domingo, 10 de abril de 2011

Polémicas


Um amigo enviou-me um comentário para o blogue, não diretamente, mas para o meu e-mail. Copiei-o, coloquei-o no comentário de "Património religioso" e ia dar ordem para publicação, quando me apercebi do que estava a acontecer.
E era, simplesmente, desrespeitar um dos principais objectivos deste blogue: contribuir, pela positiva, para o melhoramento da nossa freguesia.
Se quisesse fazer crítica a tudo o que está mal, não me teria ridicularizado a mim, quando quis recordar e ensinar aos mais novos como era uma Choradela de Entrudo. Numa delas, o assunto foi precisamente um momento em que eu não cumpri a regra que me havia imposto.
Não sou ingénuo, nem deixei de ser um observador de tudo o que se passa na nossa terra. Mas considero que perdemos demasiado tempo com polémicas, necessárias para fazer ainda melhor, mas estéreis se não passarmos a esta segunda etapa.
Os alertas que deixei sobre a Procissão dos Terceiros foram apenas isso mesmo, alertas, para fazermos melhor. Usei o meu conhecimento e a minha experiência, para ajudar a nossa comunidade a tomar consciência de que a sobrevivência do nosso melhor património não depende apenas, nem sobretudo, do nosso voluntarismo em fazer coisas, mas sim da sobrevivência e respeito por aquilo que as nossas tradições religiosas têm de mais genuíno, a religiosidade popular.
Basicamente, o comentário do meu amigo punha em contraste quem trabalha e quem colhe os louros, quem trata da galinha e quem leva os ovos de ouro.
Indiretamente, foi um importante contributo para melhorar este blogue. Graças a ele, brevemente, irei dar-vos a conhecer quem trata da galinha dos ovos de ouro.

3 comentários:

Tó Sabino disse...

Com todo o respeito que tenho pelo teu trabalho, acho que não deveria haver censura, porque os comentários são sempre da responsabiliadde de quem os assina, a não ser, claro, que sejam anónimos. Se for este o caso acho que não devem ser publicados.
Pelo que dizes, esse teu amigo deverá ter razão, porque infelismente, quem trabalha quase nunca é reconhecido e esta nossa terra é pródiga em gente que se aproveita do trabalho dos outros para colher os tais louros. Falar bem, mesmo sem haver razão, qualquer um o faz, criticar com razão, objectividade e isenção, não é para todos. Sei muito bem do que falo. Se não quiseres publicar o meu comentário, estás à vontade porque o que me importa é fazer-te chegar a minha indignação pela censura que fazes. Já lá vão 37 anos que o lápis azul acabou.
Cumprimentos
Tó Sabino

Anônimo disse...

Tó Sabino:
Claro que a verdade está sempre, algures, entre duas opiniões, mais inclinada para um lado ou para o outro, mas sempre partilhada.
Se tivesses toda a razão, na crítica à minha recusa em publicar o comentário referido, S. Vicente não sofreria tantos problemas estruturais como os que ainda tem. Juntos, já tínhamos contstruído algo muito melhor, como se faz noutras terras!
É verdade, este blogue é pessoal e não está aberto a todo o tipo de comentários!
A expressão «...fazer-te chegar a minha indignação pela censura que fazes.» revela que não aceitaste a minha explicação sobre o que aconteceu a um teu comentário que mandei publicar, há uns tempos, mas não apareceu. Achas que eu precisava de te mentir? Bastava tê-lo recusado, embora ele não contivesse matéria para tal atitude, da minha parte!
Um abraço.
José Teodoro Prata

Tó Sabino disse...

Olá Zé Teodoro
Concordo plenamente contigo. É pena que não se aceitem as verdades e as ideias, venham elas de onde vierem e sejam feitas seja por quem for. Porque há as boas e as más ideias e não as ideias de A ou de B. E nã há nem a minha, nem a tua nem a meia razão. A razão é só uma. Única e idevisa. Eu deixei de acreditar que seja possível "...construir algo muito melhor, como se faz noutras terras." E sabes bem porquê. Quando nos encontrarmos poderemos falar melhor sobre isto porque este não é o lugar para falar de certas coisas, que, embora verdadeiras e actuais, não têm cabimento no teu blog.
No entanto, continuarei e ser correto, objectivo e honesto no que digo e no que faço.
Abraços
Tó Sabino