sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Capitão Francisco António da Silva Neves


Nasceu em São Vicente da Beira, filho de Joaquim António das Neves, de Adela, Góis,  e de Pulqueria Cazimira da Silva, de São Vicente da Beira.
Morador no bairro de Belém, em Lisboa, Em 1872, era reformado, como Capitão da Província de Moçambique. 
Foi Director da Real Casa Pia de Lisboa
Era irmão de Maria Barbara da Silva Neves, que nasceu em 1834 e faleceu numa casa na rua Velha, a 27 de fevevereiro de 1911. Casou a 19 de outubro de 1864, com Joze da Conceição.

Jaime da Gama

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Carnaval - EBI de S. Vicente da Beira












No passado dia 9 de fevereiro, na EBI de S. Vicente da Beira, os alunos do Pré-escolar, 1º e 2º ciclos e alguns funcionários deram asas à imaginação e fizeram “Renascer a Floresta” com as suas flores, árvores e  insetos, realizando mais um desfile pelas ruas da vila.
O Jardim de Infância de S.V.B. contou com a parceria do projeto europeu KA219 – Troca de boas práticas na Educação Pré-Escolar Erasmus+.
Ao desfile não faltaram muitos familiares e outros vicentinos que nos quiseram acompanhar. A caminhada foi longa mas divertida!
As professoras: Celeste Martins, Mª José Agostinho, Mª Luz Teodoro e Idalina Oliveira

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Super Mário


É o Mário Silva, no desfile de Carnaval do passado domingo, em Castelo Branco.
O disfarce é o tema da atualidade: os incêndios.
Este ano voltou a ser premiado (já o fora no ano passado).

José Teodoro Prata

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Pe. Branco


Padre António Branco (1924-2018)

António Francisco Branco Marques nasceu nas Minas da Panasqueira, filho António Branco, de Casegas, e de Luzia Marques, de São Vicente da Beira. Faleceu no passado dia 30 de janeiro, em São Vicente da Beira, terra que adotou como sua e que paroquiou durante 42 anos. A missa de corpo presente foi presidida pelo bispo da Guarda, D. Manuel Felício, e contou com a presença do vice-presidente da Câmara Municipal, José Alves.
Na sua infância, o pequeno António percorreu toda a geografia do volfrâmio: São Jorge da Beira (batismo), Barroca do Zêzere (escola primária), Rio e Cabeço do Pião (habitou a primeira casa do bairro que a empresa construiu para os empregados).
Encantado com a missa dominical, onde ia pela mão do pai, o António fazia altares de brincar e dizia missa para a mãe e as irmãs. Por isso deixou o couto mineiro e rumou ao seminário do Fundão e mais tarde ao seminário maior da Guarda. Foi ordenado sacerdote no ano de 1950.
Iniciou o seu magistério sacerdotal no concelho de Celorico da Beira (Velosa e Açores), mas logo voltou ao Zêzere profundo, bem próximo do seu torrão natal. Tornou-se pároco de Bogas de Baixo e Janeiro de Cima, onde continua a ser recordado com saudade.
As gentes de Bogas contam que ele juntava o povo para reparar caminhos e limpar a mina da água pública e a canalizar para o chafariz. Junto das instituições, pedia ajuda humanitária para as gentes da sua paróquia, tendo recebido alimentos que eram distribuídos pela população. Entre Bogas e Janeiro, deslocava-se de mota e depois de carro, já não de cavalo como os padres antigos. Foi sempre um inovador.
Em Janeiro de Cima construiu um centro paroquial, ainda hoje ativo, e conseguiu que uma médica e uma enfermeira viessem dar assistência médica. Logo em 1957, ano das primeiras emissões televisivas em Portugal, comprou uma televisão para o centro e todo o povo acorria a descobrir que o mundo era bem maior que as encostas do Zêzere.
Em 1965, chegava a São Vicente da Beira, depois de breve interregno em Lisboa. Vinha receber o testemunho do pároco Tomás Ramalho. Se em Portugal os últimos anos da década de 60 foram o início do despertar da sonolência em que tínhamos vivido durante décadas, em São Vicente da Beira, sob a batuta do Padre Branco, aqueles anos foram vividos com uma dinâmica nunca vista, uma inquietude a que não estávamos habituados.
Depressa o Pe. Branco criou dinâmicas locais, intercedeu junto das instituições concelhias e conseguiu até chegar às entidades governativas nacionais.
Nesses anos, desde a sua chegada até às vésperas do 25 de abril, sozinho ou em colaboração com a junta de freguesia e outras instituições sanvicentinas, conseguiu: criação do coro dos pequenos cantores da paróquia, reparação das imagens da Ordem Terceira e restauração da sua procissão; restauro de todas as capelas da Paróquia, bem como da Igreja Matriz; projeto de piscina e parque infantil; construção do salão paroquial; criação do posto de Telescola (começou na sacristia), compra de carrinha e transporte diário dos alunos das anexas; eletrificação da Praça; alcatroamento das entradas da Vila, construção de parques de estacionamento na Senhora da Orada e futuro alcatroamento da estrada de acesso à ermida; ajardinamento do Calvário e de São Sebastião; continuação da publicação do jornal da paróquia Pelourinho; criação de uma oficina de confeção de lãs; reanimação da Filarmónica e do Clube; entre outros.
Em todos os planos, pessoal, religioso e político, o Pe. Branco levava à sua frente tudo e todos. Nem sempre foi pacífico, nem consensual. Sabia mover influências, aglutinar vontades, criar consensos, mas também fazer ruturas quando as julgava necessárias.
Embora muito inovador e dinâmico, não conseguiu adaptar-se ao pós 25 de abril, ou melhor, percebeu o seu lugar no novo regime e centrou-se no mundo religioso. Criou então os museus de arte sacra da Misericórdia e da Igreja Matriz; requalificou a Igreja Matriz; construiu a casa paroquial e a casa mortuária; criou o Grupo n.º 70 dos Escoteiros; colaborou na transformação da Telescola em Escola de Ensino Básico;   reconverteu o velho hospital da Misericórdia num Lar para idosos (no início também centro de saúde e creche). Claro, tudo isto com o apoio da junta de freguesia e da câmara municipal.

Era uma pessoa com uma visão e empenho que não encontramos em muitos líderes. Foi a personalidade mais marcante de São Vicente da Beira, na segunda metade do século XX.

José Teodoro Prata

Nota: Este é o texto que enviei ao jornal Reconquista e que foi publicado no jornal desta semana, penúltima página. De entre outras, o jornal escolheu a segunda foto aqui apresentada.

sábado, 10 de fevereiro de 2018

A fonte da Praça


Já aqui a mostrámos, na publicação "Dois artistas".
Foi edificada em 1947, pelo traço do João Engenheiro e pelo ponteiro do Manuel Companhia e companhia.
A fonte era dedicada a São João de Brito e foi demolida cerca de 1970-72, juntamente com o coreto, a fim de dar nova configuração à Praça. Decisão de um grupo de ilustres locais: Junta, Pe. Branco, Engenheiro Martinho...

José Teodoro Prata (legenda)
Jaime da Gama (foto)

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Santa Águeda (aqui tão perto...)

A lenda:
Águeda era italiana. Nasceu por volta do ano 230 na Catânia; pertencia a uma família nobre e rica. As suas riquezas, aliadas à sua beleza, chamaram a atenção do Cônsul Quinciano que a pediu em casamento. Mas, desde cedo ela tinha sentido um chamamento de Deus, consagrando a sua virgindade ao Senhor, seu amado esposo.
Neste tempo, o imperador Décio levantou uma forte perseguição ao cristianismo e os que não renunciassem a Cristo eram punidos com muitos sofrimentos, até à morte.
Com a recusa em casar-se, Águeda foi denunciada como cristã e submetida a um humilhante processo condenatório. Quando foi interrogada e disse que pertencia a uma nobre família e era serva de Jesus Cristo, o governador entregou-a a uma mulher de má fama com o objetivo de a corromper. Foi tudo em vão, porque a mulher foi vencida pela fé e pureza de Águeda.
Foi então submetida a torturas: despida, foi arrastada sobre cacos de vasos e brasas, e depois arrancaram-lhe os seios. Quanto a esta barbaridade, ela falou para o juiz: «Não te envergonhas de mutilar na mulher o que a tua mãe te ofereceu para te alimentar?». Uma tradição diz que naquela noite lhe apareceu o apóstolo S. Pedro que a curou daquela mutilação. As torturas continuaram num martírio que a levou até à morte, por volta do ano de 251.
No primeiro aniversário da sua morte, deu-se uma erupção do vulcão Etna. Cristãos e pagãos, temerosos, tomaram o véu que cobria o túmulo de Águeda e atiraram-no contra as lavas que imediatamente pararam, salvando a cidade de Catânia.

O culto:
Santa Águeda é invocada para proteger contra os vulcões e incêndios. É também invocada para proteger dos males da mama, por causa do seu martírio e cura milagrosa. É uma das santas mais veneradas em Itália; só em Roma tem 12 igrejas dedicadas a ela.

As cantigas:
Ó senhora Santa Águeda,
Quem vos varreu a capela
Foi o ranchinho da Póvoa
Com um raminho de macela.

Ó Senhora Santa Águeda,
Vosso caminho tem tojos
Bem podíeis vós senhora
Pô-lo de cravos cheirosos.

Ó Senhora Santa Águeda,
Minha roseirinha branca
Quando viestes ao mundo
Logo foi para ser santa.

Ó Senhora Santa Águeda,
Que lá estais ao pé do monte
Dá-me uma pinguinha de água
Senhora da vossa fonte.

Ó Senhora Santa Águeda,
Que estais lá ao pé da bica
Dai saúde aos que lá vão
E também aos que cá ficam.

A Senhora Santa Águeda
Tem um jardim na levada
Mandai-o regar, Senhora,
Por uma mulher casada.

A Senhora Santa Águeda
Tem um jardim na ribeira
Mandai-o regar, Senhora,
Por uma moça solteira.

Recolha feita numa sessão de leitura de textos e cantares alusivos a Santa Águeda, no Centro Cultural da Póvoa de Rio de Moinhos, no âmbito da comemoração do dia em que se venera a Santa: 5 de janeiro.

M. L. Ferreira