domingo, 25 de novembro de 2018

O Padre Branco


No dia 30 de Janeiro do ano 2019 faz um ano que faleceu, no Lar da Santa Casa da Misericórdia de São Vicente da Beira, onde viveu os últimos anos da sua vida, o padre António Francisco Branco Marques. O Padre Branco, como era tratado.
Nasceu no couto mineiro das Minas da Panasqueira, freguesia de São Jorge da Beira, no dia 23 de Agosto do ano 1924; filho de António Branco, natural São Jorge da Beira, e Luzia de Jesus Marques, natural de São Vicente da Beira.
O padre Branco esteve à frente dos destinos paroquiais de São Vicente da Beira durante quarenta e dois anos. Antes, paroquiou as paróquias de Bogas de Baixo e Janeiro de Cima. No ano dois mil e sete foi substituído pelo padre José Manuel Dias Figueiredo, atual pároco.
Enquanto teve forças, nunca deixou de colaborar com o padre José Manuel.
Além do trabalho pastoral que exerceu com denodo na pregação do Evangelho, foi um sacerdote dinâmico, tinha uma capacidade extraordinária para enfrentar as situações que encarava sem medo, com tenacidade, garra, sacrifício e vontade; levava por diante os projetos com que sonhava.
Deixou obra!
Os vicentinos têm para com o padre Branco uma enorme dívida de gratidão pelo que deixou, fosse por iniciativa sua ou em colaboração com outras pessoas.
Foi generoso, sonhador, fazedor…
Quando entrou pela primeira vez em São Vicente da Beira, “1965”, o povo esperava-o ao fundo da barreira do hospital. Ao toque da banda Vicentina, iniciou-se a caminhada até à igreja paroquial.
A estrada nacional não tinha alcatrão, as barreiras do hospital e São Francisco também não; as nossas anexas não tinham estradas, caminhos escalavrados, veredas.
Mais tarde confidenciou-me que não descansou enquanto não viu a barreira do hospital e a Rua de S. Francisco alcatroadas.
Teve um bom aliado, o senhor engenheiro Martinho.
- Fundador da telescola onde foi professor;
- Urbanização do Quintalinho;
- Calcetamento da Praça;
- Requalificação do Santuário da Senhora da Orada;
- Restauro e requalificação da Igreja Paroquial e todas as capelas da paróquia;
- Apoiante do Sport Clube de São Vicente da Beira e da banda Filarmónica Vicentina;
- Responsável espiritual da Fraternidade Franciscana de São Vicente da Beira “reiniciou a procissão dos Terceiros”;
- Fundador do Lar da Santa Casa da Misericórdia;
- Museus de arte sacra da Misericórdia e da paróquia;
- Residência paroquial, salão multiusos, “onde chegou a funcionar uma pequena indústria de confeções”;
- Carrilhão da torre sineira.
Tive o privilégio de trabalhar com o padre Branco na Santa Casa, escoteiros e outras iniciativas. Servia a comunidade, mas nunca se serviu dela para seu proveito próprio.
Um grupo de paroquianos em conversa a certa altura disseram:
São Vicente continua a ter uma dívida de gratidão para com o padre Branco, apesar de ser homenageado ainda em vida. A sua sepultura não tem uma pedra tumular e merece um busto num dos locais mais nobres da vila.
Foi criada uma comissão composta pelas seguintes pessoas: padre José Manuel Dias Figueiredo, pároco; Inácio Jesus Pereira dos Santos, comerciante; José Manuel dos Santos, reformado; padre José Augusto Duarte Leitão, missionário Verbo Divino; e Filipa Candeias Pereira dos Santos, médica.
Brevemente será aberta uma conta no banco Crédito Agrícola de Castelo Branco, onde as pessoas que queiram participar nesta iniciativa possam depositar o seu donativo.

José Manuel dos Santos

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

O Regimento de Infantaria 21


REGIMENTO DE INFANTARIA 21
Este regimento dividia-se em 3 companhias, na Covilhã, a sede, em Castelo Branco e em Penamacor, cada companhia com 4 batalhões.
O regimento de Infantaria 21 participou ativamente na Grande Guerra, quer na frente europeia, no nordeste de França, próximo da cidade de Lille, quer nas nossas colónias africanas de Angola e Moçambique.
O ano de 1916, o da preparação para a guerra, foi bastante conturbado para o Regimento de Infantaria 21. A 22 de maio, a companhia da Covilhã recusou-se a embarcar para Tancos, onde se faria a preparação militar. Como castigo, a sede do regimento transitou para Castelo Branco. A 13 de dezembro, parte dos oficiais da companhia de Castelo Branco aderiram ao golpe militar falhado de Machado dos Santos. Estes dois incidentes visavam impedir o envio de tropas portuguesas para a frente europeia.
Nas colónias, os beirões participaram nas várias expedições a Angola e Moçambique, logo a partir do outono de 1914. Fizeram-no como praças do Regimento de Infantaria 21 ou como membros do 7.º grupo de metralhadoras. Outros incorporaram os regimentos de artilharia de montanha de Évora e Portalegre.
Na Flandres, os beirões cobriram-se de glória no raide vitorioso de 9 de março de 1918 e, em 4 e 5 de abril, neutralizaram uma revolta dos regimentos 7, 23 e 24. Não participaram na batalha de La Lys, porque pertenciam à 1.ª Divisão que retirara da frente para a retaguarda dias antes.
O Regimento de Infantaria 21 esteve representado no desfile da vitória, em Paris, a 14 de julho de 1919, pelo Major António Ribeiro de Carvalho, que comandara o raide de 9 de março.

Nota: Ler comentário importante em Vagamundo.

José Teodoro Prata

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Os sanvicentinos na Grande Guerra

Foto do Jaime da Gama


Lista dos sanvicentinos que participaram na Grande Guerra

  1. Agostinho Miguel
  2. Aires Pedro
  3. Albano Frade
  4. Alberto Carlos das Neves e Castro
  5. Alberto Rodrigues Inês
  6. Aníbal dos Santos
  7. Anselmo Fernandes
  8. António Amaro
  9. António Batista
  10. António de Matos
  11. António Fernandes
  12. António José
  13. António Marques
  14. António Matias
  15. António Mendes
  16. António Simão de Matos
  17. Basílio Leitão
  18. Bernardo Cruz
  19. Carlos Moreira
  20. Casimiro Venâncio
  21. Domingos Canuto
  22. Domingos Esteves (Partida)
  23. Domingos Esteves (Mourelo)
  24. Domingos João
  25. Domingos Lourenço
  26. Domingos Mendes
  27. Domingos Nunes
  28. Domingos Nunes
  29. Domingos Rodrigues Inês
  30. Fernando Diogo
  31. Francisco Candeias
  32. Francisco Diogo
  33. Francisco Frade
  34. Francisco Gomes Barroso
  35. Francisco Jerónimo
  36. Francisco Maria Tavares
  37. Francisco Marques Candeias
  38. Francisco Martins
  39. Francisco Patrício Leitão
  40. Hermenegildo Marques
  41. Hipólito dos Santos Nascimento
  42. Jaime Duarte da Fonseca Fabião
  43. João Diogo
  44. João Fernandes
  45. João Nunes
  46. João Prata
  47. João Ricardo
  48. João Simão
  49. Joaquim Inácio
  50. Joaquim Ramalho
  51. Joaquim Simão
  52. José Ambrósio
  53. José Caetano
  54. José Caetano Amoroso
  55. José da Cruz
  56. José da Silva Lobo
  57. José de Matos
  58. José Domingos
  59. José dos Santos
  60. José Francisco Afonso
  61. José Joaquim dos Santos
  62. José Leitão
  63. José Maria Gama
  64. José Marques Neto
  65. José Nunes
  66. José Nunes Caetano
  67. José Silvestre
  68. José Simão
  69. José Venâncio
  70. Luís Batista
  71. Luis da Costa
  72. Luis Diogo
  73. Manuel da Silva
  74. Manuel Vaz
  75. Mário de Souza
  76. Roberto Ribeiro Robles
  77. Silvestre Serra

Maria Libânia Ferreira

Boas ideias


José Teodoro Prata