Caio. Lá estava ele, na primeira página, refastelado numa cadeira de balanço. A foto destinava-se a ilustrar um artigo que recomendava aos idosos o exercício físico, pois que o movimento, dizia-se ali, tem a propriedade de obrigar o organismo a produzir endorfinas que são nem mais nem menos que um analgésico natural.
Ora, já tinha pretexto para lhe fazer mais uma visita e lançar-lhe uma provocação que tinha engendrado na minha cabeça. Passei lá à tarde e vai logo:
- Então o senhor agora que está rico ainda continua a trabalhar?
– Rico? Mas que porra de conversa é essa? Rico como?
– O senhor agora a fazer anúncios… Ganha-se bom dinheiro com isso, que eu sei. Quanto é que lhe deram?
– Mas tu és parvo? Não recebi nada. Os gajos pediram-me e não me custou nada. Disseram-me que ficava bem na foto e precisavam de um gajo já velho.
É bom de ver que os gajos eram os jornalistas do Correio da Manhã que, na altura, estava sedeado em frente da oficina, do outro lado da avenida, e deve dizer-se também que na porta ao lado da oficina havia uma casa de móveis. Portanto, foi canja ao fotógrafo fazer um boneco real, sem custos e logo ali.
Enquanto íamos conversando, lembro-me como se fosse hoje, o ti Joaquim ia dando voltas a um abat-jour que tinha preso entre os joelhos e que, pelo tipo de tecido de que era feito, devia ser mais ou menos da sua idade, tentando soldar os ferrinhos ao suporte central. A liga metálica devia ser ruim, porque a solda custava a agarrar. Vira daqui, vira dali. Umas pancadinhas para soltar a escória da solda. Um ferrinho que se desgarrara e volta a soldar. É quando reparo que pequenas partículas incandescentes de solda que não agarravam ao metal, ao cair, iam produzindo pequenos furos no tecido e o pobre do homem sem dar por ela
Acabada a operação, retira o abat-jour dos joelhos e aproxima-o do nariz para ver como é que o trabalhinho tinha ficado (já via mal, está visto) e é quando repara que o tecido estava todo furado. Vira-se para mim com o ar mais espantado do mundo e diz-me:
- Já viste as coisas que me pedem para arranjar. Esta merda está que nem um crivo de regador…para que é que quererão uma coisa assim?
Eu não tugi nem mugi. Mas gostaria, certamente, de poder estar presente aquando da entrega do abat-jour à dona. Porventura daria uma história bem interessante. Depois veio-me à memória uma expressão que a minha avó Santa lá na Serra usava muito, quando ela e a minha mãe conversavam: “Ó Maria, a velhice tudo nos traz, mas não é coisa boa”.
O pessoal da minha idade, que já passou pelos 50, começa a ter consciência dessa realidade, mas há que manter a serenidade. É que o destino de cada um de nós está em parte escrito nas estrelas e está provado que é impossível fugir-lhe totalmente. Apreciemos o que de bom ele nos dá. É a receita que vos deixo.

Maio de 2013.
Francisco Barroso

domingo, 26 de maio de 2013

A romaria da Senhora da Orada

Esteve um dia lindo. Missa e depois as merendas: ovos verdes, pastéis de bacalhau, carnes assadas..., tudo regado com a água fresca da fonte.
A seguir o rancho e depois a banda. Foi bonito, a condizer com as encostas tingidas pela flor amarela da giesta, em fundo verde escuro.






José Teodoro Prata