quarta-feira, 28 de novembro de 2018

108.º Aniversário. Parabéns!

A Banda Filarmónica Vicentina, comemorou, no dia 18 de Novembro, o seu centésimo oitavo aniversário. A Filarmónica de São Vicente da Beira foi fundada pelo padre João Fernandes Santiago em 1910; Valério de Paiva Boléo, foi o seu primeiro regente. Brevemente será aberto ao público o bar da banda que se chamará “taberna do T`i Valério
Os executantes desse tempo eram maioritariamente artesãos: alfaiates, sapateiros, barbeiros, latoeiros, pedreiros…
Tempos épicos, não havia as facilidades de transporte que há hoje, deslocavam-se a pé ou em carroças, palmilhavam montes e vales merenda às costas para abrilhantarem festas e romarias.
Dormiam em palheiros, comiam do mesmo alguidar, quantas histórias e peripécias vividas!
São tantas a localidades onde atuou a banda vicentina: Beiras, Alentejo e até Espanha. 
Recordo o mestre Joaquim dos Santos Ribeiro, natural desta vila, que durante muitos anos regeu a Banda de São Vicente da Beira.
A direção presidida pelo senhor João Barroso convidou a banda União de Santa Cruz da Aldeia Nova do Cabo. Pelas onze horas, o padre José Manuel, pároco de S. Vicente da Beira, iniciou a eucaristia solene. Alguns elementos da banda com seus instrumentos, o coro paroquial juntamente com o coro da Aldeia Nova do Cabo participaram cantando.
Finda a eucaristia, bandas, entidades e demais convidados dirigiram-se à sede da Sociedade Filarmónica onde conviveram e esperaram que chegasse o senhor Vice-Presidente da Câmara, coronel José Augusto.
Festivamente as bandas desfilaram por algumas artérias da localidade em direção ao salão da Casa do Povo. Chegou a hora de retemperar forças, um opíparo almoço com saborosas vitualhas… antes procedeu-se à cerimónia da colocação de uma fita comemorativa que o presidente da banda vicentina pôs nas bandeiras das duas filarmónicas; não esqueceram uma jovem executante, depois de um ano de aprendizagem passa a fazer parte dos executantes da banda.
João Barroso, presidente da filarmónica vicentina, agradeceu a presença da banda de Aldeia Nova, entidades presentes e convidados; a certa altura frisou que existem cinco bandas no concelho, sem a ajuda da Câmara certamente muitas não sobreviveriam, é um bom sistema, apoiar as bandas; muitos passaram pelo conservatório, os mestres regra geral são licenciados. Centenárias estas duas bandas; a Filarmónica da Aldeia Nova do Cabo tem a proveta idade de duzentos e dezasseis anos, a banda Filarmónica Vicentina, cento e oito anos, frisou o presidente João Barroso.
Senhor Luís, mestre da Banda União de Santa Cruz, começou por felicitar a banda aniversariante que regeu durante dois anos; onde fui bem recebido, o povo sempre me acarinhou, desejando as maiores venturas, entregou uma lembrança.
O presidente da Junta, senhor Victor Louro, e diretor da Filarmónica, agradeceu a presença do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, da banda União de Santa Cruz e demais convidados. Tenho acompanhado a banda de São Vicente, recentemente estivemos na cidade de Pinhel onde participámos num encontro de bandas, a “nossa” era aquela que tinha menos elementos.” São poucos, mas são bons”; diziam as pessoas. Da parte da Junta de Freguesia continuaremos a dar todo o apoio possível, o meu agradecimento à banda convidada, saiam de São Vicente com a noção de que foram bem recebidos.
O senhor Vice- Presidente da Câmara, em nome do senhor presidente, agradeceu o convite; em oito dias, vim aqui duas vezes, temos acarinhado as terras do concelho, já vim muitas vezes a São Vicente da Beira, o presidente da Junta andou a estudar comigo, outras pessoas fizeram parte da minha formação.
É com afetos que se fazem as coisas, há oito dias estivemos na apresentação de um livro sobre a primeira guerra mundial, fico sempre sensibilizado com a presença das pessoas, é muito gratificante lembrar a nossa história coletiva. Cumprimento o senhor presidente da Junta por todo o apoio dado às associações da freguesia. As instituições das freguesias podem sempre contar com a Câmara Municipal de Castelo Branco.
Duzentos e dezasseis anos, o dobro da banda de São Vicente da Beira é obra. Castelo Branco também se orgulha quando a banda se desloca a tantos lugares como aconteceu com a deslocação à cidade de Pinhel.
Castelo Branco pode orgulhar-se da sua escola. A ESART é uma referência a nível nacional e internacional; com os seus dezanove anos é um marco extraordinário na aprendizagem e divulgação da música, seja pela sua capacidade ou pelo desempenho dos alunos que a frequentam.
Para o ano cá estaremos para comemorarmos os cento e nove anos, cada vez mais fortes e mais unidos. Em nome do senhor presidente, os meus agradecimentos, continuação de um bom trabalho, sinal de que as instituições são perenes.

José Manuel dos Santos

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