segunda-feira, 11 de maio de 2015

Gente Nossa


José Candeias 

A minha palestra, no Louriçal, começou e acabou da mesma forma: um homem da última fila levantou-se e partilhou comigo a alegria de todos os dias acordar às 5 horas da manhã para ouvir o José Candeias, que é filho dos vicentinos Guilhermino Fernandes Candeias e Maria de Jesus, neto paterno de José Fernandes Candeias e Maria dos Anjos e materno de Hipólito dos Santos e Maria da Luz.
O José Candeias faz o programa da madrugada, na RDP, Antena 1, entre as 5 e as 7 horas, um programa com o seu cunho pessoal e o seu nome: JOSÉ CANDEIAS.
É um comunicador nato que estabelece grande empatia com todos os que o ouvem pelo mundo fora. O essencial do seu programa é mesmo o diálogo que estabelece com os portugueses, em Portugal ou espalhados pelo mundo, a viver ou em viagem, via telemóvel ou pelas novas tecnologias informáticas.
O seu programa é PORTUGAL, seja o que for que isso signifique. Está ali o nosso falar, o nosso sentir, a nossa culinária, o nosso dia a dia, a nossa diáspora...
José Candeias é um excelente profissional e certamente o vicentino mais conhecido em todo o mundo. Devemos orgulhar-nos.



José Teodoro Prata

4 comentários:

Anônimo disse...

Aqui na terra estamos tão pouco habituados a nomear as pessoas pelo nome de batismo que achei que o José Teodoro se tinha enganado na identificação dos avós paternos do José Candeias. É que sempre lhes ouvi chamar Zé Chilreia e Maria Carvalha (como a sua mãe que era a minha bisavó).
Quanto ao José Candeias, é de facto um bom comunicador e, num tempo em que andamos com a auto estima tão por baixo, temos que nos agarrar a estes exemplos e sentir orgulho por este nosso conterrâneo.

M. L. Ferreira

Ennesto.Hipólito disse...

Conheço este rapaz mais pela sua juventude, pois ele vinha cá muitas vezes passar férias. Infelizmente não sou muito adito à rádio mas sei que ele tenta sempre promover a terra de seus pais e avós.
A título de curiosidade e baseando-me no que o meu pai me contava, o apelido " chilreia" veio do facto de o avô deste senhor, o Ti Zé Chilreia, num belo dia de Primavera, em que as andorinhas andavam na sua azáfama de fazer os ninhos e cantavam fazendo muito barulho ter dito:
- As andorinhas chilreiam !!!.
Ficou logo marcado, ele e os descendentes até hoje.

E.H

Anônimo disse...

Conheço-o desde muito jovem quando, no verão, vinha a S. Vicente, pelas
férias grandes. Já na altura se revelava um "falador irreverente". E, como Vcs. disseram, o ZC é um comunicador nato. Fez carreira na Rádio Renascença e, creio, numa estação chamada Rádio Clube Português, ou coisa assim (não a rádio do mesmo nome dos militares de Abril), mas um projecto muito mais recente onde estavam também o João Adelino Faria (RTP), o Fernando Correia (o Senhor Desporto da rádio), o Carlos Dowbeth (?) (também um dos Senhores Desporto da rádio).
Este projecto parece não ter vingado... Agora vemos o ZC na Antena 1, mas sempre naqueles programas interactivos com o público. Ouço-o poucas vezes porque o horário é muito cedo e a minha rádio preferida é a TSF (embora esta tenha publicidade a mais...!). Mas regozijo-me por haver alguns vicentinos que vão vingando nesta sociedade tão agressivamente competitiva.
ZB

José Teodoro Prata disse...

Hoje, o José Candeias fez-me novamente companhia.
O tema era a espiga, tradição do sul e eu que sou do norte, acima da Vila, nunca a vivi (além de ser de meninas).
O José Candeias falou da coalhada com açúcar que costumava comer, do significa de cada tipo de planta do ramo da espiga, das folhas de oliveira cruzadas a partir das 11 da manhã (o ZB já escreveu sobre isso) e de um pão benzido que a mãe dele guardava todo o ano e de que ele já não sabia a que tradição pertencia.
Tudo coisas nossas.
Por mim, as andorinhas soltas na Igreja são a minha única tradição deste dia (Quinta-Feira da Ascensão).

Notável esta origem da alcunha Chilreia: o homem revelou sensibilidade ao milagre anual da natureza e cultura, pois poucos saberiam o que era chilrear, e foi quanto bastou para ser gozado.
Neste caso, ganhou ele contra o povo.