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terça-feira, 28 de novembro de 2017

Gente nossa

O Padre José Antunes, meu colega e amigo do tempo do seminário do Tortosendo, nas suas andanças pelo mundo «Em Macau, ao visitar a igreja do Seminário de São José, na fachada da entrada vi uma lápide que menciona o bispo João Ramalho. Como ele era natural de São Vicente da Beira  tirei uma foto.»
E enviou-ma, pois ele, natural do Maxial do Campo, também visita o nosso blogue.




Diz-se que quem não sabe latim fica assim, mas não é verdade, pois o latim é a nossa língua-mãe e por isso parecido com o português.
Transcrição das 7.ª, 8.ª e 9.ª linhas: 
D.(?) Dom João de Deus Ramalho Sociedade de Jesus
Bispo de Macau
Ano de 1953

José Teodoro Prata

sábado, 17 de dezembro de 2016

O Pe. Tomás

No dia 11 de Novembro de 1888, nascia na vila de São Vicente da Beira um menino, Tomás da Conceição Ramalho. Filho de Antónia do Carmo Ramalho casada com o senhor João José Ramalho.
Depois de passar a sua meninice calcorreando as ruas da vila, ingressou nos seminários diocesanos. No dia 21 de Janeiro de 1913, foi ordenado sacerdote na vila de Fornos de Algodres. Celebra a primeira missa na sua vila natal, no dia 7 de Setembro do mesmo ano
O padre Tomás ingressou no seminário do Fundão, onde foi professor. Virgílio Ferreira recorda-o no seu livro Manhã Submersa.
Prefeito no seminário do Fundão, era um sacerdote muito activo. O realizador Lauro António adaptou a obra do escritor Virgílio Ferreira para o cinema. O padre Tomaz, representado pelo actor Canto e Castro, a certa altura aparece montado num cavalo dando ordens, era um verdadeiro líder.
Foi dos principais impulsionadores para que admitissem Joaquim Alves Brás no seminário. Certa vez, a convite do seu colega António Alves Pacheco, irmão de Joaquim, foi passar uns dias a Casegas. Joaquim Alves Brás teria os seus dezoito anos, dedicava-se à agricultura ajudando a família, ao domingo todos assistiam à santa missa.
Um dia, ainda jovem, andava no campo ajudando o pai, foi acometido de uma dor lancinante na perna direita, nunca mais se recompôs, por esse motivo ficou coxo. Ele dizia ao irmão que queria ser padre, mas este não aceitava.
O padre Tomás, conversando com o Joaquim, viu que possuía qualidades, foi ter com o colega dizendo:
- Qual o motivo de o teu irmão não poder ser padre!? Porque é coxo! Isso não é impedimento.
O padre Tomás insistiu até que obteve a anuência do colega.
Monsenhor Alves Brás foi o fundador das Casas de Santa Zita, cujo seu lema era “ajudar as criadas de servir”. A organização está espalhada por todo o Portugal e estrangeiro.
O padre Tomás paroquiou a sua paróquia Natal durante mais de quarenta anos. Nesses tempos os caminhos eram autênticas picadas, percorria a freguesia de lés-a-lés montado na sua égua, chovesse, nevasse, fizesse frio ou calor.
A missa do dia raramente se iniciava a horas. Os fiéis, paciência de Job, aguentavam estoicamente que chegasse o senhor vigário. Quando chegava à praça, entregava o cavalo ao Zé Maiaca que o levava para a loja.
João José Ramalho e Antónia do Carmo Ramalho tiveram quinze filhos, sete faleceram prematuramente, quatro foram consagrados.
·         D. João de Deus Ramalho, jesuíta.
·         Inácio Ramalho, jesuíta.
·         Maria de Jesus Ramalho, freira; estudou no colégio das irmãs Doroteias na cidade de Tuy, Galiza; entrando para o noviciado no dia 8 de Janeiro de 1919; professora de língua portuguesa, madre superiora no colégio da Imaculada Conceição, Viseu; nasceu no dia 25 de Outubro do ano 1896 e faleceu no dia 12 de Agosto de 1988.
·         O Padre Tomás da Conceição Ramalho faleceu no dia 28 de Novembro de 1986; há trinta anos.

Pesquisa: O padre Joaquim Alves Brás; Uma vida Uma obra, de Manuel Almeida Trindade

J.M.S