quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Há que tempos...



Eu, O Povo 
(letra de Barnabé João/ Música de José Afonso e Fausto) 

"Eu, o Povo
Conheço a força da terra que rebenta a granada do grão
Fiz desta força um amigo fiel

O vento sopra com força
A água corre com força
O fogo arde com força

Nos meus braços que vão crescer vou estender panos de vela
Para agarrar o vento e levar a força do vento à produção
As minhas mãos vão crescer até fazerem pás de roda
Para agarrar a força da água e pô-la na produção
Os meus pulmões vão crescer soprando na forja do coração
Para agarrar a força do fogo na produção

Eu, o Povo
Vou aprender a lutar ao lado da Natureza
Vou ser camarada de armas dos quatro elementos

A táctica colonialista é deixar o Povo ao natural
Fazendo do Povo um inimigo da Natureza

Eu, o Povo Moçambicano
Vou conhecer as minhas grandes forças todas."

José Teodoro Prata

5 comentários:

Jaime da Gama disse...

José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos, mais conhecido por Zeca Afonso, filho de um Juiz natural do Fundão e de uma Professora Primária natural de Ponte de Lima.
As sua canções deixaram marca...

(Aveiro, 2 de Agosto de 1929 — Setúbal, 23 de Fevereiro de 1987)

Jaime da Gama disse...

José, sou um seguidor do teu Blogue e hoje quando li o Post de quinta-feira, 24 de dezembro de 2009 "Zé Nicho", há um engano nas data quase tenho a certeza absoluta.
O José diz: "Conheci o Ti Zé Nicho nos anos da minha adolescência, pelos inícios dos anos 70, os desta crónica. Só o via uma vez por ano, precisamente nesta noite de Natal, e desconheço o seu nome completo e a que família pertencia. Morava nas cercanias da fonte de Santo António e chamava-se José, o que adivinho pelo diminutivo com que o identificávamos. Era carvoeiro e foi a sua sabedoria que garantiu o acendimento da fogueira de Natal muitas vezes, algumas presenciadas por mim.
No ano em que fui às sortes, com a malta de 1957, já teria falecido ou estaria doente, pois não me lembro dele, em redor da fogueira de Natal.
Este ano, o tempo anda igualmente invernoso e bem dava jeito à malta da fogueira tê-lo por perto. Mas os tempos também mudaram muito e agora há dinheiro para comprar combustíveis altamente inflamáveis, com que se regam os madeiros, em caso de necessidade.
Modernices, havia de ralhar o Ti Zé Nicho.
Eu sou de 70 e lembro-me perfeitamente do Ti Zé Nicho, deve ter falecido nos finais da década de 70.
Jaime Gama

Anônimo disse...

1957 deve ser gralha ou erro de simpatia (creio que será o ano do nascimento do autor do blogue). Nasci em 1955 e lembro-me bem do Ti Zé Nicho e de o ver chegar á noitinha com as sacas de carvão às costas, da Ti Lígia, a mulher, e do filho que, se a memória não me trai, se chamava André. Moravam numa casa ao lado da dos meus pais, a meio da rua de S. Francisco. A deles, ligada à nossa, é agora a casa da Joana e do João Rodrigues (Chadão). Bela vizinhança, não fosse, de vez em quando, o Boche resolver aterrorizar-nos da janela da casa onde morava, logo a seguir às nossas. Hoje penso que tinha razão porque passávamos o tempo a fazer troça dele.
Sobre o José Afonso: sempre lindas, as suas cantigas. Pena o paradoxo de que, passados trinta nos após a sua morte (como o tempo passa!), alguns temas continuem a ser tão atuais…

M. L. Ferreira

José Teodoro Prata disse...

Com o primeiro comentário, achei que eu é que tinha razão, com este segundo, já penso que estarei equivocado. Eu explico: como nasci em 1957, pertenço à malta de 1957, é a minha "geração". Terei ido às sortes em 1976. Posto isto, sou da malta de 57 ou de 76? Se fizer um almoço com a rapaziada do meu ano, somos os de 57!
Foi este o meu raciocínio.

Anônimo disse...

Zeca Afonso foi uma pessoa simples, como simples são todos os grandes Homens e Mulheres
Criativo, espontâneo, tanto cantava nos grandes palcos como em cima da caixa de um tractor
José Afonso foi um verdadeiro humanista, sonhador, sedento de liberdade
Grândola Vila Morena, Os Vampiros, Senhora do Almortão, Venham Mais Cinco...
J.M.S