sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O livro em Castelo Branco

O meu livro vai ser apresentado em Castelo Branco. É na próxima sexta-feira, 14 de dezembro, pelas 18 horas, na Biblioteca Municipal.
Desejo que seja um importante momento de afirmação da identidade da região entre Castelo Branco e os cumes da Gardunha. Por mim, fiz o melhor que pude: escrevi o livro, convidei dois dos maiores vultos da cultura regional para o apresentarem (Adelaide Salvado e Pedro Salvado) e desafiei produtores a virem dar a provar os seus produtos: Águas Fonte da Fraga, Queijos Veríssimo e Vinho da Quinta da Arrancada, além do nosso pão e das nossas filhoses.
Aos leitores do blogue, peço que publicitem a iniciativa junto das pessoas da nossa região (freguesias de São Vicente, Louriçal, Ninho, Tinalhas, Freixial e Póvoa), sobretudo dos que vivem em Castelo Branco.


Sinopse
Foi há cerca de 250 anos.
Em Tinalhas, vivia Teodoro Faustino Dias, que casou com Maria Cabral de Pina, do Violeiro, filha do Sargento-Mor Domingos Nunes Pousão. Teodoro Dias foi alferes da capitania de Tinalhas. Era o maior criador de gado bovino no concelho, 31 cabeças. A sua filha Eusébia Dias Cabral casou com António Meireles Gramaxo, do Fundão e Soalheira, os quais deram origem à Casa Viscondes de Tinalhas. Teodoro Faustino Dias tornou-se presbítero, após enviuvar, perto dos 50 anos, e foi cura do Freixial.
O Pe. João Antunes era natural do Casal da Serra, onde fiscalizou a capela devotada a São João Baptista, particular dos irmãos Duarte Ribeiro. Foi o capelão de São Tiago, pago pelos vizinhos dos montes da charneca que se fintavam para lhe fazerem uma côngrua, a troco de assistência religiosa. Os espanhóis levaram-no preso, na Guerra dos Sete Anos.
Ana Maria do Carmo nasceu em Castelo Branco e casou com o Dr. Diogo José Pires Bicho Leonardo, natural de Tinalhas, mas residente no Ninho. Enviuvou cedo. Morava na Praça e era dona de uma azenha, no Freixial, e de um lagar confrontante com a ervagem do Vale do Curro.
O Pe. Manuel Marques era natural do Louriçal, já fora cura do Freixial e era-o então do Sobral. Ensinava Gramática aos filhos de parte da elite local: dos Duarte Ribeiro do Casal da Serra e dos Ramos Preto do Louriçal, mas originários do Sobral.
O tribunal e a cadeia eram na Câmara da Vila. Os pais cujos filhos sujassem a água do chafariz passavam 8 dias na enxovia dos presos e das presas. E quem colhesse uvas ou figos, em vinha alheia, pagava de coima 500 réis (Manuel Henriques andou um dia ao entulho, para as calçadas, e recebeu 150 réis).


2 comentários:

Anônimo disse...

Votos de excelente jornada, ZTP.
jmteodoro

Anônimo disse...

Um trabalhador imparável. Desde pequeno. E o mundo avança é com obra,
não com o sonho, senão quando se converte em obra. Parabéns José.
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