sexta-feira, 29 de julho de 2011

No adro da Orada


Há anos, poucos, foram plantadas duas árvores de crescimento muito rápido, no adro da capela da Senhora da Orada. Estão enormes, já ultrapassaram os amieiros do ribeiro. Não sei como se chama esta espécie, mas não é autóctone da região.


Na década de 80, plantaram-se muitas árvores da mesma espécie, na cidade de Castelo Branco, mas já foram arrancadas quase todas. A zona em frente ao Hospital Amato Lusitano estava toda arborizada com elas, mas tiveram de ser retiradas, pois entupiam os aparelhos de ar condicionado com os fios finíssimos que largam durante a floração.
Este ano, no dia da romaria da Senhora da Orada, os fios eram como uma chuva miudinha que caía sobre as pessoas. O chão já estava branco, como ainda se vê nesta foto de terça-feira.
Estas duas árvores deviam ser também retiradas e no lugar plantar outra espécie de árvores mais adequada àquele ecossistema e menos nociva para a saúde (doenças respiratórias).
Nada que os serviços de jardinagem da Câmara não façam com uma perna às costas! Basta querermos.

Nota: A Susana Jerónimo enviou-nos, em comentário abaixo publicado, informação detalhada sobre esta árvore, chamada choupo-negro.

Um comentário:

Susana Jerónimo disse...

Primo Zé, quanto à espécie desta árvore trata-se de um choupo mais concretamente um choupo negro de copa aberta assim sendo deixo aqui as suas caracteristicas gerais:

Populus nigra L.

CHOUPO-NEGRO

Família: Salicaceae

Outros Nomes Vulgares: álamo, álamo-negro, almo, amieiro-negro.

O Choupo negro ( Populus nigra L.) é originário da Europa Oriental e Ásia Ocidental, mas tendo sido intensamente cultivado como ornamental, desde a antiguidade, encontra-se de tal modo naturalizado que é considerado autóctone na Península Ibérica.

Características Gerais: É uma árvore que pode atingir os 30 m de altura. O tronco é direito, com ritidoma acinzentado e liso quando jovem, tornando-se fendido longitudinalmente; copa aberta, clara ou fastigiada (alongada e estreita). As folhas são alternas, simples, caducas e com dimorfismo. As dos braquiblastos (ramos de crescimento limitado) , rômbicas, amplamente acunheadas ou mais ou menos arredondadas na base; as dos macroblastos (ramos longos), ovado-triangulares ou ovado-romboidais. As flores surgem em Março, são unissexuadas, agrupadas em espigas (amentilhos) pendentes e precoces. O fruto é uma cápsula, sem pêlos, com numerosas sementes pequenas e com penachos de pêlos. Esta característica faz com que, quando dessiminadas, formem um tapete esbranquiçado, no solo à volta da árvore. Por este motivo, as árvores masculinas são preferidas nos locais públicos, pois além do incómodo estético, perturbam as pessoas que sofrem de alergias e asma.

O choupo negro encontra-se nas margens das linhas de água , associado, com frequência, a ulmeiros, salgueiros e freixos; também se encontra em terrenos de solo profundo e fresco com um nível freático acessível e cultivado como árvore de alinhamento ao longo dos caminhos. Prefere os solos soltos e leves e necessita de muita luz, não tolerando a sombra.

fonte: BIOREDE - Diversidade Vegetal