quinta-feira, 12 de março de 2015

Património



Dizem-me que esta imagem tem os dias contados. O último piso da casa à esquerda ameaça ruir e a Câmara vai demoli-la (a casa do Coronel) e as que estão encostadas a ela, a norte (onde moraram os Jerónimos, pais e irmãos da Menina Ilda) e a oeste (na Rua da Misericórdia), todas propriedade da Igreja.
No seu lugar, toda a lateral da Igreja da Misericórdia e toda a frente do adro da Igreja Matriz, vai nascer um parque de estacionamento. Esta tem sido uma prática corrente da Câmara, em Castelo Branco, e com ótimos resultados (adquire-se uma zona degradada, faz-se a demolição e usa-se o espaço para estacionamento).
Agora pretende-se aplicar o modelo à zona histórica da Vila. Fiquei de boca aberta. Não sou um fundamentalista do património, nem me arvoro em seu defensor oficial, mas:
- Vamos alterar definitivamente o coração de uma povoação que desde a fundação da nacionalidade tem a configuração atual. Há até um estudo que aponta para uma origem romana de São Vicente da Beira, pois a nossa praça, como centro geográfico, político, religioso, comercial e de convívio, e todo o traçado das ruas refletem o modelo romano de construção de cidades.
- Por outro lado, a recente requalificação da Praça e do espaço envolvente respeitou esse património urbanístico; tem-se tentado preservar esse património por toda a povoação; e a Rua da Misericórdia, que agora se quer alterar, é a artéria mais medieval da nossa terra (quase ninguém por lá passa, experimentem).
Cerca de 1970, um grupo de notáveis repensou a nossa praça e decidiu pela demolição do coreto, em mau espaço e a tirar espaço livre à praça, e a fonte de São João de Brito (cujo tanque vazava por todo o lado), construída menos de 30 anos antes, mas que se tornara o centro dos festejos do São João e ganhara grande simbolismo na nossa cultura local. Foi um deus nos acuda, com toda a gente a protestar e a atirar as culpas para o Pe. Branco, talvez por ser o que, na altura, tinha as costas mais largas. Ainda hoje há lamentos e discordâncias. Queremos criar mais um caso, para termos do que falar nas próximas décadas?
Tenho grande estima, pessoal e como cidadão, por todos os envolvidos neste processo: presidente da Câmara e vereadores, membros da Junta de Freguesia e toda a Comissão Paroquial. E tenho a certeza de que todos estão com as melhores intenções. Mas penso que se devia repensar a questão, nem que seja para depois concluir que a esmagadora maioria das pessoas quer um parque de estacionamento no centro da Vila, em vez de um património arquitetónico e histórico que “não serve para nada”. Embora tenha dúvidas sobre o direito de uma geração alterar o que dezenas e dezenas de gerações anteriores nos legaram, ao longo de tantos séculos.
Sei que falta estacionamento no centro da nossa terra, mas a tendência atual é a de tirar os carros dos centros urbanos e não metê-los lá. Lisboa é a nossa tragédia que confirma o que aqui defendo. Altos níveis de poluição e um trânsito que não flui, porque não há capacidade, nem discernimento, para parar os veículos que vêm de fora em grandes parques exteriores à cidade, levando depois as pessoas em transportes públicos. Isto já se faz em muitas cidades europeias.
Por outro lado, penso que São Vicente tem falta de espaços construídos, nomeadamente:
- Um centro paroquial que centralize a catequese, encontros religiosos e outras atividades da Igreja.
 - Um museu de arte sacra que centralize toda a arte religiosa das várias instituições, num espaço seguro, com condições adequadas de luz e humidade e com pessoal habilitado para o preservar e o explicar aos visitantes. Temos de assumir que o museu da Misericórdia falhou e que temos de atuar noutros moldes.
Qualquer destas hipóteses é válida, embora me incline para a segunda, pois sempre disse que a arte sacra é a nossa galinha dos ovos de ouro e porque a estamos a deixar degradar.
Claro que nem a Igreja, nem a Junta têm posses para tal. E sei que é mais fácil falar (neste caso, escrever) do que arranjar soluções, sem ter dinheiro. Mas vale a pena repensar tudo, nem que seja para depois concluir que queremos mesmo um parque de estacionamento. Mas então teremos de assumir a opção e deixar de encher a boca com o valor e a defesa do nosso património.

José Teodoro Prata

16 comentários:

Xisto disse...

Estive pela primeira vez em S. Vicente da Beira numa noite do fim de semana passado. O que vi, e só vi parcialmente, tem muito carácter: o xisto e o granito
juntam-se aqui e acolá harmoniosamente. No entanto, parece-me, faltam projectos de recuperação mais consistentes e programas de salvaguarde que evitem a descaracterização.
Compreendo as preocupações de José Teodoro Prata. Aconselharia uma reacção da comunidade, sob forma associativa, abaixo-assinado, ou qualquer outra, que possa combater decisões autárquicas nocivas do valor cultural e patrimonial da vila.

Anônimo disse...

Penso que na nossa terra tem vindo a acontecer, desde há alguns anos, aquilo que tem acontecido por todo o país, principalmente nos grandes centros urbanos: tem-se privilegiado a construção nova em vez de reabilitar o que já está edificado e precisa de ser preservado. O resultado disso tem sido, no caso da nossa Vila, terem aparecido construções completamente descontextualizadas do que é a nossa tradição e, por outro lado, muitas casas antigas estarem em ruínas, muitas já no chão. Quando passamos em algumas ruas e largos, até nos dói a alma.
Mas felizmente também há alguns bons exemplos! Oxalá seja o caso do futuro da casa do Coronel (não era também da Barqueira?) e que, mesmo que por questões de segurança tenha de ser demolida, no seu lugar não surja um parque de estacionamento.
E, já agora, se querem deitar, abaixo porque não começam pelo barracão do Quintalinho?

M. L. Ferreira

José Teodoro Prata disse...

Segundo me explicaram, o projeto inclui a demolição do barracão e o arranjo da casa paroquial, "a troco" do espaço das 3 casas da Igreja.
Eu preferia que a Câmara recuperasse as casas para a Igreja e, em troca, esta desse o espaço do barracão para as traseiras da casa mortuária e das casas de banho, a fim de aí fazer o estacionamento.

Anônimo disse...

Lembrem-se: vão passar a estacionar os vossos popós sobre os ossos dos vossos antepassados. Literalmente. Só posso lamentar...

Ernesto Hipólito disse...

Dizia o Herman José:
- As opiniões são como as vaginas, quem quer dá-las, dá-las!.
Estive para não opinar sobre esta questão mas vivo aqui há 61 anos e isso obriga-me, olhando o dia a dia, a dizer o seguinte:
A casa do Sr. Coronel Barreiros, irmão da Dona Isabel "Barqueira", não é uma casa antiga como acontece com a do Hugo Gonçalves "Fuinha" que na Rua da Misericórdia se encontra a seguir e que data de 1685.
Sempre achei que o adro da nossa igreja não era espaçoso como requer uma igreja matriz com a envergadura da nossa.
Quando nos anos sessenta do século passado se demoliu a taberna do Zé Canhoto pai da Menina Ilda para abolir o estrangulamento da Rua da Igreja, o largo ficou um pouquinho melhor mas achei que não era suficiente.
Não sou apologista de um parque de estacionamento. Hoje, regressando de Castelo Branco, não vi um único carro em frente à igreja. São situações sazonais. Penso que felizmente esse problema da poluição não se põe em S. Vicente e eu sou muito esquisito com essas coisas.
A fotografia que o Zé Teodoro pôs não seria uma beleza se em vês de aquela casa em ruínas se vissem as duas igrejas no seu todo?.
Não sabia que a zona a demolir era antigamente um cemitério. Como é que deixaram construir ali?.
Em relação à casa paroquial e ao espaço onde se encontra, ainda não morreu quem assistiu à doação daquele espaço para o povo de S. Vicente da Beira, não para a paróquia.

E.H

José Teodoro Prata disse...

Ernesto:
1. A casa do Coronel Barreiros será do século XIX.
2. Fotografia: a casa a demolir está velha, mas acho aquele enquadramento do mais belo que há em São Vicente.
3. Quase de certeza que não se cosntruiu em cima do cemitério do adro. Dada a grande proximidade da casa do Coronel com a parede da Misericórdia,acho que já ali existiriam habitações antes de se construir aquela casa. Por isso é que escrevi sobre a demolição alterar a malha urbana da Vila.
4. É verdade que a demolição originaria um adro amplo para a Matriz e para a Misericórdia, mas se estiveram assim tantas centenas de anos, para quê alterar agora?
5. Como autor do texto, agradeço-te o comentário: não pretendo, de modo nenhum, criar uma polémica, mas sim uma reflexão.

Ernesto Hipólito disse...

Zé Teodoro.
Tens que ter paciência rapaz.
Este meu complexo pombalino, esta ideia de alargar não me passa.
Estive a ver a fotografia com outros olhos; de facto a nossa terra é maravilhosa.

E.H.

Anônimo disse...

Gostei muito da fotografia que encima o texto. Acho que deve ser das melhores vistas da nossa terra, comparável às medinas de algumas cidades de Espanha ou do norte de África, ou de alguns bairros mais antigos de Lisboa, como Alfama ou a Mouraria.
Não gosto muito de provérbios, mas às vezes dão jeito. Neste caso acho que podemos dizer que “Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão”. Isto no sentido em que, na situação de quase miséria em que nos encontramos a nível local e nacional, o mais fácil é deitar abaixo. Talvez não tenha que ser assim…
Se calhar, em vez de estarmos para aqui, que ninguém nos vê nem ouve, a dar palpites, porque é que não nos juntamos para dizermos de nossa justiça, e pedirmos que nos ouçam nas decisões que vierem a ser tomadas, como sugere o primeiro comentador?

M. L. Ferreira

Anônimo disse...

E esta comunidade de escribas consegue ou não fazer um escrito para a Câmara, Junta de Freguesia, Assembleia Municipal e Assembleia de Freguesia a dar conta de que o estacionamento não nos faz falta – já temos parqueamento que chegue na Senhora da Orada, para utilizar um dia por ano. Por mim, vou escrever – as cartas seguem na 2ª feira pelo correio. JMT

Anônimo disse...

Pelo que tinha percebido, o objetivo era fazer um largo, mas não parque de estacionamento, se for, não concordo. Também acho difícil recuperar a casa que já quando eu morava nessa rua, há 20 anos atrás, tínhamos medo que ruísse por possuir já grandes saliências e rachadelas. Também pelo que sei, a Junta cada vez tem menos recursos financeiros e humanos ou poder de decisão. Qualquer obra ou reparação, por menor que seja, tem de passar pela Câmara.
Relativamente aos últimos comentários, devo acrescentar que, quando me convidaram para secretária da Assembleia de Freguesia, achei que não estava à altura do cargo e disseram que não dava trabalho nenhum, pois raramente aparecia alguém nas reuniões.Por incrível que pareça, constatei que era verdade, raramente aparece alguém e, quando aparece (geralmente das anexas), é para informar de que está um muro prestes a cai, uma árvore que precisa de ser cortada, ou um caminho para limpar ou calcetar, nunca preocupações com o património. Se as mesmas não chegarem lá, o presidente não as poderá transmitir à Câmara.

M.ª da Luz Teodoro

José Teodoro Prata disse...

Outras achegas:
1. Ainda não percebi se a ideia é mesmo fazer um estacionamento ou um largo onde depois se estaciona, como agora acontece no adro da Igreja. A pessoa que me informou, falou em parque de estacionamento. Em termos práticos, é quase a mesma coisa.
2. Como referi, em Castelo Branco tens-se demolido para estacionamento, mas nunca na zona histórica, onde a Câmara adquire casas para as reconstruir.
3. Admito que a Junta tem um caso bicudo em mãos, ainda por cima tendo sido a única a agarrar um problema que se arrasta há dezenas de anos. Não tem dinheiro para resolver o caso (e a Igreja também não), mas arrisca-se a ficar na História como a única Junta que alterou, em centenas de anos, a malha urbana da Vila.
4. No caso do edifício da banda, NUNCA pensei que a Câmara projetasse um novo edifício sem respeitar a nossa arquitetura tradicional (pedras de granito nas portas e janelas). Soube depois que as colocaram no rés-do-chão por intervenção direta da viúva do Jerónimo (quem sai aos seus...), junto do Presidente da Câmara. Isto deixa-me preocupado, eu que sou um confiante (ingénuo) por natureza. Este desprezo da Câmara pelo nosso património só torna ainda mais difícil a tarefa da Junta, como nosso representante.
5. No primeiro mandato do João Prata, escrevi à Junta a oferecer a minha colaboração, sempre que precisasse, e a colocar algumas questões. Fiz o mesmo com esta Junta, desta vez pessoalmente. Por isso e porque tenho amizade e confiança no trabalho dos membros da Junta, tenho dificuldades em criar um movimento popular em defesa do nosso património, pois, para mim, é lógico que a Junta o faça sem precisar de movimentos paralelos. Mas a história da casa da banda dá razão ao desafio da Libânia e do JMT.

Tó Sabino disse...

Esta “questão” acaba por ser uma falsa questão. Pelos vistos ninguém sabe ao certo o que se vai fazer com aquele espaço. Sei apenas que será para construir umas casas de banho públicas e um espaço de guarda dos utensílios de limpeza urbana. Não me falaram em estacionamento. Mas mesmo a haver, o espaço não permite um número de carros que nos preocupe em termos de poluição. Além disso apenas se especula e não se chega a nenhuma conclusão. Para quê levantar esta questão e tentar especular se não se conhecem as intenções de quem decide? Acho que as construções a demolir, não serão assim um património tão importante já que a sua construção e traça, denotam tratar-se de casas dos anos 20/30 do século passado, como tantas outras ao abandono. Só quem vive e calcorreia as ruas do cimo ao fundo da vila, poderá constatar as inúmeras casas abandonadas e muitas delas a precisar de serem demolidas porque apenas são um monte de lixo . E como a sua recuperação parece não ser possível e como não aparece alguém que a queira suportar, pergunto: será melhor uma casa em ruínas a cair e um monte de lixo, ou requalificar aquele espaço que permita ver em simultâneo a Igreja Matriz e a Igreja da Misericórdia? Por mim, sou a favor da demolição, um espaço de lazer, se possível sem carros.
Gostava que nos fosse facultado o acesso a esse estudo que aponta para a romanização de São Vicente da Beira.
O património, TODO o património deverá ser sempre respeitado e protegido sem que se dê mais importância a este ou aquele. No que respeita ao GEGA e à minha pessoa, somos pela defesa intransigente de todo o património, tanto que já fizemos um levantamento fotogramétrico de toda aquela zona e também de todos os pormenores arquitectónicos do edifício, já muito degradado e em vias de colapso iminente. Ao mesmo tempo já contactámos com a Direcção Regional de Cultura do Centro para saber se existe algum projecto aprovado ou para aprovação sobre a demolição e requalificação do espaço. Recordamos que estas duas casas estão em zona de protecção gerada pelo Pelourinho, que, como sabem, está classificado como Monumento de Interesse Público e que por lei, é proibida qualquer intervenção sem a devida autorização.
Sobre as “vistas actuais” daquela rua, não há dúvida de que dá uma foto bem bonita mas só para a Torre. Do lado esquerdo é degradante ver aquela parede.
Como no próximo mês de Abril vai haver Assembleia de Freguesia, aproveitem e vão até lá e ponham à discussão este assunto. Ou se preferirem, como é sugerido, porque não fazer uma reunião com todos os queiram participar e contribuir para uma melhor solução para aquele espaço?
GEGA/António José (Tó Sabino)

Anônimo disse...

Já são doze os comentários sobre o tema supracitado. Há uns tempos quando soube fiquei preplexo nada disse, mas tenho andado a matutar no problema em causa
Não acredito que queiram demolir uma casa centenária; (a porta principal e a pequena janela que se encontra ao lado julgo que é quinhentista!)
Quanto à casa da "menina Ilda" e do doutor Barreiros...
Só pode ser brincadeira de mau gosto(os romanos andaram por cá)
Não podemos deixar que se corte mais um "naco" à malha hurbana medieval da vila; basta...
Temos que nos opor ao camartelo.(capelas de São Domingos, Santo André,convento, fonte da praça, casas descaracterizadas(colocação de azulejos em frontarias,varandas destruidas, muitas vezes substituidas por mamarrachos de cimento...)O património material e imaterial a pouco e pouco vão desaparecendo da face da vila
Não faltam lugares por ai
Porque não a paróquia entregar a actual casa paroquial e todo o espaço envolvente à câmara municipal alargando-se desta maneira o Largo Francisco Caldeira(Fonte Velha), em troca a autarquia requalificava a casa do coronel e as outras duas, onde ficariam instalados todos os serviços paroquiais (salas de catequese, um salão multiusos, instalações para o pároco e outras...
O que é que acham!
Como disse um dia o grande Fernando Pessoa: Deus quer, o homem sonha e a obra nasce.
P.S. A actual casa paroquial a camâra dar-lhe-ia o destino que entendesse ser o melhor.
J.M.S

José Teodoro Prata disse...

1. Tó Sabino: acho que não é uma falsa questão, antes pelo contrário. E se achas, porque pediste informações à Direção Regional da Cultura do Centro?
2. Poluição: há de muitos tipos.
3. José Manuel: ótimo contributo, só não concordo com a alienação da casa paroquial. Onde viveria depois o pároco? E acho que se devia centralizar toda a arte sacra, num mesmo local. Não é o mais correto, mas o mais seguro.
4. Sem tempo nas próximas semanas, fiz o mesmo que o JNT: escrevi à Junta e à Câmara, dando o meu contributo para a questão.

Tó Sabino disse...

Para mim continua a existir uma falsa questão. Senão vejamos.
Se a casa fosse quinhentista todos os portados seriam dessa data. Apenas a porta principal e uma janela têm traça quinhentista (ver as fotos que mando). Depois há as argamassas usadas nas paredes que nada têm a ver com essa época. Que se tenham aproveitado materiais daquela altura, e que a casa é bem mais recente, já é fácil de aceitar. Claro que é uma pena deitar aquilo abaixo, mas quem é que se chega à frente com disposição para investir umas centenas de milhares de euros? Quem? Temos que ser realistas e aceitar que não vai aparecer seja quem for que o faça. Por isso, vale mais um largo limpo do que uma fachada suja, degradada, tecto quase a cair, etc. A nossa terra não pode sobreviver com lamentações e discussões. É preciso que se faça e que apareça quem o faça.
Quanto ao património, vamos lutando por ele, pelo que ainda vale a pena lutar. E sobre o Imaterial, J.M.S. (?) o GEGA há quinze anos que o anda a recolher e a preservar, mesmo que haja quem não o reconheça.
A informação que foi pedida à Direcção Regional de Cultura do Centro, apenas serve para se saber se não se vai cometer mais um atentado ao Património de nossa terra. E tens toda a razão, José Teodoro, poluição há muita e até de mais.
E na próxima Assembleia de Freguesia, há que aparecer por lá e discutir estes problemas com quem de direito. Eu lá estarei.
António José / Tó Sabino

Anônimo disse...

Por ser uma Zona é protegida,(núcleo central da povoação) pelas técnicas atuais de construção e por ser uma rua das mais singulares da Vila não faz sentido, a demolição. A saída mais fácil, deitar abaixo, claro está.
Mas num pais em que se deixa chegar ao estado a que chegou o Conservatório Nacional e tanto património belíssimo em total estado de abandono, Estão à espera de quê? Mexam-se...
FB