Adelino Costa
Enxidros era a antiga designação do espaço baldio da encosta da Gardunha acima da vila de São Vicente da Beira. A viver aqui ou lá longe, todos continuamos presos a este chão pelo cordão umbilical. Dos Enxidros é um espaço de divulgação das coisas da nossa freguesia. Visitem-nos e enviem a vossa colaboração para teodoroprata@gmail.com
terça-feira, 13 de março de 2018
sábado, 10 de março de 2018
Temporal
Parece o Cabo Carvoeiro, mas é o caminho entre o Caldeira e o cruzamento do Cabeço de Pisco
(para as Lameiras, Quintas...).
A chuva de ontem, sexta-feira, deixou o caminho no osso.
No Ribeiro de Dom Bento o ribeiro galgou o caminho e entrou-me no lameiro
(nada que não tenha acontecido no passado, por isso se chama lameiro).
No Cimo de Vila, a enxurrada levou muitos dos vasos que as pessoas colocam às portas.
Havia cacos até à fonte de Santo António.
Nos acessos à Senhora da Orada, em certos sítios, a água levou a calçada recentemente colocada.
A barragem do Pisco está cheia!
José Teodoro Prata
Faltou pouco para a água galgar o pontão para o Casal da Fraga!
De noite, terá chegado quase ao cimo.
Jaime da Gama
quinta-feira, 8 de março de 2018
terça-feira, 6 de março de 2018
Lagar do ti Albano
Fotos tiradas poucos dias antes de o lagar ser esvaziado.
(Após ter alertado para o estado em que se encontrava, foram lá e levaram tudo)
Uma camarada de 1971.
Dá-se um rebuçado por cada identificação dos presentes.
José Manuel dos Santos
segunda-feira, 5 de março de 2018
sábado, 3 de março de 2018
Campanha do azeite
Estamos no início de Março e claro a campanha da
azeitona/azeite está a terminar...
Roda do lagar do Major
Nesta época do ano, mês de novembro e princípios de
dezembro, com alguma variação das condições climatéricas, os campos enchem-se
de uma enorme agitação com ranchos familiares, amigos e vizinhos para fazerem a
apanha da azeitona.
Estamos no ano de 1980, eu com 10 anos, todos os dias ia levar o almoço e
jantar ao meu irmão Fernando que, com 13 anos, trabalhava no lagar do sr. Major, mesmo ali ao lado da horta do meu avô.
Era um lagar muito bem equipado e com um dos melhores acessos. O mestre era o sr. António Rodrigues (da Rosa) e mais três lagareiros: o Lino
(homem da Ramos), o Tó Relojoeiro e o meu irmão Fernando. O ganhão era o sr.
João da Resgate, sempre com o carro de bois a transportar a azeitona dos
ditos ranchos que andavam colher a azeitona.
O Lino era um homem com uma força bruta, quando chegava a azeitona em
enormes sacas que chegavam a pesar cerca de 100 Kg, era ele que subia aquela
escada para o piso superior onde se encontravam as tulhas.
O lagar trabalhava 24 horas sobre 24 horas, nos períodos em que havia mais
stock da matéria-prima. Os lagareiros dormiam no lagar durante toda a campanha.
Quando ia levar o almoço ao meu irmão Fernando, entrava no lagar e aquele
cheiro intenso e o calor da fornalha... Hoje digo que eram mesmo momentos mágicos
que nunca vou esquecer. Almoçavam todos juntos, mas sempre alguém com atenção à
rotina do lagar. Adorava explorar todos os cantos, mas com a autorização do mestre, e até ia deitar azeitona no pio, o que se fazia pelo piso superior.
O mestre sempre na sua zona a controlar todo o trabalho dos lagareiros e a gerir a separação do azeite para as tarefas e medir o azeite dos clientes para
as vasilhas que eram do lagar. O ganhão também tinha a responsabilidade de
entregar o azeite aos clientes que depois devolviam as vasilhas.
Havia
sempre homens que provavam as tradicionais tibornas e que eu também comia. Eram deliciosas! Um belo pedaço de pão torrado na fornalha e mergulhado no
azeite, era uma delícia.
No final do século XX, o método
tradicional de produção de azeite sofreu grandes alterações. As novas
tecnologias levaram ao processo de transformação contínuo, tendo-se assistido,
também, à mecanização na apanha da azeitona, ainda que em alguns locais
continue a ser efetuada manualmente.
As forças políticas desta maravilhosa vila e a cidade de C.B. nunca
pensaram em realizar um verdadeiro museu, aproveitando este belo lagar.
Em jeito de conclusão: Vale a pena pensar nisto...
Pio
Prensas
Tulhas
Nota: A
foto da roda do lagar é da minha autoria e as restantes foram retiradas da net.
Jaime da
Gama
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sexta-feira, 2 de março de 2018
Assim, sim!
De um lado e do outro da estrada.
Quem agora vê isto, nem imagina os matagais e silvados que ladeavam a estrada.
Limpou-se a floresta (sobreiros) e recuperou-se o olival!
José Teodoro Prata
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